Este é o segundo volume da série Os Bridgertons, que inicia com O Duque e Eu contando a história de Daphne. A família perdeu seu pai muito cedo, então ficou a cargo da mãe Violet criar seus oito filhos, (todos lindos e com personalidades muito únicas)e cada volume da série retrata a vida e o romance de cada um deles.
O Visconde que me Amava conta a história de Anthony, Visconde Bridgerton, que como filho mais velho foi o que conviveu mais tempo com o pai e por isso era muito apegado a ele. E ele foi muito afetado pela morte do pai, mesmo agora que é adulto ele tem a impressão de que nunca viverá mais do que seu amado progenitor, o que causa grande sofrimento em sua vida, e o faz ter uma reputação ruim de libertino e solteiro convicto.
Edwina Sheffield é a solteira mais cobiçada da temporada, e sua beleza extraordinária deve lhe render um casamento bastante proveitoso de acordo com os prospectos de sua mãe, Mary,que levou a ela e sua irmã Kate para a cidade para que ambas pudessem debutar, mesmo em idades diferentes, e mesmo que Kate seja meia irmã de Edwina. Mary é sua madrasta e a criou desde a infância como uma filha legítima, até mesmo depois que seu pai faleceu também e ela ficou órfã.
Kate é a mais velha das Senhoritas Sheffield, e como tal pretende ajudar sua irmã a encontrar um bom marido, já que ela não tem muita esperança para si própria. Apesar de ser bela de sua própria maneira, e se ser muito inteligente e vivaz não é certo que uma proposta será feita a ela, que fica constantemente na sombra de sua irmã mais bela.
Quando Anthony decide se estabelecer e encontrar uma boa esposa, ele acha que Edwina seria uma ótima escolha. Isto se Kate não fosse contra a união por causa da reputação do visconde. Os dois passam a conviver por causa da corte dele à irmã mais nova, e seu ódio e animosidade inicias vão dando lugar a uma estranha amizade, em que os dois descobrem ter muito mais em comum do que esperavam, e que talvez a opinião da sociedade não seja a mais correta.
Adoro a escrita da Julia Quinn, ler um de seus romances é ir ao começo do século XIX por algumas horas e voltar. Por que a leitura voa, e a época e seus costumes são bem contados. Não encontrei nenhuma falha de enredo, nem pontas soltas e isso permite uma apreciação do livro sem questionar as decisões dos personagens, por que eles são muito vivos. Kate e Anthony são pessoas reais e vivas e algum lugar, é impossível que não sejam com tanta complexidade humana.
Adoro as situações que a autora cria, assim como o recurso das crônicas da sociedade de Lady Whistledown, uma coluna anônima que fala sobre os membros da sociedade londrina. Os trechos fazem captar cenas do romance sob o ponto de vista geral, como os outros que não sabem a história por trás podem interpretar estas ações que conhecemos em como os personagens.
O livro tem um início independente, então para quem não se importa acho que não teria problemas de entendimento ao ler fora da ordem. Mas para quem leu O Duque e Eu, as aparições de Daphne e seu marido Simon vão agradar. Por que a personalidade do casal está ali, e existe essa possibilidade de saber como eles estão indo depois do casamento. Amei de verdade, para amantes dos romances em geral, dos históricos então nem se fala. Não posso esperar para ler Um Perfeito Cavalheiro!
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