Martin Luther King, de Alain Foix
Tradução de Dorothée de Bruchard
“Meu sonho é de que um dia, nas rubras colinas da Geórgia, os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade. [...] Meu sonho é de que meus quatro filhos um dia irão viver num país onde não serão julgados pela cor de sua pele, e sim pelo seu caráter.”
Assassinado no dia 4 de abril de 1968, na sacada de um hotel em Memphis, Tennessee, no sul dos Estados Unidos, Martin Luther King foi um homem múltiplo. Pensador, poeta, discípulo de Gandhi, que aplicava a filosofia da não violência na luta pelos direitos civis dos afro-americanos, soube ir além da questão da cor para atacar o problema mais geral da pobreza. Prêmio Nobel da Paz de 1964, o célebre pastor batista nos deixou uma voz que ressoa ainda hoje, nos convidando a não abandonar nossos sonhos.
1) Única biografia disponível no mercado brasileiro sobre o ativista Martin Luther King, um dos nomes mais ligados ao imaginário dos direitos humanos.
2) A história de King confunde-se com a luta, tingida de violência, dos negros americanos por direitos básicos, como o direito de frequentar uma escola, pegar um ônibus e beber de um bebedouro. O resultado é uma biografia interessantíssima, que se lê como um romance.
3) Em tempos de confrontos de ideias e fortalecimento dos radicalismos, a bandeira dos direitos humanos tem renovado sua força no Brasil, graças também às redes sociais; vide repercussão dos casos de preconceito racial sofrido pela atriz Thais Araújo, pela jornalista Maria Júlia Coutinho e, mais recentemente, pela cantora Negra Li.
4) King é o nome mais conhecido ligado à luta pelos direitos civis dos negros que, nos anos 1960, sacudiu os Estados Unidos. Em função do passado escravagista e do presente de desigualdade social e preconceito racial, o tema da luta pela igualdade das raças é um tópico sensível no Brasil e que pode render vendas surpreendentes.
5) Misturando luta contra racismo, os discursos idealistas de King e alguns aspectos de religião (já que ele era reverendo), é uma leitura sob medida para a maior parte da população brasileira.
Jimi Hendrix, de Franck Médioni
“Na vida, precisamos fazer o que temos vontade, precisamos deixar o espírito e a imaginação flutuando, flutuando, livres.”
Contemporâneo dos Beatles, de Bob Dylan e John Coltrane, o guitarrista, cantor e compositor norte-americano Jimi Hendrix (1942-1970) ocupa, na história da música, um lugar à parte: o de maior guitarrista de todos os tempos. No epicentro dos anos 60, marcados pela transgressão e contestações de todo tipo, ele inventou um novo jeito de tocar a guitarra elétrica e desenvolveu técnicas de gravação em estúdio que mudaram a música popular para sempre. O mundo sonoro por ele criado passou a ser o de toda uma geração que, sem amarras, buscava uma identidade. Sua morte prematura aos 27 anos, tendo gravado apenas quatro álbuns, amplificou o alcance do mito. Junto do seu legado de distorções propositais, do excesso de agudos e manipulação da microfonia, fica a imagem de alguém que tinha a guitarra como uma extensão do próprio corpo.
1) São pouquíssimas obras no mercado brasileiro a tratar deste que foi um marco na história da música.
2) Jimi Hendrix é considerado o maior guitarrista de todos os tempos.
3) Seu nome figura ao lado de Bob Dylan, Beatles e Rolling Stones.
4) O livro de Franck Médioni vai além da simples narrativa biográfica; contextualiza o surgimento do músico e faz uma análise do seu legado para o rock e para o imaginário popular de todo o mundo.
5) Com preço de capa de R$ 24,90, é o título mais acessível sobre o compositor no mercado brasileiro.
6) Franck Médioni é jornalista cultural francês com longa carreira, tendo trabalhado em publicações especializadas em música e produzido programas de rádio e televisão sobre música, em especial jazz. É autor de vários livros, entre os quais obras sobre Miles Davis, John Coltrane, Chet Baker e Louis Armstrong.
0 comentários:
Postar um comentário