O neuropediatra do Instituto NeuroSaber Dr. Clay Brites é o autor do e-book “Mitos e Verdades sobre o TDAH - Entendendo para incluir”. A obra esclarece dúvidas sobre o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). O livro pode ser baixado gratuitamente pelo link http://entendendoautismo.com.br/e-book-mitos-e-verdades-sobre-o-tdah/ .
Para o especialista, há muitas informações deturpadas e preconceituosas propagadas pelo senso comum sobre o assunto. Por exemplo, algumas pessoas falam que o transtorno é uma doença inventada. Porém, o TDAH é uma das condições médicas mais pesquisadas e posta à prova de evidências científicas. “Seus mecanismos neurobiológicos são conhecidos desde a década de 50”.
Segundo Brites, outro erro discutido no e-book é sobre o conceito equivocado das pessoas em afirmar que TDAH é igual a hiperatividade. E não é verdade. “De 30 a 40% das crianças com TDAH só apresentam déficit de atenção, mas não são impulsivas nem hiperativas”.
Mais um equívoco muito falado é que o transtorno se trata de um problema de cunho social e culpa dos pais e educadores. Pelo contrário, o especialista explica que o TDAH não é resultado de má educação, falta de limites, perda de oportunidades, abandono afetivo nem lares desajustados. “Existem pesquisas recentes que mostram que a incidência de TDAH é mais ou menos igual em todo o planeta independente da cultura e nível social”.
- Alguns podem não saber, mas crianças inteligentes e espertas, e ainda de boas famílias, quando portadoras de TDAH tem seu potencial intelectual e funcional no ambiente muito mais reduzido e prejudicado. E isso não é culpa dos pais nem de professores – ressalta.
Outro erro esclarecido no e-book é o fato das pessoas acreditarem que todos os profissionais da saúde sabem identificar o transtorno. Segundo o neuropediatra, a capacidade de diagnosticar requer conhecimento profundo sobre todos os aspectos do TDAH, como, por exemplo, saber analisar o quadro clínico, o perfil do portador, os aspectos neuropsicológicos e entender os protocolos internacionais para o diagnóstico e tratamento.
- Nossas faculdades de Medicina estão ainda em fase de implementação curricular acerca desse transtorno e muitas residências médicas ainda carecem de abordar o assunto sem muita teoria e muita pouca prática - alerta.
Por isso, Dr. Clay diz que é fundamental os pais e profissionais da educação pesquisarem bastante sobre o assunto para poder ajudar essas crianças. “Caso familiares e professores não se fiquem atentos ao problema, esse jovem pode ter grandes prejuízos e frustrações na aprendizagem escolar”.
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