Incendeia-Me

de Tahereh Mafi (Editora Novo Conceito)

Juliette Ferrars tem um dom, ou uma maldição. Ela passou por poucas e boas ao lado de Adam Kent e Aaron Warner, os dois que brigam por seu coração e só querem o seu bem. O Restabelecimento rege as vidas de todas as pessoas no setor 45, mas agora que o Ponto Ômega foi destruído é preciso pensar uma nova forma de lutar contra o governo.

Sem saber onde seus amigos estão, ou se estão vivos, Juliette aceita a proteção de Warner, enquanto aprende a conviver com aquele que um dia foi seu inimigo. Durante suas conversas ela percebe as barreiras que o protegem caindo um pouco de cada vez, e passa a entender melhor todas as motivações por trás das ações dele. Aaron realmente se importa com ela, e por isso justifica tudo de ruim que fez antes, contando a sua versão dos fatos. E uma pessoa totalmente diferente surge.

Quando Juliette reencontra seus amigos através de Kenji Kishimoto, não pode impedir o choque entre Warner e Adam, e sua relação com aquele que foi seu melhor amigo vai piorando. Adam não entende que o namoro dos dois terminou, e reage mal à presença de Juliette no local onde os remanescentes do Ponto Ômega estão se escondendo.

Para conseguir a ajuda de todos os seus amigos no seu plano para acabar com o governo de Anderson, Juliette pede a Warner que esconda a todos eles dentro do Setor 45, onde podem treinar e se preparar para o grande dia, e quando ele chegar todos estarão preparados.

Esta série que me conquistou desde o começo foi melhorando a cada livro e conto e encerra neste volume, que por mim não devia acabar nunca. Amei conhecer a história de Juliette, mas acima de tudo ver sua evolução. A mudança daquela menina fraca e amedrontada no escuro, para uma guerreira destemida e independente é o ponto alto de Indendeia-Me.

A relação dela com Adam e com Warner é explicada de muitas formas, e a premissa de que tudo o que ela pensava saber sobre os dois e sobre si mesma era mentira, é correta. Enquanto conhece de verdade seus dois amigos e pretendentes, Juliette vê a si mesma pelos olhos dos outros.

A qualidade da escrita de Tahereh Mafi surpreende por ela ser tão nova, e esta série ser sua estreia. A história tem personagens incrivelmente reais, com dúvidas, medos e inseguranças muito humanos, e é tão fácil se colocar no lugar de todos eles. A trama não fica com furos, e muitas coisas são explicadas neste terceiro volume.

A divisão dos capítulos faz a leitura muito dinâmica. Uma curiosidade: as frases riscadas, com pensamentos de Juliette que viraram símbolo da série não existem em Incendeia-me, segundo a Tahereh, por que ela sabe o que quer. Os direitos foram vendidos para o cinema, então é possível que vejamos nosso trio nas telonas em breve. Depois de ficar órfã com o fim, mal posso esperar para revisitar todas as cenas destas saga maravilhosa.

Para conferir todas as resenhas da série:
Estilhaça-Me
Destrua-Me
Liberta-Me
Fragmenta-Me