segunda-feira, 26 de março de 2018

Dilema entre tecnologia e sustentabilidade

A partir da relação entre três amigos, Meu planeta, minha casa faz importantes considerações entre o desenvolvimento das pequenas cidades e o meio ambiente.

As dúvidas sobre apoiar o desenvolvimento de uma pequena cidade, que é um paraíso ecológico, surge com a instalação de uma indústria na comunidade. Coloca em debate as prioridades da comunidade, dividindo opiniões: o crescimento local ou a manutenção e preservação do meio ambiente. No livro da Editora do Brasil, Meu planeta, minha casa, o adolescente Juba, personagem que tem dois melhores amigos em lados opostos, vive um grande dilema relacionado a essas questões.

Na obra de Shirley Souza, com a instalação de uma empresa, vem um rápido desenvolvimento, abrem-se vagas de empregos para a comunidade e uma nova possibilidade de infraestrutura, que não existia anteriormente. Cadu, amigo de Juba desde a primeira infância, apoia e valoriza esta novidade. Do lado oposto, Blá, também amiga de Juba, desde a sexta série, percebeu os pontos negativos desta instalação com a falta de responsabilidade da empresa com o meio ambiente.

Dentro do cenário escolar, muitas manifestações de ambos os lados, juntamente com novas informações e discussões, que envolvem outros personagens da comunidade local, para avaliar o que é melhor para o município. “O protagonismo é colocado nas mãos de adolescentes porque, sinceramente, acredito que, na adolescência, somos mais idealistas e intensos, ainda não temos os filtros e os freios que a vida adulta nos traz”, informa a autora.

Na visão da autora, os adolescentes são capazes de se dedicar totalmente ao que acreditam e podem, sim, fazer muito. Assim, o livro, além de uma proposta à reflexão, é um convite à ação: qual é a realidade do lugar em que você vive? O que você pode fazer por ela? É possível conciliar tudo isso?

O livro retrata, segundo Souza, uma questão importante da atualidade, a ambiental. “A vida das gerações futuras depende de nossa relação com o planeta. Se matamos um rio, atirando esgoto nele, temos menos água. Pegue esse exemplo e pense na realidade do acesso à água doce no mundo. A situação é séria e só tende a se agravar. E não é mais uma situação do amanhã distante. Está acontecendo agora”, ressalta.

Nas ilustrações de Jan Limpens, além de desenhos dos personagens a utilização de recursos gráficos, mapa, reprodução de e-mails, infográficos e manifestos.

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