Inspirada da vida da lutadora paranaense Erica Paes, a novela da Rede Globo ‘A Força do Querer’ traz à tona um tema que aos poucos vem ganhando visibilidade. Escrita por Glória Perez, a trama que estreou há poucas semanas tem chamado a atenção do público. A atriz Paolla Oliveira protagoniza o papel de Jeiza, uma policial do Batalhão de Ações com Cães que sonha em lutar MMA.
Colocar uma atriz conhecida por interpretar mocinhas indefesas como uma mulher independente, forte e determinada, pode ser um grande trunfo de Glória Perez para despertar a atenção do público sobre questões ligadas ao empoderamento feminino.
Tática parecida é utilizada por Kelly Hamiso, autora de Morgenstern, que utiliza o romance para traduzir aspectos das artes marciais para as leitoras. Em seu livro, Kelly que fez um intenso laboratório para compor a obra, busca desmistificar os preconceitos que envolvem esse universo e enaltecer o poder feminino nos combates, narrando minunciosamente lutas, exaltando regras, disciplina e respeito dos atletas dentro do octógono.
“Érica estava deitada de costas pro chão, com as pernas envoltas da cintura da adversária e os pés cruzados sobre suas costas de um modo que ela nunca escaparia, a cabeça da garota encontrava-se presa no triangulo do braço e só restava a Érica encaixar lhe perfeitamente a guilhotina e apertar-lhe precisamente para que a adversária desistisse. E foi o que aconteceu, apertou com tanta força que ambas ficaram sem a circulação sanguínea no rosto. A garota deu três tapinhas contra o braço da campeã, desistindo. Esta afrouxou o braço e se levantou num salto, exibindo um corpo perfeito debaixo da roupa de lycra.” P. 61
Morgenstern é uma obra sobre força, dedicação e, sobretudo respeito e reconhecimento da força feminina, seja dentro dos ringues, na vida pessoal, profissional e em qualquer meio da sociedade.
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