terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Rubra, a Guerreira Carmesim: destinada a libertar seu povo da escravidão


Em Rubra, a Guerreira Carmesim, a cantora e ilustradora Gaby Firmo de Freitas estreia na literatura com uma história fantástica, resultado de um concurso cultural promovido pela editora Pandorga.

No livro, Gaby apresenta ao leitor o mundo de Akkikana, uma terra permeada por deuses, dragões e outros seres sobrenaturais – como os selvagens. Assim são chamados os seres de orelhas pontudas e olhos animalescos que conseguem se transformar em temíveis bestas, motivo pelo qual foram escravizados pelos humanos em guerras passadas.

Neste cenário desolador, a cidade de Duine ergue-se poderosamente, alastrando seu domínio por todo o continente de Akkikana e enriquecendo-se através do mercado escravista. Uma jovem selvagem de cabelos cor-de-fogo, porém, consegue fugir desse terrível destino graças à ajuda do mago Nappises, que a mantém escondida desde que fora descoberta, sem memórias de seu passado, dentro de uma misteriosa gema incandescente.

Depois de passar por um episódio que revela poderes que Rubra nunca imaginaria possuir, ela descobre a realidade de seu mundo e da escravidão, sendo levada como prisioneira do Forte Vojni. É lá que Rubra aprenderá a domar seus poderes e se tornará a Guerreira Carmesim, destinada a libertar seu povo da supremacia de Duine. No extremo sul do continente, Karesh, um pequeno povoado de meia-orelhas – raça mestiça entre humanos e selvagens – se mantém resistente ao impiedoso império.

“— Nós acreditamos que a magia veio do mundo dos deuses, Rubra — aclarou a cavaleira negra enquanto apanhava sua espada. — A lenda diz que eles a depositaram sobre nós quando formaram este planeta. O vínculo entre os dois mundos faz com que ela flua através de nossos corpos como uma energia vivente. Aparentemente, mais nos animais e dragões. Pois quando houve dúvida na existência de Sappiens, a maior parte dos homens perdeu a conexão. Talvez, por isso, sejamos tão odiados. Nossos deuses estão vivos e presentes na história deste mundo enquanto Sappiens é o coração e a força da crença humana.
— Então somos odiados porque temos a magia? — questionou a garota.
— Temos um poder que eles devem fazer esforço para ter, enquanto nascemos com ele.”

Apesar de iniciante, Gaby mostra em Rubra, a Guerreira Carmesim uma escrita supercriativa e envolvente, além de uma narrativa rica em detalhes, que fala – no fundo – sobre igualdade e libertação.

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