Todos nós temos nossos mitos. Com linguagem e língua não é diferente. Ainda bem que, de repente, aparece alguém para desfazer os mitos que a gente alimenta e nos quais acredita.
Desfazer mitos de linguagem é o que pretende esse livro de Gabriel de Ávila Othero, escrito para ser entendido por todo falante de português brasileiro. A informação aqui é bem abordada e de leitura fluida, porque nossa intenção, com Mitos de linguagem, lançamento de abril de 2017 da Parábola Editorial, é desfazer alguns dos mais populares mitos sobre língua e linguagem num livro muito fácil de ser entendido tanto por estudantes e professores de Letras quanto por leitores sem intimidade com as aquisições e descobertas da ciência linguística, mas interessados em sua própria língua.
Mitos de linguagem traz uma seleção de ensaios que desfazem alguns dos mitos mais comuns sobre linguagem e língua brasileira:
Mito 1: As mulheres falam demais
Mito 2: A gramática do português não tem lógica
Mito 3: Ninguém fala o português correto
Mito 4: A língua portuguesa é uma das mais difíceis do mundo
Mito 5: A ortografia do português é cheia de exceções
Mito 6: Todo mundo tem sotaque, menos eu
Mito 7: A língua dos índios é muito rudimentar
Mito 8: Depois de adulto, é praticamente impossível aprender uma nova língua
Mito 9: Os animais têm uma forma de comunicação tão complexa quanto a nossa
Mito 10: No futuro contaremos com um tradutor automático universal que traduzirá automaticamente qualquer frase de qualquer língua
A cultura brasileira insiste em manter vivos esses e outros mitos de linguagem, nós insistimos na necessidade urgente de reexaminá-los, para fazer com que os falantes de português brasileiro se reconheçam mais e melhor em sua própria língua materna. Para isso, é preciso olhar detidamente para os fatos que subjazem às crenças das pessoas e questioná-los com lucidez e crítica.
A seleção de mitos estudada é variada e bem apresentada, fornece uma boa visão geral das falsas crenças que nos impedem de ser senhores e donos de nossa língua. Trata-se, em sua maioria, de ideias sem fundamento, propagadas não apenas por leigos, mas, acredite!, às vezes até mesmo por linguistas e professores de língua portuguesa.
O resultado a que o autor chega é a quebra – de modo divertido – de estereótipos, concepções equivocadas, modos errôneos de encarar nossa linguagem e nossa língua, em capítulos pequenos e agradáveis de ler.
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