sábado, 24 de junho de 2017

'Cem anos de solidão' ganha edição especial de 50 anos


A Editora Galera lançou uma edição comemorativa em capa dura dos 50 anos de publicação da obra-prima de Gabriel García Márquez.

Neste que é um dos maiores clássicos da literatura, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía – a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. 

É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX.
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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Baixe gratuitamente o livro Mortos Sem Sepultura


Em março de 2014 a PalavraCom Editora lançou a obra Mortos sem Sepultura, produzida pelo militar (à época major e atual tenente-coronel da Polícia Militar de Santa Catarina) Marcus Claudino, na qual revelava o drama dos desaparecidos. Ao longo do processo de edição, percebi o quanto a frieza dos números ocultava a dor da ausência inexplicável, sentida por mães (em especial), pais, familiares e amigos.

Claudino elaborou um trabalho de brilhante rigor estatístico e incluiu orientações de larga utilidade aos que vivem ou podem viver esse flagelo. O mais importante: o número de desaparecidos ultrapassa a percepção que a sociedade tem do problema. Todos os anos aproximadamente 200 mil pessoas desaparecem no Brasil, das quais 40 mil são crianças e adolescentes. O dado é assustador: equivale à população de uma cidade brasileira de porte médio.

Desde então passei a enxergar esta situação sob outra abordagem. E sempre que pude, colaborei com a causa de quem procura um ente querido. A ideia de deixar acessível – em PDF – o conteúdo integral da obra Mortos sem Sepultura é outro passo nesta direção. Esperamos que seja proveitosa. As citações são livres, desde que respeitem a fonte.

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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Editora Penalux lança obra de romancista vencedora do Pulitzer


A editora Penalux promove um resgate literário ao lançar o clássico romance Ethan Frome, de Edith Wharton, com a tradução de Chico Lopes. O livro, que é dito a partir da perspectiva do narrador, conta a vida e tragédia do personagem que dá título à obra. Repleto de teor psicólogo, a autora conta uma história de amor repleta de desolação, expectativas, devaneios e frustrações.

De acordo com Tonho França, editor da Penalux, o narrador encontra o personagem principal, Ethan, que conta sobre um triângulo amoroso ocorrido anos atrás. “A partir disso, somos transportados a uma epóca em que Ethan era um homem novo, que se dedicava com total comprometimento a fazenda e a cuidar da mãe.”

Segundo o editor, Ethan expressa um intenso desejo de se libertar do seu modo de vida e de seu casamento com Zenobia (Zeena). “É quando a esposa traz sua jovem prima Mattie Silver para ajudar com as tarefas domésticas, enquanto Zeena luta contra suas enfermidades.”


– Ethan se encanta com esperança para o futuro que Mattie traz e começa a ter pensamentos de um recomeço com ela. Mattie por sua vez também se sente atraída por Ethan. Eles têm o desejo de estarem juntos, mesmo sem manifestarem isso inicialmente. Percendo o envolvimento, a esposa, decide substituir Mattie por outra cuidadora – revela.

A história continua com Ethan e Mattie se declarando. A partir disso, decidem que morrer juntos talvez seja melhor do que viver separados. Porém, uma reviravolta faz com que todos os personagens sejam forçados a sucumbir aos desejos do destino.

Wilson Gorj, também editor, explica que o livro pretende mostrar que o amor costuma ser trágico e que houve uma época em que o peso das convenções sociais era tão forte que esmagava os sonhos. “Trata-se de um clássico. Muitos consideram este livro o melhor trabalho autoral da escritora.”

– Desejamos promover esse resgate literário, trazendo de novo ao público grandes obras, mas que caíram no esquecimento do mercado editorial brasileiro, como outra reedição nossa: “Os papéis de Aspern”, de Henry James – ressalta.

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quarta-feira, 21 de junho de 2017

'A cura da Aids' é o romance de estreia do escritor Dan Porto

O escritor gaúcho Dan Porto lançou seu novo livro no início do mês de junho. 'A cura da Aids' é a estreia do morador de Santa Cruz do Sul no gênero romance. O poeta e contista disponibilizou o livro para leitura gratuita no Wattpad. "Já publiquei no modelo tradicional, independente, artesanal, sob demanda, faltava vivenciar o Wattpad", conta o autor sobre a escolha da nova plataforma de lançamento. 

Sobre o tema do livro, Dan explica que escrever foi sua forma de dizer basta, de se esforçar para que a consciência a respeito do HIV e da Aids atinja mais pessoas. "É preciso fazer alguma coisa, não é lógico que, assim como o câncer, a Aids siga matando e cerceando nosso prazer em uma época em que podemos fazer quase tudo. São tantas coisas a resolver, mas tão poucas pessoas. Quantos mais de nós nos pusermos à disposição para resolver os problemas do clima, das doenças, da economia, da política, mais chances de êxito teremos", diz.

Enquanto escrevia, o ponto de apoio do escritor foi a obra 'Para o amigo que não me salvou a vida', de Hervé Guibert. "Poucos relatos mexeram tanto comigo quanto aquele. A voz de Hervé tem o volume de todas as bocas que exigem a cura. Os espíritos daqueles que tiveram a vida ceifada pela Aids e pelo HIV clamam por nossa ajuda."

Sinopse:
A cura para o HIV/Aids foi descoberta. Vencendo uma intricada rede de interesses, o médico inglês Joseph Trent e sua equipe conseguiram finalizar uma vacina eficiente contra o HIV. Mas governos e grandes laboratórios não desejam que a droga seja testada e produzida. Decidido a continuar, Trent terá de empreender uma arriscada jornada para testar a droga.

O livro 'A Cura da Aids' pode ser livro gratuitamente no Wattpad: w.tt/2rBU7Pc . Mais informações podem ser obtidas no site do autor Dan Porto ou em sua página no Facebook.
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Cineasta Marcos DeBrito lança novo olhar sobre mitos nacionais


A história do Brasil na era colonial foi marcada a ferro e sangue.

Sangue de homens e mulheres trazidos para essa terra estranha, de costumes e crenças alheios aos seus, povoada por seres rudes e mãos prontas para causar dor. Uma terra onde ser livre não era uma opção, nem mesmo na morte. E em meio tantas histórias fortes, foi com a mistura de crenças africanas e ritos religiosos que diversas lendas nasceram. No entanto, com os passar das décadas, muito das cores originais e do terror nelas contidas foram amenizados.

E é para resgatar esse terror original que O Escravo de Capela foi escrito. Aqui nossas lendas não parecem fábulas para crianças. Aqui elas são muito mais próximas do real.

O romance se passa no ano de 1792, auge da era colonial brasileira, quando a produção de açúcar nas fazendas de cana era controlada pelas mãos impiedosas dos senhores de engenho. Os homens acorrentados que não derramassem seu suor no canavial encontravam na dor de um lombo dilacerado o estímulo para o trabalho braçal. Não eram poucos os negros que recebiam no pelourinho a resposta truculenta para sua rebeldia. Pior ainda àqueles que, no desejo por liberdade, acabavam mutilados pelo gume de um terçado. No retorno de um morto que a terra deveria ter abraçado surge o pior dos pesadelos. E como se não bastasse o terror que assombra a casa-grande ao cair da noite, um conflito que parecia enterrado é reaceso, podendo destrancar um segredo capaz de levar todos à ruína.

O Escravo de Capela poderia muito bem ser um romance histórico, pois o drama principal são as relações entre os membros da família Cunha Vasconcelos e as consequências pelo longos anos de tratamento cruel dado aos escravos. Mas o autor é conhecido por entregar uma visão aterradora dos males reais que afetam o ser humano, trazendo terror às suas tramas como representação do pior que existe dentro de nós.

Esqueça as histórias de brincadeiras e estripulias de um moleque travesso. O assobio na floresta não é o aviso de traquinagem, mas o presságio de que o terror se aproxima. O caminhar errante, desiquilibrado e mutilado, é paciente. Porque a vingança vai chegar para todos de Capela.
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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Depois de dois romances premiados, João Carrascoza retorna com força ao conto


Da criança ao adulto, quase todas as idades estão representadas neste livro: o menino, o irmão, o sobrinho, o filho adolescente, o filho casado, o avô... Feitos de silêncios e ausências, regados por certa melancolia, os dezesseis contos que compõem Tempo Justo lembram pequenas epifanias em que os personagens vasculham dentro de si, expondo os sentimentos que os mobilizam nas suas relações afetivas.

No conto que abre o livro, “As coisas mudam as coisas”, por exemplo, o protagonista conduz o leitor ao âmago do seu pensamento, revelando, ainda “com os olhos gordos de sono”, a qualidade dos seus afetos, o estranhamento da adolescência, as transformações em curso que nele percebe. Nesse cenário, está em jogo a possibilidade de aproximação entre pai e filho. Enquanto o homem inventa estratégias de intimidade e enreda o rapaz nessa construção, o narrador perscruta os próprios gostos e gestos.

Em uma atmosfera introspectiva, João Anzanello Carrascoza compõe um quadro singular da vida familiar. Todos os contos são narrados em primeira pessoa e marcados pela sutil linguagem do corpo muito mais que pela fala — mesmo em “Outro mar”, “Entreposto” e “Retrato”, em que a satisfação da convivência é comemorada, a palavra é curta, a comunicação se dá com o olhar, o carinho flui com cuidado.

No primeiro, o mais velho dos irmãos observa o comportamento de sua família durante as férias na praia; no segundo, o caçula acompanha o trabalho do pai ao carregar o caminhão no depósito de cereais; no último, o filho único faz o papel de fiel escudeiro paterno em visita à avó e, depois, ajuda o pai a fazer o carro funcionar sob um temporal.

A figura feminina aparece em quase todos os contos: a mãe, a irmã, a avó, a nora, a filha, a mulher grávida, a namorada. Em dois casos, o autor presta forte homenagem a elas. Em “Irmã”, o texto perde a estrutura narrativa convencional e reverencia o laço fraterno em uma elegia moderna de um só fôlego, com pouca pontuação. Em “Perdão” desdobra-se uma espécie de poema em prosa do filho maduro endereçado à mãe. O tom é confessional, sendo um deles póstumo, ou seja, não há comunicação, é solitário. Já em “Balanço”, Carrascoza retoma a placidez na voz do senhor que descansa, ao lado dos filhos maduros, enquanto reflete sobre o apanhado da vida ao som do burburinho alegre da mulher, filhas, nora e neta.

Tempo Justo oferece ao leitor momentos de puro lirismo, numa reflexão sobre o caráter fugaz da vida e o desejo de permanência. E reafirma o vigor de um dos grandes contistas brasileiros de nossos tempos.
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domingo, 18 de junho de 2017

Livro infantil ensina riscos de empinar pipa perto de rede elétrica


Em A Segunda Chance, novo livro de Roberto de Carvalho, Francisco é um garoto que adora empinar pipas. O problema é que na cidade em que ele vive quase não venta, então quando isso acontece, ele logo sai atrás dos amigos Mauro e Celso para, juntos, se divertirem.

Em uma certa tarde, o menino não encontra os colegas para irem empinar pipa juntos no campinho, um lugar um pouco distante de onde moram. Então, resolve brincar ali mesmo, perto da fiação elétrica, achando que conseguiria guiá-la, mesmo já tendo ouvido os conselhos dos pais para não fazer isso.

O problema é que a aventura não termina nada bem... Ele leva um choque e, gravemente ferido, é internado em um hospital. Mas, quando acorda, não é bem lá que ele foi parar.

"Não sei por quanto tempo fiquei apagado. Quando acordei, estava num lugar estranho, embaixo de uma árvore, sentado num gramado seco. Parecia um parque, mas não tinha brinquedos. As árvores estavam todas desfolhadas, a grama e o céu eram cinzentos. Não havia pássaros, nem vento, nem nada. Só silêncio".

É nesse lugar que conhece Renato, um espírito amigo que ensina a Francisco temas como os riscos de desobedecer aos pais na infância, o poder da fé e a imortalidade da alma.

"Renato não me deixou sozinho em nenhum momento. Quando eu ficava muito triste, ele contava histórias pra me distrair e às vezes até me fazia rir. Um dia, ouvi umas vozes e perguntei o que era aquilo.– Preste atenção – disse ele. – Veja se reconhece de quem são essas vozes.Fechei os olhos e fiquei escutando com atenção.Então reconheci as vozes dos meus pais, dos meus amigos e de muitos parentes".

A obra, publicada pela Boa Nova Editora, está disponível nas livrarias e pode também ser adquirida pelo site.
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sábado, 17 de junho de 2017

Mulher-Maravilha: Iron Studios traz peça inspirada na heroína


No próximo dia 01 de junho, estreia nas telonas do Brasil o aguardado Mulher-Maravilha (Warner Bros). Estrelado por Gal Gadot, que interpreta a Guerreira Amazona, é o primeiro filme dedicado a uma das mais importantes personagens dos quadrinhos, ao lado de Batman e Superman, 76 anos depois da sua criação nas HQs. 

Um dos maiores ícones do sexo feminino da nona arte e cultura pop, a Mulher-Maravilha foi criada pelo polêmico William Moulton Marston em 1941, que curiosamente inspirado pelo "Laço da Verdade", uma das armas da heroína, inventou o polígrafo ou detector de mentiras.

Ela é a Princesa Diana, uma semideusa amazona de Themyscira, a Ilha Paraíso, e filha de Hipólita, a rainha das Amazonas da mitologia grega. Suas origens tiveram diversas alterações ao longo dos anos, Diana foi enfermeira e oficial de inteligência militar, agente secreta, embaixadora entre outras atividades, além de principalmente uma Guerreira Amazona. Com mudanças em sua história e visual ao longo de seus 76 anos, sua essência como maior das heroínas sempre foi a mesma, vinda ao chamado "mundo dos homens" para promover e defender a paz e a justiça. 

Na Semana Mulher-Maravilha, a Iron Studios traz a icônica heroína em sua versão cinematográfica na linha BvS: Dawn of the Justice-Art Scale 1/10. Feita em edição limitada, é produzida com base em referências originais do filme. A peça é fabricada em polystone, pintada à mão e acompanha base. Preço: 299,99.

Detalhes da peça:






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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Janguiê Diniz lança novo livro 'O Brasil da política e da politicagem: perspectivas e desafios'


No próximo dia 26 de junho, José Janguiê Bezerra Diniz lança seu novo livro: “O Brasil da política e da politicagem: perspectivas e desafios”. A obra é uma compilação de mais de 200 artigos publicados, em dezenas de jornais e portais de notícias do Brasil e do mundo, pelo empreendedor e doutor em Direito, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional. O evento acontece na UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, Campus Boa Viagem, a partir das 19h.

Autor de outros 15 livros, Janguiê explica que este recebeu o título de um dos textos publicados devido ao momento que o Brasil vive. “Semanalmente, escrevo artigos analisando diversos assuntos para que todos os leitores possam entender e questionar temas relevantes para todos nós. O Brasil da política e da politicagem foi o título de um desses textos, publicado em 2014, que discursava sobre os rumos do nosso país após o início das manifestações de rua que começavam a acontecer”, explica.

A obra é apresentada em capítulos temáticos sobre política, atualidades, educação, economia e desenvolvimento, empreendedorismo, meio ambiente e tecnologia, e esportes. Prefaciado pelo Ministro da Defesa, Raul Jungman, o livro traz mais de 500 páginas de textos para os mais diversos públicos. “A análise de Janguiê é ao mesmo tempo engajada e equilibrada, bem informada, atenta às tendências do País e do mundo, sempre preocupado com a necessidade de transformação e renovação. Seu estilo é direto, claro, com textos curtos, objetivos e ricos em conteúdo e dados, com ótima capacidade analítica e evidente sensibilidade social, patriotismo e compromisso com Pernambuco e o Nordeste”, relata Jungman.

Para Janguiê, os textos incitam a reflexão de diversos problemas pelos quais passam os brasileiros rotineiramente. “Os textos trazem, também, uma análise de como é possível superar tais situações, contribuindo, assim, com o desenvolvimento socioeconômico do país. Convido todos a embarcarem nessa reflexão, para que possamos, juntos, cobrar de nossos representantes no poder público uma postura digna para a função que eles foram eleitos: representar o povo e trabalhar para construir um Brasil melhor para todos”, completa Janguiê.

Entre os mais de 200 convidados para o lançamento estão juristas, educadores, políticos, estudantes e personalidades de Pernambuco e de outros estados. “Convido todos a participar deste lançamento e ter o prazer de ler e refletir sobre os textos deste livro. Muitas das “incertezas e desafios” da seara da “política e da politicagem” aqui descritas continuam vigentes, e por isso mesmo a leitura desses artigos é extremamente útil para a consolidação de uma opinião pública bem informada e atuante, formando atores sociais da transformação tão necessária em nosso Brasil”, finaliza o autor.

“O Brasil da política e da politicagem: perspectivas e desafios” é uma publicação da editora Novo Século e está disponível através do site www.gruponovoseculo.com.br e nas melhores livrarias do país.
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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Novo livro do autor de “As aventuras de Pi” reúne três jornadas, três corações partidos e três histórias surpreendentes

Mais de quinze anos depois do lançamento de As aventuras de Pi, Yann Martel retoma ao cenário literário com o romance As altas montanhas de Portugal, publicado no Brasil pelo selo Tordesilhas. Nesse livro, Martel mantém o estilo inventivo e eloquente, com ideias originais e várias surpresas. A obra mistura conto fantástico e fábula contemporânea em uma jornada de aventura, que explora o amor e a perda de modo devastador. 

Repleto de ternura e humor, o romance leva o leitor por uma viagem a Portugal do século passado – e pela alma humana. A obra é dividida em três partes. Ou melhor, é composta por três novelas aparentemente independentes uma da outra, mas que se revelam interligadas de maneira surpreendente. 

Os temas principais que ligam as três partes são universais: o difícil processo de perda e luto e a busca por um novo sentido para a vida. Outros temas que perpassam as histórias são religião (razão versus fé, fé versus ficção) e a relação homem/animal. 

A primeira parte do romance, intitulada “Sem lar”, se passa em Lisboa, em 1904, e conta a história de Tomás, o jovem assistente do curador do Museu Nacional de Arte Antiga, que está aprendendo a viver à sombra de imensa tragédia familiar. Para conseguir lidar com o luto da perda de sua mulher, seu filho e seu pai, Tomás se dedica a estudar com afinco o diário de Padre Ulisses, que viveu no século XVII. Nele descobre a existência de relíquia, um crucifixo esculpido pelo padre que revela algo que pode abalar a Igreja católica, objeto teoricamente escondido na região das Altas Montanhas de Portugal. 

A segunda parte, “Para casa”, se passa na cidade portuguesa de Bragança, também localizada nas Altas Montanhas, e se concentra em Eusébio Lozora, médico patologista que faz plantão no hospital da cidade na passagem do ano de 1938 para 1939. O médico recebe a visita inesperada de uma mulher. Ela lhe conta sobre sua vida com o marido, Rafael, e sobre o luto que o casal viveu com a morte de seu único filho, quando o menino tinha 5 anos. E faz um pedido inusitado a Eusébio.

Na terceira parte, “Em casa”, que se passa na década de 1980, o personagem central é o senador canadense Peter Tovy. Após a morte da mulher e a ruptura com o filho, Peter sente necessidade de mudar de vida. Em uma viagem oficial aos Estados Unidos, visita um centro de estudos de primatas e se encanta com um tranquilo chimpanzé, Odo. O senador decide comprá-lo e viver com o animal, na aldeia portuguesa em que nasceu, a vida simples que sempre desejou.
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terça-feira, 13 de junho de 2017

Salão do livro em Portugal recebe autores brasileiros


Mais de 30 autores brasileiros serão apresentados no III Salão do Livro de Portugal, que acontece nos dias 24 e 25 de junho em Lisboa. A responsável pelo intercâmbio cultural será a escritora Jô Ramos, da ZL Editora. 

Segundo Ramos, a proposta é reunir escritores de todos os países de língua portuguesa com o objetivo de discutir a divulgação da literatura lusófona e criar uma grande rede de autores. A exposição contará ainda com debates, filmes e vendas das obras. 


Para a escritora, os salões de livros internacionais surgiram da necessidade de divulgar os autores independentes e as pequenas editoras, ambos sem acesso ao circuito oficial literário brasileiro. 

- Sabemos das dificuldades e dos círculos fechados, onde poucos conseguem acessar. Esse tipo de iniciativa torna-se um estímulo para preservação da nova literatura e dos novos escritores, além de ampliar o poder de ação para o exterior - ressalta.

Como participar
Os autores que tiverem interesse em participar do Salão do Livro de Portugal em 2018, precisam se inscrever pelo e-mail zlcomunicacao8@gmail.com
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segunda-feira, 12 de junho de 2017

Jornalista lança livro de reflexão e referência para pais e educadores


Com os filhos pequenos à sua volta, Graça Ramos fazia a brincadeira das palavras para estimulá-los a construir um vocabulário rico. “Saía muito disparate”, ela se diverte ao lembrar. Ainda grávida, lia em voz alta para que os bebês em formação se acostumassem à entonação das palavras, às interjeições e às emoções das histórias narradas. Hoje, é a autora comprometida com a qualidade das obras para o público infantojuvenil que emerge das páginas de “Habitar a infância: como ler literatura infantil”, seu mais novo livro.

Jornalista, mestre em Literatura, doutora em História da Arte, ela reuniu todo o seu instrumental teórico e experiência pessoal para preparar uma obra que é pura declaração de amor à leitura e aos pequenos leitores. Publicado pela Tema Editorial, o livro reúne textos do blog que manteve por mais de um ano no site do jornal O Globo dedicado à literatura infantil e juvenil. Mais do que um guia para os chamados intermediários – aqueles que se colocam entre o livro e a criança – Graça buscou envolver os adultos no jogo de imaginação e sentidos proposto nas obras que abordou. 

Os 68 textos que assina não subestimam, em nenhum momento, a inteligência e a complexidade das crianças a que se destinam as obras analisadas. Sua linguagem coloquial e envolvente convida os leitores a visitarem temas variados, leves ou densos, que tanto podem ser sugestões de leitura para as férias da criançada como uma delicada incursão pelo tabu da morte. Cada artigo é pontuado por livros relacionados ao principal tema abordado, o que torna “Habitar a Infância” de uma riqueza bibliográfica singular. 

O cardápio é bem variado. São mais de 300 obras de literatura infantil organizadas nas referências bibliográficas completas que compõem a edição. O índice onomástico é outro recurso inserido no livro para facilitar a experiência dos pais e educadores em busca de autores que possam enriquecer e diversificar o universo infantil. “Quisemos oferecer orientação, sempre valorizando a inteligência do adulto e da criança”, explica Graça Ramos., que ilumina com seu olhar crítico e amoroso os textos literários que comenta. 


“Concentração e fruição” 

Na era da comunicação digital, o fascínio que as telas exercem sobre as crianças e jovens pode ser melhor equilibrado com o estímulo à leitura de livros impressos, um formato que se modernizou e também tem seus trunfos para atrair atenção. As imagens coloridas e inteligentes que costumam acompanhar as boas publicações de literatura infantil merecem atenção especial da autora, até por sua formação em História da Arte. No mundo conectado e dispersivo em que vivemos, a leitura é ato de “concentração e fruição”, observa a autora. 

Uma sugestão valiosa que ela apresenta aos adultos é que não imponham a leitura às crianças. De maneira diferente da educação formal nas escolas, o ambiente familiar deve ser estimulante para conquistar a adesão das crianças à leitura. Dispor livros nas prateleiras mais baixas das estantes para que os pequenos possam alcançá-los e se interessar pelas obras é também bom começo para uma jornada de descobertas. Aproximar o objeto-livro das crianças, desde bebês, é o caminho mais recomendado. 

Na visão de Graça Ramos, não se trata de induzir os pais a uma visão utilitarista da leitura, como se interessasse apenas formar futuros profissionais bem-sucedidos. O que ela quer mesmo é liberar o imaginário infantil, deixar que as mentes levantem voo graças a textos e imagens irresistíveis. Reconhecidas em toda sua complexidade existencial, as crianças podem encontrar na leitura caminhos para entender a diversidade do mundo e construir um repertório que lhes permita alcançar toda sua potencialidade como cidadãos. 

Os quatro capítulos que compõem o livro reservam um olhar atento também às políticas públicas voltadas para a educação do público infantojuvenil. Graça Ramos aponta a carência de bibliotecas especializadas nesse segmento e a ausência de espaços conhecidos como “bebetecas”, comuns em países desenvolvidos e destinados aos muito pequenos. A palestra que proferiu na Academia Brasileira de Letras sobre a nova crítica da literatura infantojuvenil é o fecho de um livro que representa um presente a todos que se interessam pela melhor formação das crianças brasileiras.

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Editora Astral Cultural lança biografia não-autorizada de Marcelo Odebrecht


Herdeiro de uma das principais dinastias corporativas nacionais e um dos personagens centrais do estopim do escândalo de corrupção no país, detalhes da quase desconhecida intimidade de Marcelo Odebrecht são revelados em “O Príncipe”, biografia não-autorizada escrita pelos jornalistas Marcelo Cabral e Regiane Oliveira que será lançada no final deste mês, pela editora Astral Cultural. 

O livro revela uma personalidade detalhista, disciplinada e obstinada. E expõe conflitos históricos e recorrentes com o fundador do império Odebrecht, Emílio. Muito antes do rompimento público por causa das divergências do que deveria ser dito ou não no primeiro depoimento aos procuradores da Lava Jato, o clima dos Odebrechtes já era de tensão e divergência. 

Em trecho do livro os autores contam que “desde a adolescência de Marcelo, inúmeras pequenas discussões marcavam o dia a dia de ambos, causadas pelos motivos mais inocentes possíveis. Diferenças de opinião, comportamentos opostos, qualquer coisa virava um motivo para os entreveros. Enquanto Emílio demonstrava simpatia pelo Bahia, por exemplo, Marcelo torcia pelo rival Vitória. ‘Acho que nenhum dos dois realmente liga para futebol. Torcer pelo time rival era mais uma forma de espezinhar o outro mesmo’, diz um amigo da família”.
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