sábado, 11 de fevereiro de 2017

Um livro sobre heróis, amor e resistência


O primeiro de uma trilogia, o livro A Lei dos Puros – O Poder da Esperança, do autor L. C. Del Rio, é uma ficção de aventura romântica. Esta série se apresenta repleta de duelos, combates, amor, aventura, tudo temperado com um toque sutil de humor, o que resulta em uma trama envolvente e contemporânea. 

O enredo acontece em meados do século XXI, mais especificamente daqui a uns 40 anos, em uma época em que um poder global terá se estabelecido na Terra, sem a necessidade de confrontos bélicos e dominará todas as sociedades do planeta, a partir de um evento denominado “O Manifesto de Berlim”.

Haverá, após a dominação, uma unificação de todas as nações, que passam a obedecer à recém-criada “União Universal dos Povos Livres”, conhecida também como o “Sistema”, que será dirigida por um “Conselho de Sábios”. Estabelecido um sistema de castas, com base em uma suposta herança racial e religiosa, as pessoas começam a serem dividias em “Puros”, “Prometidos” e “Gentios”. Embora tendo este fundo religioso, a divisão serve apenas para garantir o poder para a classe dominante.

Os protagonistas, Luiza e Cauê, jovens de aproximadamente 18 anos, parentes próximos do velho cientista que lidera a rebelião, partem em perigosa jornada, enfeitada de amor, coragem e resistência, percorrendo regiões conhecidas do Brasil e da Argentina, países onde se passa a maior parte da ação. Uma aventura que retrata a rebeldia, não apenas como um direito, mas como uma obrigação do ser humano. A série pretende trazer uma proposta nova: mostrar que os heróis brasileiros são tão bons como quaisquer outros e que eles também podem “salvar o mundo”.

Os “Puros”, designados pelos figurões do Sistema para perseguir e combater os heróis, também são, na sua maioria, jovens e os seus sentimentos e paixões são igualmente descritas com isenção. Sem demonizá-los, o autor os coloca de forma que os leitores possam identificar-se também com as suas emoções e atitudes. Traições e mudanças de lado também ocorrem com alguns personagens, como seria de se esperar na vida real.

Para projetar o mundo futurista que caracteriza a época em que a história se passa, o escritor imaginou e descreveu as armas, os aparelhos voadores e as invenções dos cientistas rebeldes, de uma forma absolutamente coerente com os avanços tecnológicos que são esperados para os próximos anos, evitando-se as divagações absurdas tão a gosto das ficções que nos chegam de fora.

As descrições dos duelos, dos combates, das táticas e técnicas militares, dos saltos de paraquedas e dos detalhes da pilotagem dos aparelhos, baseiam-se na experiência e no conhecimento do autor.

A série pretende abranger um público maior do que o segmento jovem. As conotações políticas e religiosas, que passarão às vezes despercebidas pelos leitores mais novos, serão bem interpretadas e levarão a sua mensagem para os mais maduros e com maior experiência de vida. Os jovens vão viver o livro, os mais experientes vão entender o livro.

Além da proposta literária inovadora, a pretensão do autor é que a saga chegue à televisão ou aos cinemas, já que a personalidade marcante de cada personagem e a forma quase independente com que os episódios são apresentados são requisitos bem compatíveis com os roteiros dos episódios de uma série de temporadas.

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