quinta-feira, 29 de julho de 2010

V de Vingança

de Alan Moore e David Lloyd (Editora Panini Comics)


Numa Londres totalitária do futuro (o HQ foi escrito antes da época que retrata), um homem decide se vingar daqueles que transformaram o país numa nação de pessoas incapazes de se levantarem contra suas insatisfações. O personagem 'V', de quem não se sabe quase nada, protagoniza uma revolução ajudado pela adolescente Evey Hammond.
Não é por nada que Allan Moore vem sendo considerado um dos maiores quadrinistas de todos os tempo. A ideia central é genial, o desenvolvimento é perfeito e os desenhos simplesmente divinos.
Ler este HQ desperta aquela centelha revolucionária que vive m todos nós. Aquela vontade de Gritar Vive la Revolución! e de usar camisetas do Che Guevara, a vontade universar de liberdade, verdadeiramente, sem hipocrisia e sem corrupções. Um ideal capaz de mudar toda uma sociedade, de fazer as pessoas tirarem suas vendas e realmente enxergarem o que o governo faz com elas.
Tudo é maravilhoso, o diálogo, as citações, às referências à cultura. O personagem V é muito especial, você termina de ler com aquela vontade de ter coragem para mudar as coisas que não aceita.
É um pouco diferente do filme, mas igualmente bom, são bem parecidos visualmente e os diálogos tem a ver.
Dá uma vontade de colocar uma máscara de Guy Fawkes e tentar fazer umas loucuras pela cidade. hoho.
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quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Leitor

de Bernhard Schlink (Editora Nova Fronteira)


O leitor conta a história de Michael, um adolescente que tem um caso com Hanna, 20 anos mais velha. O romance dos dois dura um verão e então Hanna vai embora de repente, sem despedir-se. Anos mais tarde, aluno de direito, Michael reconhece Hanna como uma das acusadas em um tribunal especial para guardas de campos de concentração.
Achei a história toda muito bonita, a paixão com diferença de idade, e Michael é muito novo, está descobrindo tudo, todos estes novos sentimentos, um pouco sem saber como agir em determinadas situações. A condição amorosa dos dois é bastante delicada, e como todo primeiro amor não encontra um fim com a separação do casal.
Depois do reencontro no tribunal, Michael descobre que nunca deixou de gostar dela, e mesmo após de casar não a esqueceu. Ainda é importante toda a fase do pós-guerra, em que os jovens se perguntam como seus pais pudeam ser testemunhas de tamanhas atrocidades, e como foi possível tolerar o que o regime nazista fazia.
Uma das coisas mais legais do livro é que Hanna pedia a Michael para ler para ela em voz alta, e ele o fazia todos os dias quando a via. Isso acaba se tornando uma espécie de ritual para os dois, ler, se amar. E inserido aí está o segredo do livro.
Bernhard Schlink escreve de uma maneira muito objetiva, sem rodeios desnecessários, mas de uma forma muito bonita. Se possível sugiro a leitura antes do filme, já que por conhecer a história algumas partes podem ser prejudicadas. É o tipo de livro para ler de uma vez só.
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terça-feira, 27 de julho de 2010

A Humilhação

de Philip Roth (Editora Companhia das Letras)


É a história de Simon Axler um ator de 65 anos que de uma hora para outra descobre que não consegue mais atuar. A mulher o abandona e tudo começa a desmoronar, para fugir a isso ele se interna em uma clínica psiquiátrica. Ao sair, não tem mais um propósito na vida, até se apaixonar por Pegeen, uma homossexual, vinte cinco anos mais jovem.
Acho que Philip Roth escreve de um modo muito sarcástico, como se debochasse de tudo. Mesmo assim gostei dele e muito deste livro, ele ainda é curto e de leitura rápida, sugiro ler de uma vez só para não se perder.
Acho que esses bloqueios de ator, como o retratado na estória são parecidos com os de escritor (destes eu entendo - haha), quando se acha que o talento acabou, e que nunca mais isso será possível trabalhar, é uma coisa psicológica bem complicada, e achei isso bem legal no livro. Assim como ainternação, as dúvidas, a insidiosa ideia do suicidio, tomando espaço na mente de Simon, antes de encontrar sua heroína, a mulher que ele tenta transformar para mudar a si próprio.
Philip Roth é indiscutilvelmente um homem muito inteligente, A Humilhação é um livro muito psicológico, mas a leitura é leve apesar dos temas serem complexos. A velhice do personagem, a ideia de fim da vida, fim da carreira e fim dos relacionamentos.
A obra toda me parece bem pessimista, e apesar do humor é permeada por aquele sentimento de depressão do começo, que parece impossível de ser dissipado. Mas não há mentira nenhuma nisso.
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terça-feira, 20 de julho de 2010

A Breve Segunda Vida de Bree Tanner

de Stephenie Meyer (Editora Intrínseca)


Bree é um personagem secundária com uma breve participação em Eclipse, o terceiro livro da saga Crepúsculo. Ela aparece no confronto entre o exército de Victória e a Família Cullen e os Lobos Quileutes. Se destaca por ser a única sobrevivente entre os vampiros de Victória, por se render e conversar com Carlisle.
A grande sacada deste livro é que os livros narrados pela personagem Bella não mostram muito da vida dos vampiros comuns, apenas da vida light dos Cullen.
Bree vive em um grupo de recém-nascidos que sobrevivem basicamente através de seu instinto. Acho que os fãs de literatura vampiresca sanguinolenta vão gostar mais deste do que dos outros livros da autora. A caçada é descrita de uma forma totalmente nova, a sede, que não é tão bem explicada na série toma uma dimensão nova que nos faz perguntar, como Edward consegue suportar tamanha dor ao lado de Bella?
Apesar de saber o que aconteceria no fim, achei o livro muito bom, uma espécie de apêndice explicativo. Acho a Stephenie uma autora de idéias novas e personagens vívidos, que sabe contar boas histórias.
O que mais surpreende neste livro é a perspectiva, saber sobre a vida de Bree, sobre quem não sabemos quase nada, seus medos e dúvidas, suas paixões. O que se passava em sua cabeça durante esse tempo, essa semana que precede o seu encontro com os Cullen e os Volturi. Quem me dera poder sempre conhecer mais lados de uma história.
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O Perfume - História de um Assassino

de Patrick Süskind (Editora Record)


Na Paris do século 18 nasce um bebê com uma habilidade muito peculiar, o maior e melhor olfato existente. Jean-Baptiste Grenouille nasce no lugar mais fedorento que se pode imaginar, e toda sua vida passa por muitos lugares, sem nunca encontrar um lar. 

O menino é esttranho, e apesar de sentir todos os cheiros do mundo não possui nenhum cheiro para exalar. Quando encontra uma moça ruiva de cheiro muito bom sente a necessidade de aprender como capturar os cheiros para assim possuí-los. E se torna aprendiz de perfumista.
Eu já tinha visto o filme, e tinha achado muito bom, mas este é, sem dúvida, um dos melhores livros que já li. A cada novo capítulo há surpresas e uma nova visão de Grenouille. Tem um quê de surpreendente, até mesmo para quem já conhece a história, e o desfecho. 
O modo do autor descrever tudo torna este personagem tão real, como alguém sobre quem já lemos notícias, ou lemos em livros de história. Jean-Baptiste parece saltar para fora do livro de tão real, e os cheiros descritos na história chegam a causar enjoo em certos momentos, pois a narrativa é muito realista. 

É impossível não ficar meio preso no personagem apesar de todas as suas atrocidades, parece que é tudo meio compreensível. A única parte que é um pouco maçante é quando Grenouille sai de Paris e vive em uma caverna, esta parte é um pouco cansativa, mas é importante para o contexto da obra, e o que vem depois, certamente vale a pena.
Ele é cruel sem saber, assim como é delicado. Cada ação sua tem um objetivo, chegar a criar o seu perfume perfeito, feito da essência do cheiro de donzelas. É perturbador e maravilhoso. Na minha opinião, leitura obrigatória. 

Confira o trailer:

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terça-feira, 13 de julho de 2010

Ela Foi Até o Fim

de Meg Cabot (Editora Galera Record)


Então mais um livro da Meg Cabot, acho que já li quase todos dela, devem faltar poucos. O "Ela Foi Até o Fim" conta a história de uma bem sucedida roteirista de Hollywood, Lou Calabrese, que depois de escrever um mega sucesso vencedor do oscar em que seu namorado era o protagonista, ele alcança o sucesso e a deixa pela atriz principal do filme.
Logo em seguida no set de filmagem no Alaska de seu novo filme, Lou sofre um acidente de helicóptero junto com um ator que odeia, Jack Townsend. Mas o acidente não é um acidente qualquer, é uma tentativa de assassinato. Alguém está tentando matar Jack, e eles são obrigados a fugir pela floresta, no meio de uma nevasca, de homens armados. Acontece que os dois acabam esquecendo as suas diferenças e a raiva que sentiam um do outro e - tchã-nã - eles se apaixonam.
Achei o livro legal, de leitura rápida (apesar das 400 páginas) e de simples entendimento. Tem sua veia cômica, a ação na medida certa, e o romance típicos da Meg. Surpreende por ter mais suspense, que é meio incomum para os livros da autora.
Acho que Meg Cabot tem um talento muito grande de dar vida aos seus personagens como poucos autores conseguem fazer. Mesmo que falte um pouco na história, estes caracteres parecem tão reais que tudo faz sentido. Achei o livro um pouquinho pesado em algumas partes, então não recomendável para menores de 15 aninhos.
Mas no geral, vale a leitura.
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quinta-feira, 8 de julho de 2010

O Caderno de Noah

de Nicholas Sparks (Editora Objetiva)


Quando terminei de ler este livro não consegui parar de chorar durante uns bons quinze minutos, não só porque a história é muito boa (e ela é), mas principalmente pela ligação pessoal que a gente acaba criando com a vivência dos personagens e o vínculo que se cria é muito especial.
Nicholas, o autor surpreende pela sua delicadeza e por ser muito romântico, concordo com as comparações entre ele e Robert James Waller, autor de 'As Pontes de Madison', ambos são exemplos de leituras romanticas e sensíveis mas não exclusivamente femininas.
O Caderno de Noah conta a história de Noah e Allie adolescentes que se conhecem durante as férias e se apaixonam. Tudo bem até aí, mas(sempre tem um mas) eles pertencem à classes sociais distintas, Allie é rica e sofisticada enquanto Noah é pobre e simples. Eles acreditam que seu amor é maior que isto mas no fim do verão Allie é forçada à ir embora e eles não se veem mais. Ente sentimento permanece adormecido durante 14 anos, mas Allie noiva de um rico advogado descobre uma notícia de jornal e volta para a pequena cidade de New Bern à sua procura. Eles se reencontram e a amor antigo volta à tona.
Porém, não é só isso. Quem está contando a história é um octagenário Noah, que lê a história de suas vidas para que uma Allie sofrendo do mal de Alzheimer lembre-se de quem é e volte para ele.
A força deste amor encanta a alma. Eu assisti o filme 'Diário de uma Paixão', baseado na obra, antes de ler o livro e digo que ele é bem fiel, talvez seja muito explícito em alguns momentos em que no livro ficam dúvidas, no entanto os atores principais (Rachel McAdams e Ryan Gosling) souberam passar muito bem o sentimento do casal protagonista tanto na juventude o amor apaixonado quanto no reencontro depois de tantos anos de separação.
é o tipo de história que ocupa espaço na mente e leva muito tempo para ser esquecida.
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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Diários do Vampiro - O Despertar

de L.J. Smith (Editora Galera Record)


Então, partindo do pressuposto de que Diários do Vampiro é meio pré-julgado por todos por causa da comparação invitável com a série Crepúsculo de Stephanie Meyer, acho que é bem diferente. Sem falar que já esperava alguma coisa por ter assistido a primeira temporada da série de TV.
Uma adolescente que se apaixona por um rapaz recém chegado na cidade pequena onde vive, e ela descobre que ele é um vampiro. Já não ouvi esta história em algum lugar? As comparações existem, mas a história é bem diferente e também interessante ao seu modo. Sem falar que lá pelas tantas aparece o irmãos do vampiro tentando se vingar conquistando a moçoila roubando-a do irmão. Tenso.
Acho que L.J. não escreve exatamente bem - as fãs que me perdõem - mas a história vence qualquer tipo de falha de escrita da autora. Os personagens realmente tem personalidades bem singulares e parecem reais por terem seus defeitos.
Realmente é possível esperar muito destes caracteres por que você não sabe tudo sobre eles em um parágrafo, odeio personagens rasos. A protagonista Elena, me surpreendeu bastante por sua força, no começo confesso que achei que ela era o típico estereótipo de patricinha americana mais popular da escola, mas ela tem seus defeitos, é egoísta, as vezes é grossa, mas mesmo assim vai atrás do que quer.

Também achei interessante o destaque dado aos personagens secundários do livro, coisa que raramente acontece.Agora só falta ler os outros quatro da série.
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sexta-feira, 2 de julho de 2010

O Menino do Pijama Listrado

de John Boyne (Editora Cia das Letras)


O Menino do Pijama Listrado é um tipo de livro comparável à O Pequeno Príncipe de Saint-Exupéry, que seria classificado com um livro infantil, mas que não tem conteúdo só para crianças. Porém, o modo como o livro é escrito, de maneira tão simples, é fácil de ler, como se os fatos tivessem sendo explicados com simplicidade, a fluidez ao ler esse livro é muito boa, como se fossem naturais todas aquelas palavras.
Ainda é surpreendente que o autor escreva sobre a guerra meio em noir, nada fica implícito na história. Como a guerra, o campo de concentração, tudo fica meio duvidoso e só com o passar da leitura que as coisas vão sendo explicadas.
É como uma volta à infância perceber a inocência de Bruno e lembrar de coisas que a gente pensa quando é criança e não conhece muito da vida ou das pessoas, como a gente julga as outras pessoas ou como vemos uma coisa de uma maneira própria, bem particular.
Mostrar o holocausto através dos olhos de uma criança é uma escolha arriscada, pois as crianças são alheias às divisões, como vemos no livro entre Judeus e Não Judeus. Bruno sabe que os outros estão do outro lado da cerca, mas não entende porque.
O livro é emocionante, mas meio que atinge o leitor como um soco. É meio chocante como abrir os olhos no sol depois de passar um dia todo no escuro. Surpreende e encanta. E é um dos poucos exemplos de filmes em que a adaptação cinematográfica é religiosamente leal ao livro.
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