segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson HQ

de Manuel Pace e Carlo Rispoli (Editora Nemo)

Jim Hawkins era apenas um menino vivendo com sua mãe e a ajudando em sua taverna na Inglaterra do século 17. Um dos clientes mais fiéis do local, capitão de um navio, arde em febre em seu leito de morte, e entrega ao menino um mapa que guarda a localização de um grande tesouro de pirata. Nesta mesmo noite o estabelecimento é invadido por piratas saqueadores em busca do mapa, e o capitão é assassinado.

Uma busca é realizada no Admiral Benbow Inn e nada é encontrado que leve à localização do tesouro. Jim  sua mãe pedem ajuda ao Conde Trelawney, personalidade iminente do lugarejo e que pode ajuda-los a decidir o que fazer com o documento que tem em mãos. Este então decide formar uma expedição marítima para buscar o que quer que esteja enterrado na ilha, para impedir que caia nas mãos do pirata Black Dog. O Conde parte então no navio Hispaniola, sob o comando do Capitão Smollett, e leva Jim como grumete pra aprender as funções do navio, e proteger seu interesse no tesouro.


Muito acontece na ilha, e Jim passa por muitas provações que vão mudar sua vida para sempre, e transformando em um homem. A tripulação da embarcação vai precisar lidar com a intempérie, as ameaças exteriores e outros que buscam as riquezas, além de problemas que podem surgir dentro do Hispaniola.



A história de Robert Louis Stevenson é originalmente cheia de medo, perigo, aventura e emoções exacerbadas, que ficam ainda mais evidentes quando passado aos quadrinhos. As emoções de Jim durante o progresso da história demonstram com exatidão a sua transição de criança inocente para pessoa marcada pela maldade do mundo. Por ser um livro longo e em que muitas coisas acontecem, a HQ ficou muito dinâmica e a leitura passa voando.




Acho que a adaptação foi feita com maestria, por conseguir transmitir todas as fases da história sem ter furos na trama, e a apresentação dos personagens é mais rápida. Os traços são em preto e branco, e dão destaque aos personagens e cenários, com detalhes chamando a atenção para um certo ponto do quadro. A localização dos balões é bem tradicional, muito fácil de se achar, e a tipografia é forte e facilita a leitura dos diálogos. 



Algumas das imagens mais bonitas na minha opinião são as do navio, mostrando os detalhes de cordame e amurada, e também todas que mostram as florestas, que são mais escuras, usando um trabalho de sombreamento muito bonito. Esta HQ vale a pena ser lida não somente pela importância do clássico que é A Ilha do Tesouro, mas também pela obra de arte criada pelos autores, uma obra original e encantadora.

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