quinta-feira, 7 de abril de 2016

Conheça "Foe", um clássico do ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, J. M. Coetze


Nasceu na África do Sul, em 1940. Autor de ficções, traduções, ensaios de crítica literária e memórias, publicou mais de vinte livros. Recebeu prêmios na França, na Irlanda e em Israel, e foi o primeiro autor agraciado duas vezes com o Man Booker Prize. Em 2003, recebeu o prêmio Nobel de literatura.

Em Foe, Coetzee reinventa a história de Robinson Crusoé. No início do século XVIII, Susan Barton se vê à deriva após o navio em que viajava ser palco de um motim. Ao desembarcar numa ilha, encontra abrigo ao lado de seus únicos habitantes: um homem chamado Cruso e seu escravo Sexta-feira. Um ano depois, eles são resgatados por um navio, mas apenas Susan e Sexta-feira sobrevivem à viagem. Determinada a contar sua história, Susan busca um famoso escritor, Daniel Foe, na esperança de que ele escreva sobre sua experiência na ilha. Traiçoeiro, elegante e inesperadamente lírico, Foe é uma das obras mais complexas na carreira de um mestre absoluto da literatura.

“Quando eu estava na ilha, todo o meu anseio era estar em
outra parte, ou, numa palavra que eu usava então, ser salva. Mas agora um anseio se agita dentro de mim que nunca pensei que fosse sentir. Fecho os olhos e minha alma me abandona, voando por cima de casas e ruas, de florestas e pastos, de volta a nossa antiga morada, de Cruso e minha. O senhor não entenderá esse anseio, depois de tudo o que contei do tédio de nossa vida lá. Talvez eu devesse escrever mais sobre o prazer que sentia em andar descalça na areia fresca do acampamento, mais sobre os pássaros, os passarinhos de muitas variedades cujos nomes eu nunca soube, que eu chamava de pardais por falta de nome melhor. Quem senão Cruso, que não existe mais, poderia verdadeiramente contar ao senhor a história de Cruso?"

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