de Stephanie Perkins (Editora Novo Conceito)
Lola Nolan é uma garota de 17 anos muito diferente das
meninas desta idade. Além de ser uma prodígio no que se trata de moda, ela é
muito firme em suas opiniões e decisões. Sua personalidade forte a ajuda a
vestir o que quiser e enfrentar o julgamento das pessoas independente do que
aconteça. Ela foi criada por seus pais Andy e Nathan, um casal gay, quando na
verdade sua mãe biológica é viciada em drogas e bebida, e meio riponga e a deu
para seu tio a criar como filha.
Lola divide seus dias entre a casa, a escola, a moda, o
trabalho em um cinema, com o casal de amigos Anna e St. Clair (casal de Anna e
o Beijo Francês, da mesma autora). Ela ainda arruma tempo para seu namorado
rockeiro Max, que não se dá muito bem com seus pais, que não gostam dele por
ele ter 22 anos, e levar Lola para ver sua banda em clubes desconhecidos até de
madrugada.
Portanto o importante para Lola é fazer seu vestido de Maria
Antonieta para o baile da escola, fazer seus pais gostarem mais de Max, e lidar
com a volta dos gêmeos Bell ao quarteirão. Calliope e Cricket eram seus
vizinhos de porta quando ela era criança e eles costumavam se dar bem, brincar
juntos, mas tudo terminou mal, quando ela foi muito magoada por eles, e em
seguida eles se mudaram. E parece que o tempo foi um ótimo amigo, transformando
o menininho que fazia elevadores para as suas barbies em um belo homem.
Adorei como Lola parece um personagem de quadrinho com suas
combinações loucas de roupas, perucas e acessórios, formando looks únicos.
Gostei muito dela, apesar de em alguns momentos ter vontade de esganar ela por
algumas decisões que ela tomava. Os pais dela são adoráveis, seu namorado é odioso,
e Cricket é um dos melhores rapazes que a boa literatura já foi capaz de
conceber. Você passa o livro se perguntando como Lola pode não perceber de cara
que pessoa maravilhosa ele é (e sempre foi).
O estilo da autora é realmente muito gostoso de ler, e assim
que a leitura engata, só vai! As quase trezentas páginas do livro voam, e
quando você percebe tá no fim, mesmo que muitas coisas aconteçam no tempo da
história. O vocabulário usado é bem acessível, jovem e divertido. A construção
das frases lembra muito o pensamento de um adolescente, com as suas construções
confusas, cheias de dúvidas e suposições.
Fiquei meio assim por não ter lido Anna e o Beijo Francês
antes de Lola, não que seja uma continuação, mas os personagens principais
aparecem e eu fiquei sem entender algumas piadinhas e indiretas envolvendo os
dois. Mesmo assim foi uma leitura muito divertida e que valeu muito a pena.
Recomendo!
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