O livro é escrito pela sobrinha da personagem principal, Sylvia Perlmutter. Ela foi uma sobrevivente polonesa da Segunda Guerra Mundial, que se mudou para os Estados Unidos e teve uma vida feliz depois dos horrores que viu na infância. Jennifer de tanto ouvir a tia contar as histórias de horror, decidiu colocar no papel, contar o que aconteceu com a família durante o período.
No começo da história, Sylvia tinha apenas 4 anos, então não entendia bem o que estava acontecendo, mas a medida em que ela cresce e o horror da guerra passa a fazer sentido, é chocante. Os pais tentam fugir da Varsóvia, mas não conseguem trabalho, já que as vagas para os judeus são limitadas. Eles voltam a Lodz, mas vivem em um apartamento minúsculo, e precisam esconder Sylvia nas buscas feitas pelas crianças pelo exército alemão.
Uma das imagens mais chocantes do livro é do dia em que o pai de Sylvia precisa escondê-la de uma patrulha e os dois foge para um cemitério, deitam dentro de uma cova e esperam o dia passar. Outras passagens que cortam o coração são as descrições dos longos períodos de fome que a família passou, assim como dos ataques aéreos, o terror e o medo de que uma bomba caia no lugar onde a família está.
Eu gosto muito de livros da Segunda Guerra Mundial, e tem várias resenhas aqui no blog de outros liros com relato de vítimas e sobreviventes. Como me interesso sempre estou buscando mais informações, mas acho que este livro facilita o interesse, por que é uma história humana. Você sente ligação com aquela família, entende o sofrimento, e o medo pelo qual estão passando.
A escrita de Jennifer é bem simples, e o livro não é muito extenso, então a leitura é mais rápida. A divisão é em quatro capítulos cronológicos e a história termina com a libertação dos judeus, quando Sylvia tem quase 10 anos. Gostei da capa brasileira, achei simples e bonita, mas a da edição em inglês está bonita também com a foto. Eu gostei muito do livro, e com certeza recomendo.
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