terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Em domínio público desde janeiro, "O Pequeno Príncipe" dispara nas vendas

"O Pequeno Príncipe" é um clássico setentão com fôlego de garoto. Publicado originalmente em 1943, o livro já vendeu aproximadamente 145 milhões de exemplares no mundo. No Brasil, estima-se que 2 milhões de títulos foram vendidos desde 1952.

Neste ano os números ganharam ainda mais impulso. Em 1º de janeiro, "O Pequeno Príncipe" caiu em domínio público. Ou seja, pode ser publicado por qualquer editora sem o pagamento dos direitos autorais.


Pelas leis brasileiras, todas as obras de um autor ficam protegidas por 70 anos após sua morte, contando a partir de 1º de janeiro do ano seguinte à morte. Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro, morreu em 31 de julho de 1944.
Uma pesquisa da empresa Nielsen BookScan indica o reflexo disso nas vendas do livro.



PEQUENO PRÍNCIPE
No primeiro semestre deste ano, 58 edições do livros, nacionais ou estrangeiras, foram comercializadas nas livrarias do Brasil. No mesmo período do ano passado, havia 37 versões disponíveis.

FILME
Além das livrarias, "O Pequeno Príncipe" também invadiu os cinemas brasileiros em agosto. A animação dirigida por Mark Osborne ("Kung Fu Panda") não é exatamente fiel, inclui uma garotinha treinada pela mãe para ingressar em uma escola rígida, mas também é um sucesso de bilheteria.


Foi o filme mais visto nos cinemas brasileiros no último fim de semana. Em cartaz há duas semanas, já acumula 850 mil espectadores. A pesquisa da Nielsen BookScan foi concluída no fim de junho, portanto não apurou o impacto do filme nas livrarias. É provável que alavanque ainda mais a venda de livros.




O filme inspirou ainda três outros livros, publicados pela HarperCollins: "O Pequeno Príncipe: A História do Filme", "O Pequeno Príncipe: Livro Ilustrado do Filme", ambos traduzidos por Maria de Fátima Oliva Do Coutto, e uma edição com o texto integral, na tradução de dom Marcos Barbosa, e imagens da adaptação para o cinema.


A marca poderosa do "Pequeno Príncipe" também é encontrada em uma vasta gama de produtos - bonecos, materiais escolares, quebra-cabeças, sacolas, toalhas, copos de plásticos.


Para garantir sua parte na divisão desse bolo, a família de Saint-Exupéry transformou os personagens do livro em marca registrada. Mesmo com o livro em domínio público, quem usar os personagens e desenhos do autor em produtos derivados terá de pedir autorização aos herdeiros. 

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