Considerado um dos livros mais importantes da década de 60, O Homem Unidimensional, de Herbert Marcuse, reeditado pela Edipro, é considerado uma obra atemporal.
O livro disserta sobre a sociedade industrial avançada e as mudanças de produção, consumo, cultura, pensamento e organização social; que integra o indivíduo de forma mecanizada e muda suas perspectivas de forma negativa.
Douglas Kellner revela, na introdução à segunda edição, que o livro expõe o conformismo da sociedade diante de todas as formas de dominação e controle social. Kellner pontua que atualmente a teoria do autor continua procedendo, considerando que as formas de poder estão cada vez mais fortes e dominantes.
"O livro trata de certas tendências básicas da sociedade industrial contemporânea que parecem indicar uma nova fase da civilização. Essas tendências engendraram um modo de pensamento e comportamento que mina os próprios fundamentos da cultura tradicional. A característica principal desse novo modelo de pensamento e comportamento é a repressão de todos os valores, aspirações e ideias que não podem ser definidos em termos de operações e atitudes validadas pelas formas dominantes de racionalidade", diz Hebert Marcuse.
O Homem Unidimensional analisa a sociedade altamente industrializada, independentemente da forma de governo, comunista ou capitalista. O autor acredita que ainda não foi alcançado um sistema que possa fornecer condições iguais a todos os membros participantes da sociedade. Embora Marcuse projete revelações pessimistas, ainda sim, expressa a esperança de um filósofo radical que almeja a liberdade e felicidade.
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