segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Conheça Um Passeio no Jardim da Vingança, ficção científica passada em Porto Alegre

Muita gente acredita que no futuro haverão robôs humanoides, carros voadores e até a possibilidade de teletransporte. No livro Um Passeio no Jardim da Vingança, do juiz do trabalho Daniel Nonohay, estes são apenas sonhos distantes. As grandes cidades estão divididas entre zonas vigiadas e periferias. As drogas, controladas e distribuídas por laboratórios, estão por todos os lados, além de implantes cibernéticos que aumentam a memória das pessoas.

Na história, Ramiro de Souza Braga é um advogado com a conta bancária cheia, mas a vida completamente vazia. Ele nasceu no interior de Porto Alegre em uma família modesta, que o ajudou a entrar no curso de Direito, tendo se destacado rapidamente na profissão. Durante este tempo, viciou-se em drogas e conheceu Rogério, um jovem inconsequente, mas de uma família riquíssima. Desta amizade surgiu uma parceria promissora entre os dois, que juntos abriram um escritório de advocacia.
“Passei a viver em duas fases. Ligava de manhã com a meta e desligava à noite com a heroína. Finais de semana eram livres; tomava qualquer uma, dependendo do programa.”

Anos depois, bem casado e sócio de uma grande empresa na capital gaúcha, Ramiro demonstrava-se apático com o que tinha, até sofrer um acidente gravíssimo e misterioso. Isso o faz repensar sua vida. Engajado no objetivo de mudar, o advogado busca retornar à ativa no escritório, mas é impedido pelos sócios. Frustrado, ele planeja uma vingança e descobre segredos comprometedores e extremamente perigosos.

A única maneira que ele encontra para continuar vivo é sua capacidade de utilizar os dois implantes no cérebro, que estendem a sua capacidade de memória e lhe permitem acesso direto à “rede”. A partir disso, Ramiro vive uma jornada contra o tempo e a favor da própria sobrevivência, experimentando na pele que confiar em qualquer pessoa pode se tornar uma ameaça.
“Não se pode ser amigo de quem você não respeita. Você pode sentir pena, piedade, compaixão. Pode até mesmo amar a quem não respeita. Mas não pode ser amigo. Eu não era mais amigo de Rogério. Pensando bem, eu não seria meu amigo também.”
 
Dividido em duas partes e com diversas linhas cronológicas, Um Passeio no Jardim da Vingança se passa em Porto Alegre. Trata-se de uma obra intrigante e obscura, repleta de teorias e conspirações que irão surpreender a cada página.

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