domingo, 30 de junho de 2019

A perspicácia machadiana


O romance “Quincas Borba” escrito por Machado de Assis, quebra de vez com o romantismo da época, marcando assim a produção realista na literatura brasileira para sempre. Ao contrário do que o título sugere, a obra não tem como personagem principal o filósofo Quincas Borba, mas sim Rubião, professor primário que se tornou enfermeiro e amigo herdando toda a riqueza após sua morte.

A escrita em terceira pessoa é retomada nesta obra, um estilo machadiano para dar mais ênfase na história de vida da personagem, tratando assim o filósofo como alguém ingênuo e provinciano, tendo como sua maior preocupação o que restaria de sua memória pós-morte, torcendo assim para que seu cachorro que possuía o mesmo nome morresse em segundo lugar.

Com seu novo cachorro e herança, Rubião sai do interior de Minhas Gerais rumo ao Rio de Janeiro, se aproximando cada vez mais de um casal em sua nova vida, e acaba se apaixonando pela esposa Sofia. O casal se aproveita de sua inocência e condição financeira, porém o recém-chegado logo percebe essa rejeição e aos poucos vai desenvolvendo uma demência, que termina por deixa-lo em um manicômio totalmente fora da realidade acreditando ser um imperador francês, fugindo assim do local com seu cachorro e morrendo aos poucos, dia após dia.

Machado retrata em sua obra apontamentos do cientificismo e evolucionismo da época, trazendo assim a ideia de um Darwinismo nas relações sociais em que sobrevive somente o mais forte e adaptado nas relações, sendo Rubião um retrato do então fracasso dessa possível evolução. O romance não é o mais conhecido do autor, mas se diferencia por deixar o narrador em terceira pessoa com a mesma importância de um em primeira pessoa, e com os questionamentos sobre a verdade próprio do discurso machadiano.

Por fim vale lembrar que os posicionamentos de Machado a respeito de suas obras foram inovadoras e quebraram a forma de se fazer literatura no Brasil. O autor se preocupa em retratar sua realidade da época, com todas as nuances que ela carrega e as complexidades dos homens, sempre carregado de uma filosofia positivista em evidência.

Quincas Borba é o vigésimo quarto título da coleção Biblioteca Luso-Brasileira. Com excelente receptividade do público, a coleção é especialmente pensada para os estudantes de ensino médio e vestibulandos, acrescentando a cada edição notas explicativas dos termos menos coloquiais.
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sábado, 29 de junho de 2019

Você está convidado a se aventurar no mundo dos sonhos


O que um mentalista tão famoso como Matias de Avicena deseja descobrir? Qual o grande segredo que ele tanto almeja desvendar? Para alcançar um misterioso poder, ele está hipnotizando pessoas! Dormindo ou acordado, o hipnotizador pode ser um terrível pesadelo. Agora, só um garoto pode ajudá-lo nessa missão.

Na obra de suspense e ficção fantástica Visitando Sonhos, escrita pela autora Heloisa Prieto e publicada pela Editora Estrela Cultural, o leitor é apresentado, de forma lúdica e divertida, a história de Eduardo Nogueira – também conhecido como Deco. O menino herdou as grandes habilidades de seu avô: o dom do “Sonho Visitante”. Ou seja, onde quer que esteja, basta fechar os olhos para começar a sonhar. Mas, ele precisa ter muito cuidado, pois o hipnotizador Matias está a procura dessa aptidão e para obtê-la ele fará de tudo, inclusive grandes loucuras.

Visitando sonhos é uma espécie de jogo com o leitor, repleta de reviravoltas e surpresas, a narrativa apresenta personagens enigmáticos e complexos. Difícil não se deixar "hipnotizar" pela fala de um vilão como Mathias Alvicena, capaz de encantar leitores desavisados. Fascinante e polêmico, o hipnotizador, sempre dominado pelo desejo de controlar mentes alheias, invadirá a vida de Deco e seus amigos, colegas de escola e até mesmo professores.

“[...] – Não entendi. Que poderes são esses?
– O de imaginar. Tudo o que está em cima é igual ao que está embaixo. Quer dizer, primeiro as coisas têm que ser imaginadas, depois elas passam a existir. Mas, com a rotina rápida de hoje, a capacidade de alargar os horizontes mentais está encolhendo e, se continuar assim, vai desaparecer. Ninguém mais vai ter imaginação. Será preciso pôr o cérebro na tomada... " (P. 41)

Com um toque de humor, realismo e uma boa dose de maluquice, a autora estimula o debate sobre o uso dos aparelhos eletrônicos pelos jovens, mas reforça que o ideal seria encontrar um equilíbrio somando as duas realidades: a onírica e a virtual, assim crianças e adolescentes desenvolverão ainda mais sua criatividade.

Com uma escrita cativante e sutil, Heloísa convida o jovem leitor a refletir sobre a questão, enquanto se aventura e interage com a narrativa. Dinâmico e delicado, o livro é ilustrado pelo austríaco Jan Limpens. Além de enriquecer as páginas, as ilustrações levam os pequenos a exercitarem a imaginação e mergulharem profundamente nessa história, transformando a leitura em um verdadeiro sonho.
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sexta-feira, 28 de junho de 2019

Monstros invadem história de Peter Pan


A famosa história do Peter Pan e a Terra do Nunca, um conto tradicional conhecido por todos, ganha uma nova versão na coleção Papa-Páginas. A adaptação, escrita por Luciana Garcia e publicada pela Editora Estrela Cultural, apresenta uma narrativa cheia de aventuras, descobertas e rimas.

Peter Pan é o sexto volume da série de livros que oferece às crianças experiências únicas, incentivando elas a quererem ler e aprenderem de uma forma muito divertida. Nessa surpreendente versão interativa, os pequenos leitores marcam as páginas do livro e completam as cenas com os 12 simpáticos marcadores de monstrinhos. Os “monstros” se encaixam no topo das folhas devorando-as, assim criam uma inovadora forma leitura, tornando-a muito mais prazerosa e atrativa.

Nessa cativante narrativa, Peter Pan é muito aventureiro e ousado. O famoso menino que não queria crescer frequentemente está envolvido em lutas contra piratas, guerras para salvar os índios e ainda protege os Meninos Perdidos do terrível Capitão Gancho. Além disso, ele está sempre se aventurando pelos céus com sua fiel escudeira Sininho e escutando as grandes histórias que sua amiga Wendy tem para contar.

Sem dúvidas, a escrita encantadora de Luciana Garcia elevará a criatividade dos jovens leitores, fazendo com que eles aprendam o valor da amizade e da família, enquanto interagem e brincam com o conto. Com um pouco de pó de fada e muita imaginação, os pequeninos voarão entre as páginas e descobrirão um novo mundo, a Terra no Nunca, onde ser criança é a melhor parte!

As ilustrações de Mayara Lista dão um toque superespecial. Com cores e traços delicados, a cada folha os desenhos parecem criar vida. Suas ilustrações facilitam a leitura, ajudam no entendimento da fábula, além de deixarem a interação ainda mais legal.
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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Imigração e preconceito em literatura intensa e original

Baal, editada pela Record, é uma história familiar, escrita pela escritora e psicanalista Betty Milan, autora do best-seller Paris não acaba nunca, livro de crônicas – publicado inclusive na China – e dos romances, A Mãe Eterna e O Papagaio e o Doutor, cujos direitos já foram comprados para o cinema.

O narrador do novo livro é Omar, originário do Oriente Médio. Após largar do seu país para fugir da guerra ele enfrenta, na América, o drama do preconceito e as dificuldades da mascatagem. Depois, contrariando todas as estatísticas, enriquece e constrói para a sua filha única, Aixa, um palácio, Baal, que é “uma joia do Oriente no Ocidente”.

Após a sua morte, o mundo familiar começa a ruir, assim como o palácio que, além de ter sido a casa da família, acolheu muitos imigrantes e estava destinado a ser um memorial da imigração.

Pervertidos pelo dinheiro e com medo do empobrecimento, os netos resolvem demolir Baal para vender só o terreno e fazer o mais rentável dos negócios. Tiram a mãe, Aixa, já idosa do lugar onde ela sempre morou e a transferem com a fiel servidora e o cachorro para um cubículo.

Indignado, Omar rememora a sua vida e, ao fazer isso, descobre que, por ter sido omisso, também foi responsável pelo drama da família. O protagonista não contou sua verdadeira história e não transmitiu o que sabia. Além disso, não formou Aixa para ser a sua sucessora pelo fato dela ser mulher.

Trata-se de uma obra sobre o sofrimento, a luta e o trabalho dos imigrantes. Sobre o preconceito em relação às raízes. Sobre a falta de gratidão dos descendentes. Baal mostra a importância da rememoração e dá a entender que a memória é a condição da paz.

O homem imigra desde sempre. Mas a história subjetiva da imigração é pouco conhecida e é por ela que Betty Milan se debruça, daí a originalidade desta nova obra.
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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Escritor gaúcho faz 80 anos e lança quarto livro da carreira


No quarto livro da jornada existencial de Inocêncio, o personagem principal do escritor Valdi Ercolani, de 80 anos, continua seu longo processo de autodescoberta, questionando o absurdo das realidades e examinando o paradoxo das relações entre os homens. Chamado à aventura de viver, 'Inocêncio em busca do grande Homem', obra a ser lançada pela Selene Editora no dia 24 de maio, das 18 às 19 horas, no Memorial Casa João Goulart (Rua Felix da Cunha, Centro, São Borja), segue uma rota para surpreender o leitor com uma trajetória de crescimento espiritual.


O ponto de partida da história com 265 páginas ocorre em um momento muito significativo da história do Brasil, com as dificuldades que o presidente João Goulart enfrentava nas relações Brasil-Estados Unidos em 1963, a sua deposição pelas Forças Armadas em 1964 e a perseguição implacável dos órgãos de repressão contra os opositores do governo militar.

Inocêncio entra num estado de perturbação quando percebe que esta nova visão de mundo se mostra contrária à verdade que lhe foi ensinada. Passa a enfrentar situações que trazem problemas éticos, que dizem respeito às suas escolhas, as quais exigem um juízo de valor entre o que é considerado o bem e o mal, o certo e o errado.

Mas as informações registradas na infância não se apagam da memória. Aquilo que o avô ensinara, transformou-se numa semente que germinou oculta durante anos, até vir à luz na maturidade. “Inocêncio, já tens provisões o bastante para ir em busca do grande Homem, a fim de que um dia tu possas ser livre e governar a ti mesmo”, disse o avô, na véspera de sua morte.

Quem é o grande Homem?, questiona Inocêncio, permitindo que seus pensamentos vagueiem em busca de uma resposta. É aquele que age seguindo as normas da justiça e da moral? Um tirano cruel? Quem comeu muito e cresceu de tamanho? Quais são seus atributos? Onde encontrá-lo? Como entender sua grandeza?

Inocêncio reflete sobre sua vivência no Brasil e depois nos Estados Unidos da América, países jovens, com pouco mais de 500 anos, onde não conseguiu distinguir com clareza quais são as qualidades de um grande Homem. Pensa, então, no Velho Continente, berço de grandes pensadores, uma civilização superior, que ocultaria um saber milenar, uma cultura mais avançada do que o nosso ainda imaturo continente.

Disposto a sacrificar suas ilusões para poder crescer e aprender, Inocêncio decide partir para a Europa em busca do grande Homem, esperando que um dia ele possa ser livre e governar a si mesmo.
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terça-feira, 25 de junho de 2019

Relembre cinco coleções literárias que marcaram gerações

Todos nós temos em nossa memória aqueles que foram nossos melhores amigos de infância. Emília, Mônica, Harry Potter são alguns dos personagens que fizeram parte da minha geração e será de muitas outras que surgirão.

Como falei no texto da semana passada (linkar), é importante que os pais incentivem desde cedo seus filhos a lerem. A leitura facilita o aprendizado da criança sobre o funcionamento do mundo ao seu redor, o entendimento mais apurado do convívio social e da relação com a natureza, assim como desenvolve mais rapidamente o senso crítico, a sensibilidade e a empatia.

Hoje eu separei cinco coleções que marcaram gerações e que podem ajudar você a incentivar o início do hábito de leitura dos seus filhos.

Um clássico atemporal é o Sítio do Picapau Amarelo. A série de 23 volumes de literatura infantil brasileira foi escrita pelo autor Monteiro Lobato entre 1920 e 1947. Uma curiosidade é que a obra, que tem atravessado gerações, foi introduzida de um livro anterior do autor, A Menina do Narizinho Arrebitado (1920). A história foi reformulada e mais tarde republicada como o primeiro capítulo de Reinações de Narizinho (1931), que é o livro que serve de propulsor à série. Os anos passam, mas não esquecemos das delícias preparadas pela Dona Benta e Tia Nastácia ou das as aventuras de Emília, Narizinho e Pedrinho pelo sítio.

Outro sucesso atemporal é a Série Vagalume. A coleção de livros infanto-juvenis foi lançado em janeiro de 1973 pela Editora Ática. Suas capas foram se adaptando aos novos públicos, mas os enredos continuam apaixonando os jovens leitores, que muitas vezes liam por indicação da escola. Até 2013, a coleção tinha um total de 91 obras, divididas na série Vaga-lume, com 69 livros, e a Vaga-lume Júnior, com 22. Entre os mais famosos estão os títulos A Ilha Perdida, O Escaravelho do Diabo, Açúcar Amargo, Deu a Louca no Tempo e A Turma da Rua Quinze.

Um autor consagrado que marcou a minha juventude e de muitas outras pessoas é o escritor brasileiro Pedro Bandeira. O sucesso é tanto que até hoje ele é considerado o autor de literatura juvenil mais vendido no Brasil com mais de 23 milhões de exemplares e ganhador de vários prêmios, como o Troféu APCA da Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prêmio Jabuti. Sua obra ficou marcada na memória pelos seus grandes livros como os da coleção Os Karas, O Fantástico Mistério de Feiurinha e A Marca de uma Lágrima, entre mais de 80 títulos publicados.

Se mudarmos a linguagem e fomos para os quadrinhos, o que logo vem a sua mente? A dentuça mais famosa do país. A Turma da Mônica foi criada pelo cartunista Mauricio de Sousa em 1959. Engana-se quem acha que a personagem mais famosa da rua do limoeiro foi a primeira inspiração para o Mauricio, a primeira tirinha tinha como os personagens principais Bidu e Franjinha. A partir dos anos 1960, a série começou a ganhar a identidade atual com a criação de Mônica e Cebolinha, entre 1960 e 1963. Para se adaptar ao novo mercado dos animes, Mauricio criou a 'Turma da Mônica Jovem' com os personagens adolescentes.

Para as novas gerações, a principal série de livros de fantasia foi escrita pela autora britânica J. K. Rowling. A série narra as aventuras de um jovem chamado Harry James Potter, que descobre aos 11 anos de idade que é um bruxo ao ser convidado para estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Desde o lançamento do primeiro romance, Harry Potter e a Pedra Filosofal, em 26 de junho de 1997 até maio de 2015, já haviam sido vendidas mais de 450 milhões de cópias em todo o mundo, sendo traduzida para 73 idiomas.
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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Deepak Chopra ensina como atrair mais prosperidade para a vida

Com mais de 300 mil exemplares vendidos nos EUA, Deepak Chopra explica nesse livro que riqueza não quer dizer só dinheiro, mas também a abundância, o fluxo, a generosidade do universo. Em Criando Prosperidade, obra que deu origem ao best seller, As 7 leis espirituais do sucesso, Chopra apresenta 26 passos para trazer sucesso e realização em para todos os níveis de nossas vidas. 

Segundo o autor, a prosperidade é o nosso estado natural, e o universo físico, com toda a sua abundância, é fruto de um campo ilimitado de possibilidades. Com uma linguagem simples e direta, Chopra explica alguns dos princípios básicos da física quântica – assunto que explora com mais profundidade em Você é o universo, outro best-seller do autor – e os aproxima da sabedoria contida na filosofia hindu.

Através destes passos, o leitor vai aprender quais posturas adotar e treinar para atrair mais riqueza, seja ela material ou espiritual. O autor ensina a trilhar um caminho para além da riqueza material, rumo ao desapego, a empatia e a verdadeira iluminação do espírito.
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ALERTA: e-book Naufrágios gratuito na Amazon

Só passando aqui para contar essa novidade maravilhosa para vocês: o e-book da obra "Naufrágios", escrita pelo promotor e doutor em ciências Jurídicas Fausto Panicacci, está disponível para downloads gratuitos na Amazon até dia 22 de junho (sábado). O livro conta com uma coleção de contos e poemas de tirar o fôlego. O autor desenvolve uma tecnica literária bem-estruturada e surpreende o leitor a cada narrativa.

Não deixe de baixar o e-book e mergulhar nessa escrita cativante! Sem mais delongas, confira abaixo a sinopse do livro :

Sinopse: Isolado numa ilha, um rico empresário naufraga em suas memórias sobre a esposa e o filho. Um barbeiro aprecia seu ofício incomum. Um matuto vê sua vida naufragar com seu país. No leito do hospital, um idoso rememora suas amantes pelas letras do alfabeto, criando poemas. Em comum, os três contos e o conto-poema final têm o mergulho em si, como um navio que, mesmo já fazendo água, carrega a esperança de, metaforicamente ou não, um dia voltar à tona.
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domingo, 23 de junho de 2019

O retrô Príncipe Valente e a Lenda do Batman


A coleção A Lenda do Batman é um encontro cataclísmico entre o homem-morcego e todo o seu universo. São 100 volumes com momentos que transformaram Bruce Wayne cada vez mais em um dos heróis mais conhecidos em todo mundo. Aproveitando a comemoração dos 80 anos da primeira aparição do Cavaleiro das Trevas, a coleção é um compilado das histórias mais aclamadas pelo público e também de algumas HQs que nunca foram traduzidas para o português.

O Príncipe Valente, de Harold Foster, deve ser cultuado como o melhor dos quadrinhos de época. Desde a publicação da sua primeira página, em 13 de fevereiro de 1937, as tiras do herói foram lançadas ininterruptamente até hoje nas páginas dominicanas dos jornais norte-americanos. São 82 livros dos quadrinhos, um para cada ano, desde a primeira tira até 2018, e oferece aos leitores uma criação artística transbordante e uma aventura épica inesquecível.

A Lenda do Batman - a coleção, produzida pela Eaglemoss, vendida e distribuída pela Planeta DeAgostini, estará disponível exclusivamente para assinaturas na primeira semana de maio no site e o primeiro livro começa a chegar às bancas na segunda quinzena do mesmo mês.

Príncipe Valente - A coleção já está disponível para assinatura e a primeira edição já está nas bancas de diversas regiões do país.

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sábado, 22 de junho de 2019

A culpa não é sua. Denuncie!


A cada dois segundos uma mulher é vítima de violência, seja ela física ou verbal. A cada 1 segundo uma mulher é vítima de abuso. Os dados tirados do G1 são do Instituto Maria da Penha, que usam como base a pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, realizada em 130 municípios em 2017. Dentre as formas de violência contra a mulher, o assédio é uma das mais recorrentes. As causas estruturais desses atos que violam a integridade do corpo ou a privacidade existem há anos. Há diversas formas de assédio, seja moral, sexual ou até mesmo financeiro. De certa maneira, muitos insistem em culpar a vítima, caracterizando o ato do agressor como comportamento normal ou compreensivo.

Na obra “A Culpa Não é Sua”, escrita pela youtuber e influenciadora Fabiola Melo, publicada pela Editora Mundo Cristão, a jovem relata que, ainda na infância, foi vítima de abuso por uma pessoa de confiança: um homem que frequentava a mesma igreja a tocou indevidamente. Muito nova e sem entender a violência que tinha sofrido, ela guardou em seu subconsciente as marcas daquela violação.

Além da própria experiência, em “A Culpa Não é Sua”, Fabiola revela relatos marcantes de diversas mulheres que também sofreram com a agressão. Com uma escrita franca e aberta, esse livro ajudará vítimas no processo de transformação, descobertas, esclarecimento e cura. Ela expõe que o Senhor sempre está nos olhando e mostra que ninguém deve ficar presa no que aconteceu, as moças não estão fadadas a viver para sempre com aquilo que fizeram com elas! Há uma saída, e ela está no alcance de todos. Com essa obra muitas perguntas serão esclarecidas. E lembre-se, você não está sozinha!

A publicação traz ainda uma série de complementos importantes, como explicações acerca dos mitos e realidades relacionados ao abuso sexual de crianças e adolescentes, informações úteis sobre os meios de denunciar o crime e dados sobre abuso no Brasil. Fabiola é uma voz muito forte na luta contra o assédio, sua obra é um aliado para todas as pessoas, vítima ou não, A culpa não é sua é um verdadeiro guia instrutivo para quem deseja levantar a voz e lutar contra esse mal.
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sexta-feira, 21 de junho de 2019

Poeta português deixa valioso tesouro escondido

A professora enlouqueceu! Após uma declaração bombástica desmoralizando a língua portuguesa, a mestra Felícia Ofélia, do Timor-Leste, misteriosamente desaparece. Logo em seguida, uma carta deixada pelo poeta Luís de Camões revela a existência de um valioso tesouro escondido no Brasil. Esse é o ponta pé inicial para a jornada eletrizante que O Código de Camões, romance de aventura e ficção científica escrito pelo autor e editor Beto Junqueyra e publicado pela editora Estrela Cultural, promete aos jovens leitores.

Inspirado na obra A volta ao mundo em 80 dias, do escritor francês Jules Verne, e no romance O código Da Vinci, do autor norte-americano Dan Brown, o livro retrata uma incrível viagem ao redor do planeta em busca do misterioso tesouro deixado por Camões em terras do antigo Império Português no século XVI.

Em uma gincana chamada de A Volta ao Mundo, duas escolas se candidatam para embarcarem nessa empreitada. Para chegarem ao destino, os integrantes de cada equipe devem decifrar as pistas que o poeta lusitano deixou nos versos de sua obra mais conhecida, Os Lusíadas.

“A carta fornece apenas uma primeira pista, que estaria em um código utilizado por Camões. Entretanto, para chegar ao local exato onde está a arca, é necessário encontrar as outras dez mensagens, também criadas nesse código de Camões, que Jau espalhou pelo antigo e imenso Império Português do século XVI.” (pag. 15)

Mais do que encontrar o tesouro perdido, em disputa contra o ambicioso empresário Jack Stress, o grupo de adolescentes, os Natos, fará tudo o que for possível para provar que a língua portuguesa ainda está viva nos quatro cantos do mundo. Rica em mapas e ilustrações de Bruno Ferraz, a obra ainda convida o leitor a participar como se fosse um dos personagens, integrante dos Natos.

Em uma jornada que mostra a riqueza e a diversidade cultural dos países de língua portuguesa, O Código de Camões é acompanhado por um portulábio, objeto mágico criado pelo próprio poeta que ajudará os pequenos aventureiros a desvendarem as pistas necessárias para encontrar o cobiçado tesouro.

Em um mergulho lúdico na obra clássica do autor lusitano, a cada página, o leitor se sentirá envolvido por muitos desafios e mistérios, mas nem imagina a grande surpresa que o final da história lhe reserva.
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Professora escreve livro sobre princesa guerreira quilombola


A procura por uma literatura infantojuvenil que tivesse referências na cultura negra para a filha Sara, de 3 anos, levou a professora Sinara Rúbia a criar a princesa Alafiá. A princesa Alafiá ganhou corpo durante a elaboração da monografia de Sinara no curso de letras, na Universidade Estácio de Sá (Unesa), em Petrópolis (RJ), virou conto e um livro que traz histórias da guerreira e quilombola imaginada em 2003, quando a professora se preocupava com a construção da identidade da filha, uma menina negra que crescia e precisava ter referências tanto em filmes, como nas bonecas e em narrativas.

“[Em 2003] foi quando eu me deparei com este tema, comecei a procurar personagens e referenciais dentro da literatura. Entendi a escassez e praticamente ausência de personagens negros com referenciais positivos e saudáveis. Quando tinha, eram sempre estereotipados e narrados de uma outra forma a partir do racismo”, disse à Agência Brasil.

Para a monografia, em 2005, Sinara entrevistou meninas negras de 5 a 12 anos de escolas da rede pública de Petrópolis e concluiu que a literatura infantil só com personagens brancos dos contos de fadas impactava a construção da identidade das crianças negras. Segundo a professora, com as entrevistas, ela percebeu que com essa ausência, somada a outros mecanismos de imagens como a televisão, as bonecas e os brinquedos, a literatura legitimava a presença desqualificada que contribuía no processo de branqueamento e negação negra. 

“Quando perguntava para elas se pudessem mudar alguma coisa na personagem que mais gostavam ou preferiam, era perceptível que preferiam algo próximo ao biotipo físico delas. Havia a motivação para que elas se identificassem com as personagens, porém, para elas não as representava e contribuía para a negação dessa não condição de negro”, disse.

Hoje, Sinara administra cursos de contação de história negra e de literatura infantojuvenil. Ao longo dos anos, ela percebeu que era uma das poucas pessoas que fazia este tipo de trabalho, incluindo a aplicação da Lei 10.639, que trata da obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino público e privado. “A literatura infantojuvenil vem crescendo, a gente vem tendo um número de pessoas interessadas nessas narrativas. Infelizmente ainda tem quem esteja mais voltado para o mercado e repete estereótipos, apesar de colocar a criança negra”.
Conto virou livro

O conto, escrito em 2007, após a conclusão da monografia, se transformou em livro que foi lançado, no dia 15, no Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá. “Essa história surgiu por conta do resultado da minha monografia e segue a mesma estética dos contos de fada. Tem a aventura, só que a minha princesa é uma princesa negra, que foi escravizada, se tornou guerreira e quilombola, que resistiu à escravidão com resiliência. Tem a questão do amor também, mas não é com um homem que resolve todos os problemas e leva ela para viver submersa em um castelo. É uma princesa que casa e se apaixona pelo chefe do quilombo, inspirada na trajetória das mulheres negras do Brasil”, indicou.

O livro, segundo Sinara, foi a forma de ampliar o universo da princesa Alafiá, que até ali ficava restrita aos momentos de contação de história de que participava. “Resolvi colocar a história no libro, para ela, além da minha voz na contação de história e do meu trabalho, circular com uma abrangência maior da proposta que fala de mulher, de empoderamento feminino, da história do negro no Brasil e da história do Brasil em uma outra perspectiva da literatura infantojuvenil”, disse.
Estreia tripla

A escritora disse que entre as editoras brasileiras, cerca de 10 fazem um trabalho específico de literatura infantojuvenil voltada para a cultura negra. O livro foi publicado pela Editora Nia Produções Literárias, de Tatiane Oliveira e ilustrado pela artista plástica Valeria Felipe. Foi uma estreia para as três. Tatiane tem uma livraria itinerante que leva a diversos eventos e Valeria, embora tenha muitos trabalhos de pintura, nunca tinha se dedicado à ilustração de livros.

A artista plástica explica que para fazer o trabalho precisou estudar um pouco a história de negros escravizados, como a princesa Alafiá, que pertencia ao antigo reino de Daomé e chegou ao Brasil em navios durante o período de colonização portuguesa. 

“A experiência de ilustrar é mais um resgate para mim também como referência, até porque eu sou preta. No meu tempo de escola não tive história de cultura preta. Fui pesquisar a história. Tive que entender o que aconteceu em Daomé e porque hoje é Benin, quem foi o povo que invadiu lá e quem morou ali. Passei a ter um resgate da história que não vivi quando criança”, disse Valeria.

Os interessados na compra de um exemplar podem acessar o perfil no Facebook da editora. “Estou trabalhando há três anos como livraria de literatura infantojuvenil e agora lancei meu primeiro livro como editora, com três mulheres estreantes", disse Tatiane.
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quinta-feira, 20 de junho de 2019

As HQs mais caras do mundo

As histórias mais clássicas dos super-heróis que hoje são sucesso de bilheteria vieram das HQs, que antes eram as mais consumidas pelo público. Apesar das histórias em quadrinhos se tornarem algo tão raro atualmente, elas acabam também custando mais caro de acordo com o tempo em que foi lançada. Então se você é um colecionador ou deseja comprar uma HQ clássica, prepare o bolso, porque os valores são exorbitantes! 

Descubra abaixo, as HQs mais caras do mundo listadas pelo site Boa Finança.

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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Romance mostra os desafios das escolhas e renúncias da vida


A difícil tarefa de encarar as consequências da vida recheada de escolhas e renúncias. Esse é o enredo do livro “Lugar Cheio de Rãs”, da escritora Celina Moraes. A obra fala sobre a fabulosa incerteza do futuro e das inúmeras possibilidades por meio das decisões que as pessoas tomam em suas vidas.

O romance narra a vida de André, presidente de uma grande companhia no Brasil. Na carreira, ele é uma pessoa competente, tem o respeito de todos ao seu redor e se esforça para defender colegas que são honestos e trabalhadores. Mas por dentro, ainda remói um amor da adolescência que foi desfeito após sua paixão ter ido embora do país. No entanto, todas as respostas acabam sendo encontradas na cidade de Guanajuato, no México.

Segundo a autora, o livro vem recheado de reflexões sobre “fantasmas do passado”. Esses elementos são percebidos nos momentos em que os personagens são confrontados pelos ideais e idealizações. “É quando eles seguem um impulso constante para encontrar a felicidade”.

- A ideia é mostrar que as vontades nem sempre são suficientes para nos levar aonde queremos. É o amor que nos motiva e nos dá ousadia para se aventurar por caminhos jamais percorridos em sã consciência – destaca Celina.

Para a escritora, a fantasia é como um refúgio, muitas vezes pode tornar-se uma frustração, devido aos rumos imprevisíveis da vida. No entanto, ela acredita que o importante é sempre persistir nos seus sonhos e projetos de vida, mesmo que o destino nos obrigue a adiá-los e reinventá-los, porém, sem jamais abrir mão deles.

- O livro é a somatória de diversos rascunhos de romances que escrevi durante 20 anos, mas que não saíram da fase embrionária. Quando viajei ao México, em 2003, vi-me encantada com a beleza daquele lugar. Foi quando toda a história me veio à mente e ainda comentei com a amiga que me acompanhava: ‘meu romance vai se passar aqui’ - conclui.

Sobre a autora

Celina Moraes é escritora e seu romance de estreia foi Lugar cheio de rãs em 2009. O livro conquistou o Prêmio “Lúcio Cardoso” em 2010 por ter se classificado em 3º lugar na categoria “romance” do Concurso Internacional de Literatura promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE-RJ).
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terça-feira, 18 de junho de 2019

Clubes de leitura resistem ao tempo e ajudam nos estudos

Um levantamento do Instituto Pró-Livro de março de 2016 constatou que 30% da população nunca comprou um livro e que o brasileiro lê em média apenas 2,43 livros por ano, o que faz do país um dos piores do mundo nesse quesito. Segundo o estudo, os motivos vão desde a má distribuição de renda até a falta de bibliotecas públicas. O resultado são cerca de 11 milhões de pessoas que não sabem ler e nem escrever, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, existem os analfabetos funcionais – pessoas incapazes de interpretar textos e realizar cálculos simples – que, segundo o Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF), representam 3 de cada 10 brasileiros.
Diante disso, o Centro Universitário Internacional Uninter criou o clube de leitura Ipsis Letras para estimular a leitura e apresentar obras importantes da produção brasileira. A coordenadora do Curso de Letras da Escola Superior de Educação, Gisele Della Cruz, explica que o clube é a oportunidade de unir leitores de diferentes formações em um espaço de debate e troca de conhecimento. “As leituras são escolhidas democraticamente, via Facebook. Em seguida, são discutidas por especialistas da área, propondo técnicas de aproximação do texto literário, com a participação de alunos e da comunidade”, esclarece.
A professora aponta o conhecimento de obras importantes para a formação do leitor e do profissional em letras, acesso a leituras complementares que fazem parte da “fortuna crítica” do autor ou das discussões teóricas que são produzidas no meio acadêmico. Ela também destaca a possibilidade de debater e tirar dúvidas com profissionais da área e especialistas em estudos literários como outra vantagem de um clube de leitura.

Apesar das transformações tecnológicas e dos números relacionados ao hábito da leitura, em uma rápida pesquisa, percebe-se a existência de vários outros clubes espalhados pelo país e que podem contribuir para o desenvolvimento cultural e profissional da população brasileira. “O objetivo do clube de leitura ofertado pelo curso de Letras é promover a leitura e debate em conjunto para o exercício da interpretação textual e apresentar informações técnicas aliadas ao prazer da leitura”, explica Gisele.
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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Aplicativo promete mudar hábitos de leitura dos brasileiros


O 12min é um aplicativo de leituras rápidas, em áudio e texto, com os pontos mais importantes de livros de não-ficção. Condensando os conceitos-chave dos principais best-sellers sobre desenvolvimento pessoal e negócios em leituras de 12 minutos, a startup quer auxiliar no desenvolvimento pessoal e profissional dos leitores. Fundada em 2016, o app conta com mais de 900 obras em português, espanhol e inglês no catálogo e mais de 1 milhão de usuários.

"Não somos um substituto dos livros. Nosso objetivo é apresentar aos novos leitores conteúdos para que, na correria do dia a dia, saibam priorizar as leituras e diversificar seus aprendizados. Queremos ajudar quem não costuma ler a criar esse hábito e incentivar as pessoas a aproveitarem os pequenos momentos, como o trânsito e filas, para aprender algo novo", explica Guilherme Mendes, CEO do 12min.

O fundador da empresa, Diego Gomes, conta que a ideia surgiu da falta de tempo. "Conciliar aprendizado constante, trabalho e família é cada vez mais difícil", aponta. O aplicativo funciona por meio de uma assinatura anual que pode ser dividida em até 12 vezes. Além disso, o app disponibiliza gratuitamente uma leitura por dia para os não-assinantes. Todo o processo de leitura e síntese dos livros é realizado por uma equipe de especialistas que se dedica a criar uma nova obra otimizada e única.

Atualmente, cerca de 90% dos usuários são brasileiros, mas a empresa está em processo de expansão internacional. Para 2019, o 12min planeja se consolidar, também, em países da América Latina e aumentar o impacto no mercado de língua inglesa.
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domingo, 16 de junho de 2019

O que é nudge? Entenda como este conceito influencia a tomada de decisões

Richard Thaler, um dos autores de Nudge: como tomar melhores decisões sobre saúde, dinheiro e felicidade, ganhou o prêmio Nobel de economia de 2017 por suas contribuições no campo da economia comportamental, especialmente ao examinar como nossos instintos podem muitas vezes dominar nossas escolhas racionais. Ele é um dos pais fundadores da teoria nudge, a noção de que as pessoas podem ser influenciadas por “pequenos estímulos” para alterar seu comportamento.

Segundo Thaler e o coautor de Nudge, Cass Sunstein: "Esse nudge é um estímulo, um empurrãozinho, um cutucão; é qualquer aspecto da arquitetura de escolhas capaz de mudar o comportamento das pessoas de forma previsível sem vetar qualquer opção e sem nenhuma mudança significativa em seus incentivos econômicos."

Os autores mostram que nenhuma opção nos é apresentada de forma neutra, e que estamos todos suscetíveis a tomar decisões ruins. No entanto, ao compreender como as pessoas pensam, é possível estabelecer uma “arquitetura da escolha” que facilita o reconhecimento das melhores opções para nós mesmos, nossa família e nossa sociedade, sem restringir nossa liberdade.

Exemplos de nudges
  • Nudge na política de doação de órgãos: A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou no início do ano que, a partir de 2020, o estado seguirá o “opt out” na política de doação de órgãos. A nova lei transforma todas as pessoas em doadoras de órgãos, a menos que digam o contrário. Fazer com que você seja automaticamente um doador é um nudge. Áustria, Portugal e Espanha são alguns dos países que aderiram ao “opt out”, e já alcançaram números muito maiores em doação de órgãos do que em países nos quais vigora o “opt in”, ou seja, nos países em que você precisa se declarar doador. O que acontece no “opt in” é que muitas vezes as pessoas estão dispostas a doar, mas não fazem o procedimento para se declararem doadoras.
  • Nudge contra o desperdício: Quando estão em um lugar onde a comida é liberada, as pessoas tendem a desperdiçar, a se servir mais do que comem e bebem e a pegar mais guardanapos do que utilizam. Pensando nisso, gestores e estudantes da Universidade Alfred, em Nova York, testaram a política da “bandeja zero” por dois dias. Quando as bandejas não eram disponibilizadas, o desperdício de alimentos e bebidas caía entre 30% e 50%.
  • Nudge para uma alimentação saudável: Simplesmente mudar a posição dos alimentos no refeitório de uma escola ou de uma empresa é um ótimo nudge para fazer com que as pessoas optem por uma alimentação mais saudável. Colocar frutas e verduras em uma posição mais visível que frituras, por exemplo, pode comprovadamente aumentar o consumo de alimentos saudáveis e reduzir o de alimentos prejudiciais à saúde.
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sábado, 15 de junho de 2019

Marta, a rainha do futebol

Esqueça Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. Quem ganhou mais vezes o prêmio de Melhor do Mundo da Fifa, a entidade mais alta do futebol, foi Marta, premiada de 2006 a 2011 e indicada doze vezes em treze anos, até 2017. Ela é a melhor jogadora da história do futebol feminino e a maior artilheira da Copa do Mundo de futebol feminino, além de maior artilheira da seleção brasileira, superando até mesmo Pelé.

Marta é a caçula de seis filhos e nasceu em Dois Riachos. O pai abandonou a família quando ela ainda era pequena e o peso da criação dos filhos recaiu sobre a mãe, Tereza. Na terra seca do sertão de Alagoas, ainda menina, seus pés criaram intimidade com a bola em um campo improvisado debaixo da ponte. Foi a única garota que se atreveu a jogar no meio de um bando de meninos, e a ousadia não passou despercebida ao conservadorismo da cidade sertaneja.

“Me chamavam de mulher-macho. Muito preconceito. Cidade do interior, todo mundo te conhece. E naquela época meninas nunca jogavam bola. Jogavam handebol, vôlei, qualquer outra coisa. Eu era a única na cidade que gostava de jogar futebol. Aquilo era absurdo para os moradores. Muita gente falava mal de mim, perguntava: ‘Como a mãe dela deixa? Como os irmãos deixam?’.”
Entrevista à Revista Trip, julho de 2014

Em 2000, com apenas catorze anos, Marta foi para o Rio de Janeiro sozinha, contra a vontade da mãe, para tentar uma vaga em um time profissional. Foram três longos dias de viagem. Mas valeu arriscar. Além de jogar em times dos Estados Unidos e Suécia, Marta conquistou pela seleção brasileira a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2003 e 2007 e a medalha de prata nas Olimpíadas de 2004 e 2008, além do segundo lugar no Mundial de 2007.

Mas seu papel não se limita ao de atleta sem precedentes. Em 2010, foi nomeada embaixadora da Boa Vontade pela ONU, se comprometendo a atuar no combate à pobreza e, em especial, dar força à emancipação feminina.

No entanto, se a trajetória de Marta lembra a de tantos outros fenômenos do futebol, saindo da pobreza para o estrelato, há ainda um abismo que a separa de Messi (que, como ela, tinha cinco prêmios da Fifa até 2017) e Cristiano Ronaldo (que tinha quatro): a falta de prestígio e profissionalização do futebol feminino e os salários incomparáveis aos masculinos.
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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Preparação para a Flip: Os sertões


Autor de uma das obras fundamentais sobre o Brasil – Os sertões – o escritor, jornalista e engenheiro Euclides da Cunha (Rio de Janeiro 1866-1912) é o Autor Homenageado da Flip 2019, que acontece de 10 a 14 de julho, em Paraty. A editora Fernanda Diamant é a curadora responsável pelo Programa Principal, que tem direção geral e artística do arquiteto Mauro Munhoz.

E para ajudar você a se preparar para essa festa, o clássico sobre a rebelião de Canudos chega à Penguin-Companhia com novo estabelecimento de texto, notas, cronologia e textos de apoio de Lilia Moritz Schwarcz, André Botelho e Luiz Costa Lima. Uma obra sobre o sertão, as injustiças sociais do Brasil e a violência que marcou o país.

Segundo Fernanda Diamant:

“Os sertões pode ser considerado um dos primeiros clássicos brasileiros de não ficção. Mistura jornalismo, geografia, filosofia, teorias sociais e científicas– muitas delas ultrapassadas – para falar de um país em transição. O país tornava-se república no auge do determinismo. A obra mudou o entendimento que se tinha sobre o interior do país e do homem sertanejo. Além de ser grande literatura do ponto de vista da forma, ela faz críticas morais, políticas e sociais altamente pertinentes no Brasil de hoje. Mais que tudo, mostra a transformação existencial de um homem que entra contato com uma realidade desconhecida e precisa reorganizar seus valores.”

Escrito a partir do trabalho jornalístico de Euclides da Cunha sobre a rebelião de Canudos, Os sertões é considerada uma das obras mais importantes da literatura nacional. Ao narrar a violenta e exaustiva repressão sofrida pelo bando de Antônio Conselheiro, o autor narra também a formação do homem sertanejo.

Muitas vezes visto como corroboração às ideias evolucionistas que permearam os anos 1900, este livro, na verdade, leva as contradições de tais ideias ao limite. A própria narrativa, o contar dos acontecimentos, vai desenhando um argumento contrário às polaridades e dicotomias estanques.

Ainda muito atual, Os sertões denuncia os crimes cometidos por uma sociedade eurocêntrica, violenta, autoritária, desigual e excludente, além de desafiar qualquer resposta fácil para as questões sertanejas.
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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Planeta Portugal lança autora brasileira e comemora sucesso de vendas

A filósofa e palestrante, Patrícia Cândido já ocupa pela terceira semana a lista de mais vendidos da Fnac de Portugal e lotou o lançamento na livraria com mais de 250 pessoas no mês passado em Lisboa. O livro Código da Alma, publicado nas terras lusitanas pela editora Planeta, explica como identificar as causas mentais, emocionais e espirituais das doenças.

O editor da Planeta Portugal, Juan Mera, conta da experiência maravilhosa que aconteceu com a autora e seus novos leitores portugueses. “O lançamento foi um sucesso contou com muito público e superou as expectativas. A sala encheu e no fim uma grande fila para conseguir um autógrafo da autora. A Planeta sente-se orgulhosa de fazer parte dessa experiência em abrir as portas à importante mensagem de Patrícia Cândido na Europa com este seu primeiro livro publicado em Portugal”, comemora.

Além da noite de autógrafos, os portugueses puderam prestigiar dois dias de evento da Aura Master, que ensina a técnica terapêutica de autocura e prosperidade em todos os aspectos.
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terça-feira, 11 de junho de 2019

"1984", de George Orwell: 70 anos de publicação

Em 8 de junho, há 70 anos, 1984 era publicado pela primeira vez. O clássico de George Orwell continua sendo uma obra incontornável, o livro a que recorremos sempre que a verdade é mutilada e a linguagem, distorcida; sempre que governos autoritários ocupam o poder e queremos saber quão ruins as coisas podem ficar.

Para celebrar a data quem comprar o romance de Orwell na Amazon, Submarino, Saraiva online ou em uma de nossas lojas físicas parceiras (Livraria da Travessa, Livraria Cultura, Martins Fontes Paulista etc.) receberá o pôster cima, desenhado por Fido Nesti.

O artista paulistano está trabalhando na adaptação de 1984 para os quadrinhos — a graphic novel será lançada no início de 2020 pelo selo Quadrinhos na Cia.!

Normalmente lido como uma distopia, 1984 (que já vendeu dezenas de milhões de cópias em todo o mundo) é também uma sátira, uma profecia, um grito de alerta, uma extraordinária ficção científica, um thriller de espionagem, um terror psicológico, um romance pós-moderno e uma história de amor.

Se você não leu, aproveite para conhecer uma das obras mais influentes do século vinte! Promoção válida até o fim dos estoques.

Normalmente lido como uma distopia, 1984 (que já vendeu dezenas de milhões de cópias em todo o mundo) é também uma sátira, uma profecia, um grito de alerta, uma extraordinária ficção científica, um thriller de espionagem, um terror psicológico, um romance pós-moderno e uma história de amor.

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segunda-feira, 10 de junho de 2019

Quais benefícios a leitura proporciona para as crianças?


Estimular a leitura desde o período infantil traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento da criança, pois é nessa fase que eles mais absorvem informações. Embora, nos dias de hoje, existam aparelhos eletrônicos que estimulam a imaginação e trazem entretenimento, colocar as crianças em contato com os livros ainda é a melhor opção, pois, as obras literárias são cruciais para a formação intelectual, social, moral e emocional dos pequenos.

A leitura é fundamental para o aperfeiçoamento as habilidades cognitivas, expressão de sentimentos e da comunicação das crianças. O bacana de mantê-las familiarizadas com os livros é que eles já se acostumam com o objeto de leitura e vão aprendendo, interpretando e entendendo as histórias através das figuras que ajudam a mediar o conto.

Se mesmo depois desses motivos você ainda não se convenceu sobre a importância da leitura para os baixinhos, a Estrela Cultural, editora especializada em livros destinados ao público infantil, listou alguns dos benefícios que a leitura pode trazer para a criançada:

Desenvolve a personalidade

Um dos fatores para querer incentivar a leitura é o desenvolvimento da personalidade das crianças, pois os livros são essenciais para que os pequeninos criem uma visão de mundo e reconheçam as qualidades que se identificam. Além disso, quando eles entram em contato com diversos personagens – cada qual com um jeito diferente, faz com que construam uma identidade, facilitando assim, suas relações sociais.

Entende a alteridade

As obras ajudam os pequenos, muitas vezes, a se colocar no lugar dos outros. Dessa forma, passam a conhecer os sentimentos e os pontos de vista de outras pessoas, isso ajuda as crianças a criar empatia, ser gentil e estimula a vontade de ajudar o próximo.

Fortalece o vínculo entre pais e filhos

No período infantil, quando a leitura ainda tem quer ser mediada por um adulto, faz com que fortaleça a conexão entre a criança e quem lê para ela. Desse modo, os pais criam uma relação mais forte com seus filhos e ficam a par de todo o processo de aprendizado.

Aflora a imaginação e a criatividade

Cada livro tem seu universo único, que permitem que as crianças descubram novos mundos e explorem sua imaginação e criatividade. Através das histórias e das ilustrações, os pequenos podem se colocar dentro do conto, recriando personagens e lugares totalmente diferentes em suas mentes. E vale frisar que, eles ainda podem trazer esses elementos criativos para a realidade, seja através de desenhos ou de brincadeiras e, isso é um conjunto fundamental para a formação intelectual também.

Aprendem novas palavras

Quando eles leem uma história, aprendem um novo vocabulário e a usar corretamente as palavras, desenvolvendo habilidades linguísticas e evitando futuros problemas ortográficos.

Aumenta a concentração

Os livros envolvem os pequenos através das vantagens que a leitura traz, e com isso ajuda a fortalecer sua concentração. Por conta do interesse de saber o desfecho da narrativa, eles acabam prestando atenção quando necessário. Isso faz com que eles passem a ser mais atenciosos quando alguém estiver explicando ou ensinando alguma lição importante.
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domingo, 9 de junho de 2019

O STF, seus bastidores e suas crises

O jornalista Felipe Recondo, especialista na cobertura do STF, acompanha e analisa o cotidiano do Supremo há mais de uma década. Luiz Weber estuda o funcionamento do tribunal e analisa os movimentos e forças políticas que interagem com o STF.

Ao longo de anos, os dois realizaram centenas de entrevistas para escrever Os onze: O STF, seus bastidores e suas crises, que a Companhia das Letras publica no próximo mês. O livro traz histórias que permitem descrever os contornos, causas e consequências dos grandes casos que envolveram o tribunal, incluindo o recente e polêmico inquérito sobre fake news aberto por Dias Toffoli e comandado por Alexandre de Moraes.

Onze é o número de ministros do Supremo, que atuam como “onze ilhas”. A expressão foi cunhada pelo ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence e se consolidou como chave de interpretação para o funcionamento do tribunal, com a proliferação de decisões monocráticas e a sucessão de embates internos. Num momento em que o STF se vê sob o ataque de expoentes do governo federal e de militantes nas redes sociais, entender as dinâmicas da última instância do poder judiciário é mais importante do que nunca.
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sábado, 8 de junho de 2019

O Cerco: Trump sob fogo cruzado

Com apenas um ano de mandato de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, o jornalista investigativo Michael Wolff narrou a eletrizante história de um governo desgastado pelas controvérsias, caos e rivalidades mortais. Fogo e fúria, fenômeno instantâneo de vendas, definiu a primeira fase da administração Trump. Agora, com O Cerco, Wolff volta a escrever um livro explosivo sobre uma presidência que está sob o fogo cruzado.

No início do segundo ano de mandato, a situação de Trump mudou de forma radical. Ao deixar de ser apoiado por conselheiros experientes, ele se tornou mais impulsivo e instável do que nunca. Mas as engrenagens da justiça não param de funcionar: a “caça às bruxas” do procurador especial Robert Mueller assombrou o presidente, e outros promotores têm investigado a fundo seus negócios privados. Figuras políticas proeminentes de seu próprio partido — e até mesmo de sua equipe de governo — se voltaram contra ele e estão dispostos a derrubá-lo.

A oposição, que se tornou maioria no Congresso americano nas eleições de meio de mandato, começa a ver a possibilidade de impeachment do presidente. Trump, por sua vez, tem certeza de que é inatingível, o que o torna ainda mais exposto e vulnerável. A cada semana, conforme o presidente se torna mais errático, uma questão se torna premente: Será que Trump chega ao final do mandato?
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sexta-feira, 7 de junho de 2019

A história do desastre de Tchernóbil


A série Chernobyl, produzida pela HBO, foi o grande assunto do mundo audiovisual das últimas semanas. Elogiadíssima pela crítica e pelo público, chamou atenção sobretudo a verossimilhança com que se reconstruiu cada detalhe da época e dos eventos do infame acidente nuclear na antiga União Soviética. Algumas cenas e relatos foram retirados do livro extraordinário e brutal de Svetlana Aleksiévitch, vencedora do prêmio Nobel de literatura de 2015, chamado Vozes de Tchernóbil: A história oral do desastre nuclear.

Em 26 de abril de 1986, uma explosão seguida de incêndio na usina nuclear de Tchernóbil, na Ucrânia - então parte da finada União Soviética -, provocou uma catástrofe sem precedentes em toda a era nuclear: uma quantidade imensa de partículas radioativas foi lançada na atmosfera da URSS e em boa parte da Europa. Em poucos dias, a cidade de Prípiat, fundada em 1970, teve que ser evacuada. Pessoas, animais e plantas, expostos à radiação liberada pelo vazamento da usina, padeceram imediatamente ou nas semanas seguintes.

Tão grave quanto o acontecimento foi a postura dos governantes e gestores soviéticos (que nem desconfiavam estar às vésperas da queda do regime, ocorrida poucos anos depois). Esquivavam-se da verdade e expunham trabalhadores, cientistas e soldados à morte durante os serviços de reparo na usina. Pessoas comuns, que mantinham a fé no grande império comunista, recebiam poucas informações, numa luta inglória, em que pás eram usadas para combater o átomo. A morte chegava em poucos dias. Com sorte, podia-se ser sepultado como um patriota em jazigos lacrados.

É por meio das múltiplas vozes - de viúvas, trabalhadores afetados, cientistas ainda debilitados pela experiência, soldados, gente do povo - que Svetlana Aleksiévitch constrói esse livro arrebatador, a um só tempo, relato e testemunho de uma tragédia quase indizível. Cenas terríveis, acontecimentos dramáticos, episódios patéticos, tudo na história de Tchernóbil aparece com a força das melhores reportagens jornalísticas e a potência dos maiores romances literários. Eis uma obra-prima do nosso tempo.
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Mulherzinhas: do livro às telas

A união, a sororidade e a força das mulheres são relatadas em uma das obras mais sutis sobre feminismo, em uma época em que elas não podiam nem usar calças. Mulherzinhas, publicada pela editora dos clássicos, Via Leitura, do Grupo Editorial Edipro, está de cara nova com uma diagramação digna de colecionador.

Louisa May Alcott em um tom autobiográfico narra o crescimento de quatro irmãs no período da Guerra Civil Americana. O pai foi lutar, a mãe precisa trabalhar e as meninas necessitam aprender a viver. Esse enredo pode ser visto como uma emancipação feminina em pleno século XIX.

Na personagem principal, a Jo, podemos ver uma discrepância à época, levantando que talvez ela possa ser lésbica, porém mais parece um toque sutil da autora contestando as normas sociais que as mulheres deveriam seguir.

Mulherzinhas é um clássico juvenil da literatura norte-americana e já foi adaptado diversas vezes para o teatro, musicais da Broadway e para o cinema. A adaptação mais conhecida é o filme Adoráveis Mulheres (1994). A obra voltará aos cinemas neste ano em uma adaptação que contará com as participações de Maryl Streep e Emma Watson.

O drama familiar foi publicado pela primeira vez em 1868 e gerou inúmeras sequências em livros. A autora mostra que as irmãs precisam cooperar entre si para manter a unidade familiar, enquanto os pais vivem os percalços que a Guerra causou.

Meg, Jo, Beth e Amy são as personagens deste romance moderno e atemporal, que, juntamente a outros, fez Louisa May Alcott ser reconhecida como uma escritora que abordou questões feministas de forma leve e aberta.
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