Um dos grandes nomes do novo jornalismo brasileiro, Roberto Kaz chegou a escrever sobre figuras das artes, do futebol e da política, mas especializou-se em textos sobre animais. Cada bicho serve para conduzir o leitor a um universo desconhecido. Assim, quando fala de um touro reprodutor, Kaz revela todo um mundo de negociações milionárias e intrigas políticas. Quando conta sobre a quase extinta ararinha-azul, dá um panorama rico e informado a respeito do protecionismo ambiental. Quando perfila uma celebridade animal, revela uma guerra de patentes nos bastidores da maior emissora do país.
Sempre com empatia, Kaz extrai desses bichos histórias carregadas de tristeza e humor, que revelam tanto sobre o mundo animal quanto sobre nós mesmos.
Sempre com empatia, Kaz extrai desses bichos histórias carregadas de tristeza e humor, que revelam tanto sobre o mundo animal quanto sobre nós mesmos.
"Ao meio-dia de 18 de fevereiro de 2009, numa fazenda a duas horas de São José do Rio Preto, estado de São Paulo, falecia um touro. Seu nome era Fajardo — Fajardo da gb, para ser preciso. Tinha dezesseis anos recém-completados. Dali a minutos, a notícia correria o país. “Eu estava na estrada, dirigindo, quando tocou o telefone”, contou Ricardo Abreu, gerente da central de inseminação onde o touro passara os últimos onze anos. A ligação vinha de Helder Galera, dono do animal, que anunciava com voz combalida: “Foi infarto. A família aqui está muito abalada”."
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