sexta-feira, 24 de maio de 2019

A representatividade feminina na literatura

A literatura é um espaço majoritariamente masculino e, obviamente, isso não acontece por que os homens tenham mais capacidade, repertório e melhores histórias para escrever do que as mulheres. Por muito tempo, o impacto de pressões socioculturais decretava que as mulheres se dedicassem exclusivamente ao lar. Portanto, uma mulher que ousasse ter uma atividade intelectual estava cometendo uma séria transgressão. Até o começo do século XX, por exemplo, as que se atrevessem a publicar livros usando seus próprios nomes eram severamente criticadas, pois estavam extrapolando o papel a elas designado.

Esta desvantagem social desde os tempos mais remotos fez com que a produção literária feminina fosse numericamente inferior à dos homens até os dias atuais. Equivocadamente, isso parece ter gerado um ambiente que associou um tipo de 'padrão de qualidade' relacionado à produção textual masculina.

Em uma triste comparação, podemos falar de Emily Brontë, que lançou o clássico O Morro dos Ventos Uivantes em 1847, e de J.K. Rowling, que lançou o primeiro livro da série Harry Potter em 1997. Com 150 anos que separam a publicação dos dois livros, as duas escritoras inglesas usaram pseudônimos masculinos para suas obras. Brontë assinava como Ellis Bell, pois na época mulheres não podiam ser escritoras e Joanne Rowling?(o K é uma homenagem a sua avó, Kathleen?), um século e meio depois, foi aconselhada por seus editores a adotar a abreviação "J. K." por acreditarem que o público não leria o livro se soubesse que havia sido escrito por uma mulher.

É fácil constatar esta realidade também através da análise de algumas das principais premiações e eventos literários do mundo: o prêmio Nobel de Literatura, por exemplo, existe desde 1901, mas só foi concedido a 14 mulheres em sua história; a Flip, Festa Literária de Paraty, já teve 16 edições e entre os escritores convidados, o número de homens é muito maior ao de mulheres; a Academia Brasileira de Letras tem 40 membros, mas apenas cinco mulheres.

No entanto, assim como em todas as outras esferas sociais, na literatura as mulheres também ocupam seu espaço cada vez mais. Escritoras como Mary Shelley, Virginia Woolf, Agatha Christie, Simone de Beauvoir e Florbela Espanca abriram passagem para que, no mundo, outras também pudessem disseminar seus anseios e vivências através dos livros. No Brasil, o caminho foi trilhado por nomes como Raquel de Queiroz, Cecília Meireles, Carolina de Jesus, Ruth Guimarães, Clarice Lispector, Zélia Gattai, Cora Coralina, Lygia Fagundes Telles, Ana Maria Machado entre outros tantos.

É inquestionável: a presença de mulheres na literatura é tão fundamental quanto em outras tantas áreas em que o feminino ganhou representatividade ao longo dos tempos. Hoje em dia existe um grande número de escritoras que conquistaram sucesso arrebatador com livros das mais diferentes temáticas e para variados públicos. Bons exemplos são Alice Munro, vencedora do Nobel de Literatura em 2013, a própria J. K. Rowling, que mesmo após ter sua real identidade descoberta, encantou crianças, adolescentes e jovens com seu mundo de seres mágicos, Stephenie Meyer, autora de Crepúsculo, que fez adolescentes e jovens suspirarem por vampiros e E. L. James, escritora de Cinquenta Tons de Cinza, que tirou o fôlego do público adulto com seus protagonistas intensamente apaixonados.

Falando ainda de uma remessa de novíssimas escritoras, a nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, do premiado romance Americanah, e as brasileiras Paula Pimenta (Minha Vida Fora de Série), Thalita Rebouças (Tudo Por Um Pop Star) e Babi Dewet (Sábado à Noite) - com quem tive o prazer de trabalhar – também são parte de uma lista de autoras que representam a importante e imprescindível participação da mulher na literatura.

É claro que ainda estamos longe do ideal, mas é notório que novas escritoras a cada dia conquistam mais espaço no mercado editorial. E nesse cenário, felizmente, ganhamos todos. Afinal, o que seria de nós, leitores, sem as obras que tratam das mais diversas e complexas questões da vida sem o olhar sensível, detalhista e perspicaz da mulher?


Por Eduardo Villela.
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sexta-feira, 17 de maio de 2019

A importância da leitura para o desenvolvimento da criança


No mês em que comemoramos o Dia Mundial do Livro, nada mais propício ressaltar a importância de ler para uma criança. Independentemente da idade do pequeno, a prática deve começar o quanto antes. O contato com os textos literários constitui a primeira aproximação de bebês e crianças muito pequenas com os textos narrativos mais complexos. Neste primeiro momento o mais importante é o contato com a língua, com a sonoridade, sua musicalidade, e a riqueza da construção de nossa linguagem verbal.
Todas as crianças, sem exceção, gostam de ouvir histórias lidas por outras pessoas, porque fica mais fácil entrar na história ouvindo a leitura do livro do que lendo sozinhas. Por outro lado, a leitura em voz alta implica em transmitir as imagens da história e a emoção da pessoa que lê. Por esse motivo, pode ser dito que a hora de leitura em voz alta de um livro é um momento para a despertar a imaginação, para vivenciar a tranquilidade e uma excelente oportunidade para estreitar vínculos interpessoais, tanto para as crianças que não sabem ler como para as que já começaram sozinhas na leitura. 

“Além do desenvolvimento motor, a criança deve ser instigada à capacidade cognitiva, ou seja, a capacidade de interpretar os estímulos do ambiente para tomada de decisões. Por isso, é importante introduzir a leitura logo cedo”, diz Mariana Bruno Chaves, formada em Letras pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Arte-educação e Psicopedagogia e diversos cursos na área de Educação. Também é especializada em Literatura infanto-juvenil e é responsável pelo desenvolvimento de material didático de Língua Pátria do Kumon.

É nesta fase que os livros tornam-se fortes aliados dos pequenos, ajudando-os a perceber a realidade que os cercam, ter contato com diversas experiências, aprender vocabulários e a ativar a imaginação. Nesse primeiro período, devido a criança ainda não ser capaz de entender o que está escrito, é necessário realizar a leitura passiva, ou seja, em voz alta. Dessa forma, os adultos irão intermediar o acesso dos pequenos aos livros por meio da fala, do diálogo, da interação e atividades lúdicas. Então conversem bastante, eles irão adorar!

Para tanto, é interessante separar um momento e espaço para leitura. O local deve ser silencioso, confortável e sem muitos objetos que possam tirar a atenção, principalmente quando se trata de bebês. Esse tempo deve ser divertido e instigante para a criança, ela está conhecendo o mundo por meio das palavras. Por isso, tenha cuidado para a “leitura” não se tornar “obrigação”, caso contrário, não lhe despertará o gosto pelos livros.

Faça do momento uma oportunidade para intensificar a relação da família com o pequeno. Aproveite para estimular o convívio social. E se lembre de escolher materiais ilustrativos e descritivos. Deixe a criança tocar e apreciar o material, a fim dela se familiarizar com o livro. Estimule sensações e demonstre entusiasmo com a leitura. A contação de história é um momento de lazer, então crie vozes para os personagens e o narrador.

Confira algumas dicas simples que poderão contribuir para tornar a prática de ler para uma criança uma atividade agradável:

1. Procure ler com frequência para a criança em casa;
2. Estimule brincadeiras sobre o livro lido, como desenhar a cena que mais gostou ou utilizar bonecos para reproduzir a história;
3. Utilize a história do livro para associar à vivência da criança, durante um passeio ao parque, ou chamando a atenção para algo que apareceu no livro, como uma flor, ou um trem, para incentivar uma conversa sobre o assunto e explorar o conhecimento que adquirido pelo aluno com aquela leitura;
4. Não force a criança a ler. Mesmo quando ele já está conhecendo algumas palavras é importante cultivar o momento da leitura com as crianças;
5. Escolha livros com um conteúdo pelo qual as crianças se interessem, para proporcionar um momento prazeroso em família.

A especialista ainda ressalta que é normal a criança pedir para os pais lerem o mesmo exemplar mais de uma vez. “O fato das crianças desejarem que o mesmo livro seja relido várias vezes é porque se sentem felizes e desejam vivenciar repetidamente a mesma experiência. Reler para a criança faz com que o cérebro dela trabalhe ativamente e assimile o vocabulário mais facilmente.”, finaliza Mariana.

No curso de Português do Kumon, os alunos são motivados à interpretação de textos, por meio da leitura e escrita. Contam com orientação e plano de estudos individualizados, com o objetivo de desenvolver a confiança e o autodidatismo.
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quinta-feira, 16 de maio de 2019

O que José de Alencar representa para a literatura?

Em maio é comemorado o Dia da Literatura Brasileira e são tantas obras importantes para o país que não podemos deixar de celebrar e indicar os autores que fizeram a diferença para o leitor. A escolha foi por conta do aniversário do escritor José de Alencar, que nasceu neste dia e foi o primeiro a retratar o Brasil de forma realista, o sertão e a vida indígena eram seus temas favoritos.

O Grupo Editorial Edipro, não seria a editora dos clássicos se não tivesse em seu catálogo as obras mais lidas desse exímio escritor, que são um serviço à sociedade brasileira. São elas:

Senhora: um dos últimos romances escritos pelo autor, antecipa alguns aspectos do Realismo e do Naturalismo, que dominariam a literatura brasileira nas décadas seguintes. O casamento por interesse, a sociedade de aparências e a hipocrisia são importantes temáticas abordadas por Alencar. Um marco para a literatura e para o Brasil em relação às críticas sobre a sociedade.

Lucíola: nesta obra, são os homens que estão em ascensão social. É o universo das cortesãs e dos homens abastados em forma de carta. Lúcia, uma meretriz, é atraída por um novo rapaz, que consegue enxergá-la além das aparências e dos preconceitos da sociedade carioca. Mais uma vez, o autor afronta a sociedade em um romance repleto de tramas amorosas e com um desfecho surpreendente.

Iracema: este livro faz parte da trilogia indianista de José de Alencar – que inclui ainda O guarani e Ubirajara –, vertente da literatura romântica brasileira que buscou valorizar os temas e a língua nacionais. Amor proibido é a trama deste clássico, entre uma índia e um guerreiro português. Esta edição tem texto integral e traz notas explicativas para os termos não usuais, para facilitar a compreensão da obra.

Til: no Brasil os costumes e linguagem da vida rural são fatos que devem ser estudados, principalmente os antigos, pois geralmente são marcados por pela escravidão e pela disputa de poder. E é neste livro que Alencar expõe isso e presta uma das maiores contribuições ao Regionalismo brasileiro.

Sobre o autor

José de Alencar nasceu em 1829 no Ceará. Quando tinha 11 anos, sua família mudou-se para a capital do Império do Brasil, Rio de Janeiro. Aos 17 anos, iniciou seus estudos no curso de Direito e fundou a revista Ensaios Literários. É autor de Cinco minutos, A viuvinha, Senhora, O gaúcho, O sertanejo, Guerra dos mascates e a trilogia O guarani, Iracema e Ubirajara, entre outros romances. Foi chefe e consultor da Secretaria do Ministério da Justiça. Em 1860, ingressou na política como deputado estadual no Ceará, e em 1868 tornou-se ministro da Justiça. No ano seguinte, candidatou-se ao Senado do Império, mas não foi escolhido por ser muito jovem. Faleceu no Rio de Janeiro em 1877, de tuberculose, após um tratamento médico fracassado na Europa.
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quarta-feira, 15 de maio de 2019

Três estratégias para os novos escritores criarem personagens femininas


Todos temos a lembrança de algumas de nossas personagens femininas favoritas. Nos apaixonamos por uma personagem quando: o seu criador(a) a construiu com qualidade, vivacidade e densidade psicológica; e ela nos parece tão real, como se fosse uma pessoa que existisse.

Elaborei um breve roteiro com algumas estratégias para você, que deseja escrever ficção, poder criar personagens femininas marcantes.

Você pode encontrar muitas inspirações para suas personagens, desde que esteja atento às relações que estabelece com as pessoas no dia a dia e observe como os outros ao seu redor interagem entre si. Assim, preste atenção às mulheres de diferentes idades e perfis sócio-culturais com as quais você conversa, convive e observa. Pense sobre as seguintes questões: Como elas são? Quais características as tornam pessoas únicas? Como elas se comunicam e se relacionam em diferentes contextos? Quais são seus objetivos de vida, sonhos e medos?

Estar atento às relações significa não apenas vê-las e ouvi-las, mas enxergar e escutar genuinamente como elas acontecem no cotidiano. Aquela personagem que você tanto quer para a sua história pode ser baseada naquela pessoa próxima que você admira.

Outra estratégia é buscar conhecer perfis de mulheres que você não tenha contato frequente. Vejamos um exemplo: se você quer trabalhar uma personagem que será uma moça jovem da periferia de uma grande metrópole brasileira, sugiro que estabeleça contato com esse público de mulheres. Ao se aproximar delas, você terá condições de construir uma personagem que será um espelho da realidade.

Por fim, sugiro você analisar personagens famosas da literatura brasileira e internacional. Observe como o autor(a) as construiu, como se dão as relações entre elas e os demais personagens. Veja como elas pensam e agem. Quais são os seu principais traços de comportamento? Ao imaginar a icônica personagem de Dom Casmurro, o que mais te chama atenção? Capitu é um exemplo de personagem com um personalidade tão forte e marcante que faz Bentinho se sentir frágil e inseguro em relação a ela. Outras características dela são: uma personagem perspicaz, misteriosa, pouco previsível e ambígua. Já Macabéa, de Clarice Linspector, é o retrato de uma jovem sofrida, que passa por situações bem difíceis em "A hora da estrela", contudo ela nunca deixa de enxergar a vida de uma forma positiva a partir de sua pureza e ingenuidade de ser. Gabriel García Márquez, por sua vez, criou a sua personagem Ursula Iguaran, de "Cem Anos de Solidão", para ser uma mulher forte que busca de forma enérgica e determinada o bem-estar de sua família sem medir esforços.

Se você quer construir personagens infantis, os exemplos da literatura também são "um prato cheio". Personagens como Emília, de Monteiro Lobato, e Alice, de Lewis Carroll, reúnem características universais das crianças: falam o que pensam, são curiosas, fazem muitas perguntas, são falantes, enxergam o mundo como um lugar mágico e cheio de descobertas e possibilidades.

Querido(a) escritor(a), a construção de personagens deve ser simples. Estamos cercados de potenciais personagens, que estão "bem abaixo de nosso nariz". Com a correria do cotidiano, vivemos no piloto automático e acabamos não percebendo o potencial que há a nossa volta para a criação de personagens. Por isso, permita-se parar e preste atenção a como é o universo feminino em seu dia a dia e invista tempo na leitura de grandes obras da literatura para poder criar bem suas personagens femininas.

Por Eduardo Villela*
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terça-feira, 14 de maio de 2019

Romance aborda a difícil experiência de crescer menina no Brasil


O Pior dia de todos é um romance terno e perturbador, uma ficção criada a partir de um dia trágico, que realmente aconteceu – o Massacre de Realengo, como ficou conhecido o atentado a uma escola do subúrbio do Rio, em que um ex-aluno matou 12 estudantes, a maioria meninas, em abril de 2011. Não é um livro sobre o massacre, mas sobre a amizade. Escrito por uma jornalista que cobriu o episódio, O Pior dia de todos não é um livro sobre aquelas mortes, mas aquelas vidas.

Malu e Natália, as duas primas que protagonizam esta história, nos revelam o que é ser menina nesse país, alimentando grandes esperanças quando é sempre iminente o risco de se perder tudo. A tragédia do Realengo, a maior já ocorrida numa escola brasileira, comoveu o país em abril de 2011 – quando vivíamos uma euforia econômica, o acesso à educação começava a transformar uma geração e estávamos todos otimistas. Oito anos depois, mudou o país, mudamos nós – e este livro, como só as narrativas mais originais conseguem, pretende transformar um relato em material sólido, capaz de perdurar por mais tempo. 

Com estrutura aparentemente simples, a obra nos apresenta um mundo difuso de preconceitos, desejos e limitações de forma crua e clara. Através de suspensões, silêncios e outros recursos sutis da linguagem, foge da pieguice para nos capturar com inteligência e emoção. Daniela Kopsch faz uma estreia surpreendente, alvissareira, quando livros e meninas vivem momento tão adverso no país.
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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Com prefácio de Rupi Kaur, Editora Planeta lança nova edição de 'O profeta'

Após encantar mais de 10 milhões de leitores pelo mundo, a Editora Planeta lança nova edição de O profeta, escrito pelo libanês Khalil Gibran. Publicado pela primeira vez em 1923, a obra se tornou a mais famosa de ficção espiritual do século XX e o livro de cabeceira de Rupi Kaur, autora de outros jeitos de usar a boca e o que o sol faz com as flores, também da Editora Planeta.

"Este livro é uma espécie de bíblia das minorias do século XX: insistiu em levar esperança a um mundo cínico que ainda se recuperava da destruição da Primeira Guerra Mundial, depois moldou o romantismo na escassez que marcou o período pós-guerra e, mais tarde, tornou-se a inspiração dos sonhadores dos anos 1960. Década após década, O profeta se reinventa e se transforma de acordo com a necessidade de seus leitores", afirma Rupi no prefácio. Quase 100 anos após a primeira publicação, a obra, que entrelaça misticismo e espiritualidade, continua sendo atual e relevante.

No livro, o sábio Almustafa decide retornar a sua terra natal após 12 anos de exílio em uma ilha fictícia em referência ao exílio do autor, que conclui o livro após 12 anos de permanência nos Estados Unidos e também à idade de Gibran quando foi para a América do Norte pela primeira vez. O número também é uma alusão ao ciclo anual, à quantidade de apóstolos de Cristo e de deuses principais na Grécia Antiga.

Prestes a embarcar em um navio, Almustafa é parado por um grupo que pede a ele que compartilhe sua sabedoria antes de partir. Composto por 26 poemas em prosa que dão forma aos sermões do profeta, o livro apresenta insights profundos e atemporais sobre aspectos da vida como amor, dor, amizade, família, beleza, religião, alegria, tristeza e morte.
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domingo, 12 de maio de 2019

Assim como a novela "Órfãos da Terra", livro relata história de refugiados da Síria

Em seu rico portfólio literário, a Editora do Brasil destaca o livro Layla, a menina Síria, de autoria de Cassiana Pizaia, Rima Awada Zahra e Rosi Vilas Boas. Baseada em fatos e experiências reais, a obra nos leva, através de Layla, pelas antigas ruas de pedra de Alepo, na Síria, um mundo de diferentes cores, cheiros, sabores e culturas. E segue por caminhos, fronteiras, desertos e mares em busca de paz e esperança em um novo país, o Brasil.

Para criar a história, as autoras pesquisaram em detalhes a cultura e a história da Síria, o impacto da guerra na vida cotidiana de Alepo e a fuga de refugiados para várias partes do mundo. Conversaram também com homens, mulheres e crianças que fizeram a travessia para o Brasil.

O resultado é uma história emocionante que fala de partidas e chegadas. De sonhos, esperanças, coragem e memórias. De amizade, saudade, sofrimento e recomeço em um novo tempo e lugar.

Com ilustrações coloridas e delicadas criadas pela ilustradora Veridiana Scarpelli, o livro é destinado ao público juvenil, mas encanta leitores de todas as idades.
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sábado, 11 de maio de 2019

A saúde depende do seu cérebro

A saúde depende também da questão psicológica. De acordo com dados da OMS, 300 milhões de pessoas vivem com depressão e outras doenças psicológicas no planeta e menos da metade procura ajuda de profissionais ou conversam com familiares. Seguindo o conceito da Organização, nenhum ser humano será capaz de ser totalmente saudável ou doente. Ao longo de sua existência, viverá em condições de saúde ou doença.

Pensando nisso, a promoção da saúde se faz por meio da educação, hábitos saudáveis, desenvolvimento de aptidões e capacidades individuais, e acompanhamento médico disponível para todas as classes sociais. A Editora Cienbook, do Grupo Editorial Edipro, sugere a importância do bem-estar mental e traz obras voltadas para o campo da psicologia.

Antidepressão – a Revolucionária Terapia do Bem-Estar, de David D. Burns

O livro mais recomendado sobre depressão de todos os tempos, do consagrado professor de Stanford, Dr. David Burns, com apresentação do Ex-presidente da Associação Brasileira de Terapia Cognitiva, Arnaldo Vicente. Os terríveis sintomas da depressão podem ser tratados de forma rápida e eficaz sem remédios. Este livro descreve técnicas extraordinárias que o ajudarão a desenvolver uma visão positiva da vida, permitindo-lhe: Identificar o que provoca suas variações de humor; Cortar os sentimentos negativos pela raiz; Superar a necessidade de amor e aprovação; Desenvolver a autoestima; Sentir-se bem todos os dias. Este livro foi considerado o mais útil sobre depressão e o mais recomendado pelos profissionais de saúde mental norte-americanos. Cinco estudos controlados publicados em revistas científicas indicaram que 70% das pessoas deprimidas que leram a obra apresentaram melhora em quatro semanas, sem qualquer outro tratamento – e mantiveram essa melhora durante um período de acompanhamento de até três anos.

TOC: Livre-se do transtorno obsessivo-compulsivo, de Dr. Jeffrey M. Schwartz e Beverly Beyette

Com um método de quatro passos, você poderá reprogramar seu cérebro e livrar-se das falsas mensagens causadas pelo transtorno, que travam a mente e afetam sua vida. Atestado cientificamente ao longo de vinte anos, este método de autotratamento do TOC baseia-se na identificação de obsessões, no reconhecimento da doença, no redirecionamento da atenção e, finalmente, na capacidade de ignorar os impulsos. Esses passos combinam a terapia cognitiva e o mindfulness (atenção plena) e constituem hoje um tratamento-padrão para pacientes com TOC. Obra recomendada tanto para pessoas que buscam saber se apresentam sintomas, quanto para pacientes em tratamento, terapeutas e profissionais que lidam com o TOC.
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sexta-feira, 10 de maio de 2019

Uma história de transformação

O recomeço é a linha de partida de uma história intrigante. Ana, uma mulher amargurada, deixa para trás seu vício, o falso amor e parte em busca de uma nova vida. Théo em contrapartida está decidido a consertar os erros do passado. Em Meu Caminho, a mineira Amanda Marques, formada em Letras, envolve os leitores em uma história de transformação, onde encontros e desencontros alteram para sempre a trajetória dos personagens.
Ana, protagonista da trama, vivia uma vida medíocre, casada com o primeiro namorado, sem vida social e sem perspectiva de um futuro melhor, acumulava traições por parte de seu marido e tentava encobrir o casamento fracassado com a falsa postura de superioridade, alimentando a falta de empatia dos moradores de sua cidade, o ego do seu marido e a competição entre elas e as “outras” mulheres com quem ele se envolvia.
Já Théo é um homem criado numa capital, totalmente voltado para o crescimento na carreira, o amor pela família e os amigos, mas incapaz de se envolver-se sentimentalmente com uma mulher. Não era proposital nunca ter se apaixonado de verdade, só não havia acontecido.
Ana e Théo recomeçam em pontos diferentes. Ela decide pela primeira vez abandonar tudo e ele pela primeira vez fazer dar certo. Porém a mudança vem, mas não da forma como eles planejaram.
Meu Caminho é a história de empoderamento de uma mulher que jamais havia pensado que seria capaz de construir sua própria história, mas que em meio a tantas reviravoltas consegue romper o ciclo medíocre que estava.
Ana enfrenta os percalços de um novo emprego em uma nova cidade e em meio a isso vive uma história de paixão intensa com Théo, um homem que não pode retribuir o sentimento à altura por estar preso a uma história do passado.

O romance pode ameaçar o novo trabalho na nova cidade e todos os planos de um futuro independente de Ana. Mas os eventuais encontros são irresistíveis até que ela chega ao seu limite emocional e novamente precisa recomeçar.
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quinta-feira, 9 de maio de 2019

O poder do Amor

Em Acredite no Amor, lançamento da editora Alaúde, Osho, considerado o guru do século XX, nos ensina a estar livres e preparados para compreender o amor. Tendo como base a obra O profeta, do filósofo e poeta libanês Khalil Gibran, Osho fala sobre paixão, prazer, casamento, filhos e liberdade – um dos aspectos mais importantes do amor –, e nos encoraja a ver o sentimento como música, algo que surge do equilíbrio e da harmonia entre todas as pessoas.

Logo no começo da obra, Osho afirma que “livros como O profeta são mais sagrados do que os assim chamados livros sagrados” porque não criam uma religião em torno de si, e sim oferecem lampejos de iluminação que provocam uma busca por uma consciência mais ampla e plena da existência. Osho ainda declara que “Khalil Gibran é um grande poeta, talvez seja o maior que tenha nascido nesta Terra” e lembra que “O profeta, de Khalil Gibran, proporciona uma dimensão totalmente nova à filosofia, dando crédito e respeito às pequenas coisas da vida, pois a vida é feita de coisas pequenas, e, se você não consegue resolvê-las, esqueça os grandes problemas”.

Em O profeta, Gibran conta a história de Al-Mustafá, sábio que está prestes a deixar a cidade onde morou por muito anos. Nesse momento, um grupo de pessoas pede que ele fale sobre as coisas da vida pela última vez. Usando as falas do profeta como ponto de partida, Osho reflete sobre o amor em suas mais variadas formas e, ao comentar sobre as ideias de Al-Mustafá, o guru indiano nos mostra que o pensamento do profeta de quase um século atrás continua atual e cada vez mais necessário no mundo de hoje.

Com uma linguagem simples e sem rodeios, Osho convoca cada um de nós a se render ao sentimento e a se entregar sem medo à aventura do amar e do viver.
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quarta-feira, 8 de maio de 2019

Qual o melhor horário para trabalhar em seu livro?

Não é fácil encontrar estudos que indiquem o horário do ápice da produtividade diária de todas as pessoas do mundo - afinal, somos seres únicos e não máquinas programáveis. No livro Os Segredos dos Grandes Artistas, o escritor Mason Currey, pesquisou a rotina de grandes artistas – incluindo escritores consagrados.

Para produzir a obra, pelo período de um ano, Currey criou um ritual diário no qual acordava às 5h30 da manhã, escovava os dentes, tomava uma xícara de café e escrevia sobre como as mentes mais brilhantes dos últimos séculos trabalhavam. Ele pesquisou a vida de diversos artistas e o resultado foi, praticamente, uma espécie de 'manual' de produtividade para escritores. Só que não deve ser seguido ao pé da letra, claro, pois como sabemos, cada pessoa funciona de uma maneira muito particular.

O livro de Currey mostra, por exemplo, que Marcel Proust acordava todos os dias entre 15h e 18h, fumava ópio para aliviar sua asma, tomava café, comia croissant e passava a madrugada escrevendo. Franz Kafka também era outra alma noturna. Ele só começava a escrever às 22h30, em sessões que às vezes chegavam às 6h da manhã. De manhã, ele trabalhava numa seguradora, então, para manter sua rotina, dormia durante à tarde. Já Gustave Flaubert, embora acordasse todos os dias às 10h, só conseguia começar a escrever às 22h, pois o barulho do dia o distraía facilmente. Pela manhã ele preferia ter longas conversas com sua mãe.

Os três escritores são uma prova real de que a ciência nem sempre acerta em tudo ou, ao menos, não acerta com todos. Cientificamente falando, o período noturno é o momento menos propício para produzir, pois é quando o cérebro libera um hormônio chamado melatonina, que prepara o organismo para a noite, nos induzindo ao sono.

Entre estas privilegiadas mentes literárias, os 'criativos matutinos' estão em maior número. Neste time há nomes como Stephen King (entre 8h e 8h30), Haruki Murakami (4h30), Ernest Hemingway ('logo nas primeiras luzes do dia'), Maya Angelou (por volta das 7h), Alice Munro (por volta das 8h), entre outros tantos.

As tardes, embora não sejam preferência de muitos, foram as escolhidas de outros nomes ilustres. O irlandês James Joyce é um deles. Ele acordava às 11h e começava sua escrita depois do almoço. Suas noites eram reservadas para frequentar restaurantes e cafés. O clássico Ulysses foi escrito ao longo de sete anos, após 20 mil horas de trabalho.

Como vimos até aqui, o melhor horário para produzir é diferente para cada pessoa. No entanto, se você planeja escrever um livro, precisa descobrir em qual momento do dia ou da noite você se sente mais bem disposto para uma atividade que requer atenção aos detalhes, foco, reflexão, pesquisa e paciência. Uma vez feito isso, é importante saber outro detalhe fundamental que faz parte do processo de escrita de cada um dos nomes citados neste texto: todos possuem uma rotina.

William James, filósofo e pioneiro da psicologia, foi quem melhor articulou o mecanismo pelo qual uma rotina rígida poderia ajudar a liberar a imaginação. Segundo ele, somente ao tornar automáticos e habituais muitos aspectos da vida cotidiana, poderíamos "libertar nossas mentes para avançar para campos realmente interessantes de ação".

Portanto, depois de finalmente entender seu melhor momento do dia para escrever, crie um ritual diário para instigar sua imaginação. Fica a dica: funciona, e funcionou, com os melhores escritores do mundo.

*Eduardo Villela é book advisor e, por meio de assessoria personalizada, ajuda pessoas a escrever e publicar suas obras. Mais informações em www.eduvillela.com
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terça-feira, 7 de maio de 2019

"A difícil arte de ser você mesmo", sucesso de Donald Miller, agora em português


Como seria se todos deixassem de lado o mau hábito de criar artifícios para impressionar as pessoas e passassem a projetar uma imagem mais autêntica? Já parou para pensar quanto tempo o ser humano perde projetando ao mundo um personagem fictício, quando o verdadeiro eu fica sufocado sob traumas e padrões de pensamento que minam a alegria, a paz e a leveza do dia a dia?

Em A difícil arte de ser você mesmo, Donald Miller, escritor best-seller americano, compartilha sua jornada de autoconhecimento ao contar como, aos 40 anos, derrubou muros antigos para criar uma mente saudável, uma família forte e uma carreira satisfatória, abrindo-se para relacionamentos consistentes, em que há verdadeira conexão.

Para isso, ao longo da obra, ele retoma lições e experiências que o ajudaram a superar feridas antigas, a vencer a constante necessidade de impressionar os demais e a enxergar todo o potencial que tinha. Escrito com sinceridade intelectual e absoluta transparência, A difícil arte de ser você mesmo leva o leitor a revisitar recônditos de sua mente e coração, a rever a própria história e a encontrar um caminho de cura e restauração que resultará em uma nova maneira de enxergar a vida e as pessoas.

Inspirador, o livro elucida a importância da amizade, dos laços familiares, do bom relacionamento conjugal, da integridade e do amor genuíno, e incentiva o leitor a não ter medo de se deixar aproximar, de permitir que a máscara caia, para que todas as muletas sociais, geralmente usadas para chamar a atenção — como trabalho, títulos e status — cedam lugar ao amor, onde não há medo nem ansiedade.

Dentre diversas lições, o autor afirma que as pessoas não estão procurando prejudicar umas às outras e, por isso, não há razão para ter tanto medo de se aproximar dos demais; os maiores receios da humanidade podem ser vencidos; e que sempre é tempo de recomeçar. Além disso, ele traz à tona a importante verdade de que não se pode esperar que outras pessoas o completem.

Indicado para todos que desejam reencontrar a identidade, dar um basta nos temores que aprisionam, empreender mudanças na forma de adquirir respeito, criar laços duradouros e amar a vida, A difícil arte de ser você mesmo é um livro cativante, inteligente e altamente instrutivo que levará os leitores a um novo patamar de satisfação e bem-estar interior.
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segunda-feira, 6 de maio de 2019

Cinco Lições de Psicanálise


Antigamente, estudiosos acreditavam que a histeria era uma condição neurótica causada exclusivamente em mulheres. Por apresentar sintomas físicos não explicados, os médicos acreditavam ser fingimento. Felizmente, Sigmund Freud não pensava dessa forma, estudou e escreveu uma das suas maiores obras, Cinco Lições de Psicanálise, publicado recentemente pela Editora Edipro.



Como a preocupação de Freud ia além da erradicação temporária dos sintomas, ele começou a questionar as mulheres sobre os motivos de seus problemas enquanto entravam em estado de hipnose. A partir de então, surge a teoria de que para produzir histeria, algum afeto precisaria ser separado em uma situação denominada como trauma. No entanto, se ambos estão na mesma consciência, como podem se separar?



Para isso, o neurologista responderia que o trauma (ruptura) dividiu a consciência em duas partes, uma delas, teria o afeto e a outra a representação. Separados, ambos causariam o sintoma histérico, já que, o afeto seria fonte de energia para o sintoma. Sob hipnose, a histérica se lembraria daquela estima e revivia para uni-lo à representação. Assim, era necessário esgotar todas as cenas traumáticas para que o sintoma desaparecesse.



Nem sempre isto era possível, já que, nem todas conseguiam ser hipnotizados e nem sempre permaneciam no tratamento. Mas, de uma forma didática, Freud exemplifica o que deixa a teoria mais clara. Uma paciente não conseguia beber água havia semanas, sob hipnose, se lembrou de um cachorro que viu beber água no copo e teve nojo. O afeto envolvido na cena fora levado para a segunda consciência. Quando o nojo pôde ser revivido junto à cena, a paciente conseguiu beber a água.



É importante notar que o trauma, por ter dividido a consciência, fez com que parte do acontecido seja esquecido. E que esta parte esquecida consegue ser acessada, nesta parte da teoria freudiana, pela hipnose.
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domingo, 5 de maio de 2019

Os escritores mais bem pagos do mundo

Todo mundo sabe que escrever um livro best-seller, além de tornar o autor famoso e abrir portas para seus futuros livros, dá muito dinheiro. Entretanto, será que você sabe o quão rico um escritor pode se tornar? Descubra nessas informações apresentadas pela Boa Finança quais são os autores mais ricos do mundo e quão grande é sua fortuna:

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sábado, 4 de maio de 2019

'A Contrapartida' é um thriller de tirar o fôlego

Do escritor brasileiro Uranio Bonoldi, o livro A Contrapartida traz história baseada em assassinatos em série que ocorrem em um ambiente de misticismo e suspense. Como pano de fundo, a obra destaca a importância das escolhas e decisões, bem como as consequências geradas por elas

Nas livrarias desde março, o livro tem ganhado repercussão na internet a partir de análises críticas dos principais influenciadores de cultura pop no Brasil. Outro detalhe que tem chamado a atenção nas redes sociais é o booktrailer de divulgação. Nele, atores encenam os momentos-chave mais angustiantes e sombrios da obra, revelando de forma precisa a essência de mistério presente na trama. 

A obra traz em sua capa uma cinta de recomendação de leitura nas palavras do navegador brasileiro, palestrante e escritor Amyr Klink, primeiro homem a fazer a travessia do Atlântico Sul a remo. "Navegar é um ato de paciência, e existem decisões que só devem ser tomadas na hora certa. Divirta-se com A Contrapartida e ganhe bons elementos para avaliar melhor suas futuras escolhas", destaca.
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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Marcelo Rubens Paiva escreve sobre o ridículo nas relações amorosas


Com uma habilidade incomparável para descrever as nuances do universo feminino e humor suficiente para enxergar o quanto os homens podem ser ridículos, o escritor Marcelo Rubens Paiva reúne em - O Homem Ridículo - novos contos e crônicas reescritas, à luz da recente onda feminista. 

Fã de Euclides da Cunha e Dalton Trevisan, Marcelo segue seus mestres literários e, como eles, reescreve suas obras antigas ao reeditá-las – corta, enxuga, acrescenta. Assim, um volume sobre as verdades que as mulheres não dizem se transformou em outro livro, com contos novos, narradores trocados e novas situações dramáticas.

Os contos e crônicas deste livro contam histórias que o autor viveu e reinventou, ouviu dos amigos e acompanhou de perto. Boêmio assumido, caçula numa família de quatro irmãs, adora escutar as mulheres e admite que o homem perde espaço para a persistência sofisticada e a inteligência das mulheres.

Em O Homem Ridículo, Marcelo Rubens Paiva nos ajuda a refletir sobre os sucessos e fracassos das relações amorosas, sobre as dificuldades de se amadurecer e entender o mundo por meio dos olhos de quem amamos.
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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Livro ensina mais sobre o autismo

Esclarecer informações valiosas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e reforçar a importância do diagnóstico. Essas são uma das propostas do livro “Mentes únicas”, de Clay e Luciana Brites. Publicada pela Gente Editora, a obra mostra que o transtorno não é o fim do mundo e que é possível ajudar um autista a desenvolver suas habilidades impulsionando seu potencial.

Com linguagem acessível e trazendo um panorama histórico sobre o tema até os tempos atuais, a obra pretende mostrar que o conhecimento é o fator fundamental responsável por fazer as crianças, dentro do espectro, tornem-se seres humanos realizados dentro de suas particularidades.

“Mentes Únicas” ensina também como o autismo foi descoberto, quais são as pesquisas atuais sobre o assunto, como o cérebro de uma criança autista funciona, como identificar o espectro numa criança ou adolescente e quais são as melhores abordagens e práticas no dia a dia.

Pais desinformados

O neuropediatra Clay Brites explica que o autismo é um transtorno de desenvolvimento que afeta de maneira decisiva e predominante a capacidade de percepção social. Segundo o especialista, estima-se que, aproximadamente, 1% da população tenha autismo. “Apesar disso, o assunto ainda é pouco discutido em âmbito nacional. Por esse motivo, há tantas dúvidas de familiares e profissionais das áreas de educação e saúde”.

- Seja por preconceito ou dificuldade de aceitação, fato é que precisamos estar mais atentos aos primeiros sinais apresentados na infância para conseguir trabalhar de maneira correta com essa condição - reforça.

Segundo a psicopedagoga Luciana Brites, a falta de informação é o grande vilão. Ela diz que é comum ver pais e professores apresentarem grandes dificuldades em lidar com os autistas. “Mas, apesar de todas os desafios, é possível ajuda-los a ter uma vida melhor”.

Para a profissional, o que realmente faz a diferença é o diagnóstico. Quanto mais cedo, melhor e mais rápido será o processo que irá ajudar o autista a ter uma vivência mais conectada com a vida social, além de saber como lidar com as suas instabilidades. “Para isso, é necessário conhecer mais e descobrir cedo”.

- O livro mostra que é possível vencer os obstáculos do autismo. Além de identificar as particularidades do TEA, ensina pais e profissionais da saúde e da educação a estimular uma pessoa com autismo de modo que ela consiga desenvolver suas habilidades impulsionando seu potencial– ressalta.
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quarta-feira, 1 de maio de 2019

Livre-se dos preconceitos filosóficos

Um ano após ser escrita e publicada às custas do autor, a obra vendeu apenas 114 exemplares e fez Friedrich Nietzsche acreditar que não queriam que ele escrevesse. Depois de cem anos, Além do Bem e do Mal tornou-se uma das maiores obras da filosofia ocidental. E, neste mês, ganha uma versão pela Editora Edipro, que cuidadosamente escolheu o tradutor Saulo Kreiger, pesquisador e membro do GEN – grupo de estudos dedicado à obra do filósofo.

Rejeitada por várias vezes seguidas por muitos editores, a obra do filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX, inaugura uma nova fase na produção de Nietzsche, pela qual ela se tornaria mais conhecido: uma filosofia de negação e de destruição.

Considerado pelo próprio autor um de seus principais escritos, este livro, dividido em nove partes, aborda desde a influência do popular sobre o erudito até a crítica ao nacionalismo e ao antissemitismo crescente na Europa.

Deus está morto? O instinto será condenado? Afasta-se de ti mesmo? Você é senhor ou escravo? A civilização está baseada no medo? Estes são alguns dos questionamentos trazidos pelo filósofo.

Já em sua primeira seção, intitulada “Dos preconceitos dos filósofos”, Nietzsche deixa evidente o tom niilista destrutivo que iria dominar a sua obra a partir de então. O autor passa a defender o desprendimento da filosofia de preconceitos morais e um engajamento maior do filósofo, que deveria se posicionar a respeito do mundo que o cerca.

Esta obra é uma importante reflexão sobre a lógica da humanidade que persegue a razão, seja cartesiana, seja aristotélica. Nietzsche questiona a necessidade de superação dessa lógica e, enfim, a necessidade de ir Além do Bem e do Mal.
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