quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Conselho de Amiga


de Siobhan Vivian (Editora Novo Conceito)

Ruby tem uma vida pacata com sua mãe na calma cidade de Akron, Eua. As duas fazem juntas os preparativos para o aniversário de 16 anos de Ruby, que vai ganhar uma festinha em casa para suas melhores amigas. Sua mãe a presenteia com uma polaroid, e quando Beth, Katherine e Maria chegam, cada uma ganha um retrato.

Mas um convidado não era esperado, Jim, pai de Ruby que as deixou há muitos anos atrás aparece, deixando-a sem reação. Nos dias que se seguem, a adolescente precisa decidir se vai ou não conversar com ele, e dar uma chance para seu pai explicar por que as deixou de maneira tão repentina indo morar em outro estado.



Completar 16 anos é muito importante para Ruby, mas a data acaba sendo marcada apenas pelo drama familiar. A relação com o grupo de amigas também segue abalada, uma vez que algumas tensões se formam entre o quarteto, especialmente por que elas passam por uma fase de transição em que querem ser rebeldes, beber, fumar e beijar garotos.

As festinhas a que são convidadas são oportunidades para fazer um pouco de cada uma destas coisas, no entanto, Ruby acaba sempre se escondendo atrás de sua câmera. Em uma reunião na casa de alguém, ela conhece Charlie, um rapaz sensível e querido, e um pouco esquisito também, com quem conversa e engata um namoro.
 


O estilo de Siobhan é muito fácil de ler, sua escrita é fluida e a história realmente me capturou, de maneira que li o livro de uma vez só. Ruby é uma personagem difícil e muito irritante, suas ações incomodam e parecem não fazer sentido, porém, qual a menina de 16 anos que não é de alguma forma irritante? O livro ganha pontos ao mostrar de forma muito sutil e verdadeira o relacionamento complicado de Ruby e sua mãe, mais complicado ainda com seu pai, e não seguro com suas amigas.

A autora mostra duas coisas de forma muito clara: a primeira é que as amizades mudam com o tempo, na medida em que as pessoas evoluem, e a segunda é que nem tudo é da maneira que se apresenta. Erros de julgamento fazem parte da vida, o que deve ser feito para remediá-los é dar a chance para as pessoas se explicarem, e então saber perdoar os erros dos outros.
 


Ruby começa o seu crescimento na narrativa, ela ainda é muito nova e tem muito para aprender com a vida. E todo mundo já esteve nesta fase de dúvidas e medo, então é muito fácil se relacionar com a protagonista. O livro não tem nenhuma narrativa mirabolante ou reviravolta surpreendente, mas é real, e tudo parece muito verdadeiro. A linguagem é mais simples, o que pode garantir a leitura rápida. Vale a leitura.
 

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