sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Menina: Quando o destino traz união em tempos de guerra


Com edição esgotada, Menina, obra do jornalista e escritor Paulo Stucchi é relançada pela Amazon Brasil. No romance ambientado durante a Guerra do Paraguai, 1864-1870, o autor relata o conflito disseminado pela Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai contra o governo expansionista e militarista de Francisco Solano López.

Com intensa narrativa e construção de personagens, Stucchi traduz de maneira ímpar o amor e amizade entre Negro João, soldado desertor do exército imperial do Brasil, e María, menina índia paraguaia que dá título à obra. A comunicação entre os dois é baseada em olhares e gestos – recurso utilizado pelo autor para diminuir a barreira entre as línguas.

“Os homens que amavam podiam falar, não somente pelo coração, mas pela energia que transborda através do amor.”

Depois de ser enviado à Guerra, João almeja a alforria ao término do conflito. No entanto, o destino o leva a outra missão ao conhecer María, única sobrevivente de sua família que morava no interior paraguaio devastado pela guerra. Por sua vez, a menina guarani sonha em concretizar o desejo de sua mãe quando viva: chegar a Assunção, e, ali, recomeçar sua vida.

Entre relatos de cólera, fome e medo, o autor mescla conflitos internos e interesses políticos à honra; e a esperança e redenção aos dois pilares essenciais na formação do Brasil e Paraguai: o negro e o índio guarani.

A trama levou 12 anos para ser construída e possui profunda pesquisa do autor sobre fatos históricos importantes, como a narrativa da Batalha de Acosta Ñu. Também conhecida como Batalha de Los Niños ou Campo Grande, o conflito foi uma das últimas tentativas de resistência dos guaranis em blindar a fuga de Solano López para o interior do Paraguai. A data de 16 de agosto de 1869 ficou marcada como o mais sangrento infanticídio da historia sul-americana.

O Dia das Crianças no Paraguai foi proclamado na mesma data como homenagem às vitimas.

Massacre

“No es necesário decir que tenemos aqui a unos cinco o seis mil valientes soldados que esperan el ataque contra el enemigo en un número mucho mayor que la invasión de nuestra tierra. Sin embargo, también es necesário recordar la valentia del soldado Paraguayo. La valentia de todos los hombres de esta tierra que están dispuestos a morir antes de entregar nuestro país a los vecinos gigantes que se vem a nosotros como buitres”.

Historiadores estimam que cerca de 20 mil soldados aliados lutaram contra seis mil paraguaios, boa parte adolescentes e crianças, durante a Batalha de Acosta Ñu, região hoje próxima San Bernardino, no Departamento de Cordilheiras. O alistamento de meninos tornou-se uma realidade no ano final da guerra devido à escassez de homens aptos a lutar no exército paraguaio.

O livro também destaca a figura feminina paraguaia e seu exímio desempenho no papel pós-guerra, e o papel do negro no Exército Imperial do Brasil e na sociedade do século 19.

Enfim, Menina traz ao leitor um romance com fatos históricos e descrições de episódios reais. Uma leitura intensa, provocadora, que traz reflexões sobre o quanto a guerra pode afetar o destino das pessoas e destruir sonhos, mas, também, aflorar o que existe de mais humano em todos nós: o desejo de proteger a vida, e de recomeçar uma nova realidade, em paz.
Read More

Os fatos mais importantes que marcaram toda a sociedade

Finalmente! Após 11 obras da série História Concisa das Nações, que integra relatos de países como Itália, Grécia, Espanha, México, França, EUA, Portugal, Rússia, Índia Moderna, Grã-Bretanha e Japão, chega às livrarias a História Concisa do Mundo, publicada pela Editora Edipro em parceria com a Universidade de Cambridge.

Editora chefe da célebre coletânea e renomada historiadora social e cultural, Merry E. Wiesner-Hanks conta nesta nova obra a história do mundo desde as tradições mais antigas até os momentos mais atuais. Examina a evolução de forma global, percorrendo temáticas como famílias e grupos familiares, hierarquias na sociedade e de gênero, sexualidade, raça e etnia, trabalho, religião, consumo, materialismo e a interação entre comunidades.

Como não é impossível compilar e ler todas as histórias de todas as populações em apenas um livro ou mesmo em uma vida, a autora se atentou nas histórias dos seres humanos como produtores e reprodutores, compreendendo esses termos em um sentido cultural, social e material. E, também, destaca as mais marcantes mudanças e interações entre sociedades durante os milhares de anos da humanidade. Porém, os movimentos políticos e militares não foram ignorados, mas sim repassados sob a perspectiva de como foram moldados pelos fatores humanísticos.

Nos capítulos, os aficionados e curiosos pelos acontecimentos do planeta Terra poderão encontrar os temas família coletoras e agricultoras (até 3.000 a.C.), cidades e sociedades clássicas (3.000 a.C. a 500 d.C.), expansão das redes de interação (500 d.C. a 1.500 d.C.), um novo mundo de conexões (1.500 d.C. a 1.800 d.C.) e industrialização, imperialismo e desigualdade (1.800 d.C. a 2.015 d.C.).

Os pontos fortes da história englobam episódios como: caminhos da urbanização, vida na cidade, intercâmbio de costumes e religioso, cultura cortesã, colonização, império, comércios, propagação de doenças, guerras, drogas, comercialização do lazer, comércio do açúcar, tráfico de escravos, expansão e transformação da indústria, movimentos sociais, novo imperialismo, pós-industrialização, pobreza e a sociedade que caminha para o terceiro milênio.

Ainda, aborda a criação de uma rede mundial de comércio, incorporando coletores, agricultores e operários, bem como xamãs, escribas e secretários.

Esta incrível obra apresenta comparações e generalizações, além de notas às diversidades e particularidades, pois examina as questões sociais e culturais que estão no centro das grandes questões da atual história do mundo.
Read More

De novo, segunda-feira. Falhas ou oportunidades?


Kintsugi é uma técnica artesanal nipônica de reparação de cerâmicas quebradas utilizando pó de ouro, tornando a peça ainda mais valiosa. Muito apreciado, o método passado de geração em geração tornou-se uma forma de aperfeiçoar os deslizes e aprender a admirar nossas imperfeições a fim de atingir a evolução. O empreendedor Edgar Ueda é sócio fundador na empresa, Mondeluz Inteligência em Negócios Imobiliários, idealizador do Inside Imob, maior evento de inteligência do mercado de imóveis da América Latina, e possui um passaporte carimbado com mais de 24 destinos ao redor do globo.

Durante os nove anos que viveu no Japão, Ueda conheceu a metodologia e em seu livro Kintsugi – O poder de dar a volta por cima, lançamento da Editora Citadel, o autor reflete com grande admiração que esse conhecimento é o suficiente para moldar qualquer case de sucesso.

No país do sol nascente, o desgaste do objeto é muito valorizado, pois demonstra utilidade. Os reparos representam história, experiência e serventia. Uma cerâmica perfeita não é considerada única, já que pode ser facilmente comprada. No entanto, um vaso restaurado se mostra singular, pois nenhum outro terá os mesmos defeitos e consertos. Cicatrizes são tão marcantes para a nação asiática que são reverenciadas por todas as suas facetas, sejam elas trágicas ou gloriosas. Hiroshima, Kobe e Fukushima provam isso.

Em paralelo com essa arte, existe toda uma filosofia de vida, aplicada ao modo de ser do povo japonês, que fala da aceitação do que foi forjado pela vida, que sobreviveu aos desafios e renasceu depois de uma provação mais intensa, que lhe deixou marcas. Uma filosofia que ajuda a lidar com a ideia das perdas e da melhoria por meio da provação e da determinação de dar a volta por cima, renascer das cinzas, continuar em frente, apesar das cicatrizes que a vida deixou. Página 12 - Kintsugi, O poder de dar a volta por cima – Edgar Ueda

Em Kintsugi, o leitor aprende que todo fracasso tem um lado bom. Diferente do que pode parecer, falhar não pode se tornar um estímulo para desistir e muito menos deve ser visto de forma negativa, mas sim uma oportunidade de adquirir sabedoria. Segundo o empresário, que também é um dos maiores palestrantes do Brasil, aprendemos com as derrotas. E com a consciência de que haverão muitos obstáculos no caminho da trilha para o sucesso, a evolução é certa. Além disso, não vencer uma batalha fortalece a pessoa para superar próximos desafios.

Inspirado pela técnica japonesa, o autor criou seu modelo próprio de Turnaround (termo comum no mundo dos negócios), se baseando na linha de pensamento do Kintsugi. Para ele, o Turnaround é conduzido por um conjunto de fatores, porém essa virada só acontece quando se decide que é hora de mudar, virar o jogo e pensar de forma positiva.

É a decisão de reunirmos nossos pedaços depois de uma queda – e quedas acontecerão sempre em nossa vida – e valorizar cada cicatriz que nos mostra que somos maiores do que os problemas da vida e mais dispostos a encantar todos os que se inspiram em nosso exemplo para definir suas próprias vidas. A filosofia do Kintsugi é o que dá sentido e nos ajuda a promover o Turnaround em nossa vida, sem medo de nos machucarmos durante a jornada rumo ao sucesso, porque sabemos que isso só vai nos valorizar ainda mais. É a partir dessa certeza e desse exemplo de contemplação da beleza da luta pelos nossos sonhos que nos colocaremos definitivamente no caminho da vitória. Página 13 - Kintsugi, O poder de dar a volta por cima – Edgar Ueda

Com dedicado trabalho e vasto conhecimento no mercado imobiliário sua empresa, Mondeluz é retentora de 708 milhões em VGV vendidos e R$2.4 bilhões em contratos. Como conferencista, o autor motiva por meio de suas dicas e o seu propósito de vida uma mudança na forma de pensar e agir de seus espectadores e seguidores. Ueda que possui um canal de youtube trabalha o projeto #turnaround, apresentando uma série de entrevistas com personalidades de sucesso, mostrando quais atitudes as levaram ao topo. Veja mais: http://bit.ly/2Ostrsj
Read More

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Que a leitura esteja com você: Do átomo ao buraco negro


Os gregos já tentavam explicar os mistérios e luzes dos céus por meio de histórias que permeiam a literatura até os dias de hoje. Héracles, filho de Zeus, alimentava-se no seio de sua madrasta Hera. Conta-se que ao afastar a criança de seu colo deixou que o leite fosse derramado e assim criou a faixa branca que hoje conhecemos como Via Láctea. Existem muitas explicações de “como” as estrelas e o céu se “formaram”. Faz parte da nossa natureza a obrigação de encontrar respostas por isso continuamos a procurar.

A obra Do Átomo ao Buraco Negro, de Schwarza, divulgador cientifico e criador do canal de youtube Poligonautas – com mais de 700 mil seguidores, ajudará muitos fãs das galáxias a responderem todas as dúvidas sobre átomos, estrelas, buracos negros e curiosidades.

Há 13,8 bilhões de anos que vivemos curiosos com o que existe nas galáxias. A indústria cinematográfica, em especial George Lucas, foi magistral em criar uma imagem repleta de detalhes para o nosso imaginário. Poucos se perguntam se é assim mesmo, mas será que é? Na verdade o cinturão de asteroides existente entre Marte e Júpiter tem grandes espaços separando os objetos, nada parecido com o que vemos na cena em que a Millennium Falcon tem que desviar de diversos amontoados na saga, Star Wars: O Império Contra-Ataca.

O livro é extremamente divertido e educativo, com muitas revelações sobre planetas bizarros, como exemplo um feito de diamante, sobre o evento das supernovas e as estrelas magnetar (não é uma nova banda, nem um novo integrante mutante). Ainda, tem informações explicativas e relevantes como o aparecimento do cometa Halley, em 1986, o lançamento dos ônibus espaciais Challenger e Columbia (e suas desastrosas histórias), a participação de Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço, entre outras curiosidades.

Acontecimentos importantes também são abordados de forma perspicaz. O autor ressalta que mesmo com tantas empreitadas espaciais, o homem ainda não encontrou nenhum lugar fora da Terra com o equilíbrio necessário para que a vida aconteça, então não podemos seguir com a falsa ilusão de que nossos recursos são ilimitados.

Além de conhecer Carl Sagan, o cientista que popularizou e fez com que muitos gostassem de ciência, o leitor entenderá o porquê a astronomia e o universo conseguem despertar tanta paixão e interesse. Schwarza ensina sobre 65 objetos celestes descritos com muita sagacidade e descontração, conta histórias da mitologia grega, faz referências a personagens de cinema, desenhos famosos e vídeo game com o propósito de que o conhecimento seja o ponto de partida para a reflexão sobre os fenômenos que vão além do que os olhos podem ver.
Read More

Lançamento do livro 'Que Cabelo é esse, Bela?'


Toda vez que chovia, a garotada fazia a festa no quintal da vila onde Bela morava. Ela e os amigos adoravam brincar com a água que caia do céu. Principalmente por um detalhe mágico: com a água da chuva, o cabelo dela começava a brilhar! “Toda vez que um amigo a alcançava, ela passava as mãos nos cabelos e dividia seu brilho. E rapidamente voltava a brilhar e a correr dos amigos. Quando nenhum deles conseguia pegá-la, Bela balançava a cabeça respingando brilho em todos”, diz um trecho de Que cabelo é esse, Bela?, escrito por Simone Mota, com ilustrações de Roberta Nunes, um lançamento da Editora do Brasil.

Mas nem todos se encantavam com o poder de brilho do cabelo da garota. Alguns faziam bullying com a menina, implicavam com aquela cabeleira e gritavam “Corta essa juba!”, “Alisa!”. E Bela começou a se incomodar, ficou triste e preferiu não ter mais tanto brilho. Por que não podia ser quem era? Seria melhor não ter mais aquele poder nos cabelos?

Sua mãe lhe explica então a origem daquele brilho, que remontava à tataravó de Bela, uma mulher escravizada. E agora ela tem a escolha de renunciar ou não a esse poder. O que fazer?

Com essa narrativa singela, a escritora Simone Mota aborda um tema superatual: a importância de quebrar preconceitos e padrões de beleza impostos. E mais, a importância de descobrir e valorizar o poder da ancestralidade e afirmar-se enquanto indivíduo consciente.

Indicado para crianças a partir dos 9 anos, o livro faz parte da coleção Mil e uma histórias, que reúne autores renomados, ilustrações encantadoras e narrativas cativantes. As obras dessa série refletem a cultura popular e a infância, mostrando a realidade de um jeito diferente levando o pequeno leitor a pensar sobre suas atitudes e o mundo que o cerca.
Read More

terça-feira, 14 de agosto de 2018

A curiosidade que adoramos matar!


Com um número maior de seguidores em seu canal de Youtube, do que moradores em sua cidade natal, o professor e escritor Kennedy Ramos lança Tudo Tem Uma Explicação, publicado pelo selo Outro Planeta, da Editora Planeta. Com muitas respostas para perguntas que provavelmente as pessoas sempre quiseram saber e outras tantas que os farão mais curiosos ainda.

A vida começa com a curiosidade e é ela que gera a vontade. Se não há motivação não há ação, assim é a vida desde os nossos primórdios.

“Por quê?” é provavelmente a pergunta que direciona nossa infância enquanto descobrimos o que está ao nosso redor. Todos os dias fazemos perguntas funcionais ou não. Para o autor da obra, todas as pessoas pensam cientificamente quando observam, estudam ou refletem sobre algo.

Nessa divertida e elucidativa narrativa, o leitor poderá encontrar muitas explicações biológicas para questões como, fidelidade e relações homoafetivas entre animais ou quem sabe dados de pesquisas que provam que homens são na verdade mais fofoqueiros do que as mulheres. Não só isso, o leitor também encontrará assuntos mais tecnológicos, como o uso de Inteligência Artificial baseada na fauna. A empresa alemã Festo investe em robôs inspirados na anatomia das formigas com o propósito de aprender e replicar o que o universo nos ensina diariamente e nem sempre absorvemos.

“Os algoritmos desses robôs são capazes de traduzir o comportamento cooperativo das formigas na tecnologia. Isto é, esses robôs são capazes de realizar individualmente suas tarefas, sem jamais perder o foco do coletivo, e, assim, agem em conjunto, comunicam-se, coordenam as atividades para que tudo isso ocorra da melhor forma possível. Os cientistas da Festa dão a esses robôs o titulo de “fábrica do futuro”, pois harmonizam suas atividades individuais com o trabalho em equipe”.

Os amantes de ficção científica, desenhos animados e contos de fadas terão muitas referências para reconhecer e desvendar muitas curiosidades. “Tudo tem uma explicação” é didático e revela exatamente aquilo ao que se propõe: os mistérios da vida. Uma leitura com motivação e compreensão do que já faz parte de nós; a biologia.
Read More

Conteúdo Relacionado

© 2011 Uma Leitora, AllRightsReserved.

Designed by ScreenWritersArena