Algumas vezes, o personagem que todo mundo deveria conhecer é justamente aquele que acaba apagado da história.
É o caso do gênio português Acácio Nobre, uma figura que sempre esteve muito à frente de seu tempo e não por acaso teve quase todos os seus rastros destruídos pela ditadura salazarista.
Para sorte nossa, a escritora e dramaturga portuguesa Patricia Portela, depois de um esforço de 16 anos de pesquisa, conseguiu resgatar grande parte desta trajetória em A COLEÇÃO PRIVADA DE ACÁCIO NOBRE, um livro original, íntimo e fascinante que a Dublinense tem o orgulho de lançar agora no Brasil.
Acácio Nobre (1869?-1974) foi um visionário. Artista. Cientista, matemático, bioengenheiro, poliglota. Apoiador de tudo que pudesse ser genuinamente revolucionário.
Conviveu com Fernando Pessoa, Herman Melville e até Einstein. Construiu quebra-cabeças geométricos, projetou construções impossíveis, inventou o que pode ser considerado um precursor do video-game, planejou e lutou sozinho por uma refundação do sistema educacional português, envolveu-se nas vanguardas artística e literária. Foi, antes de tudo, um notável pensador.
E foi um tanto excêntrico, também. Não se deixava fotografar. Achava absurdo levar bagagem pessoal para onde quer que fosse viajar, mas jamais deixava de carregar consigo um gigantesco fonógrafo nada portátil.
Mas como contar a história de uma personalidade tão ímpar?
O universo acaciano, neste livro, é recriado a partir de cartas, objetos e fragmentos de lembranças, imagens que reconstroem a memória e recuperam a incrível trajetória deste "Leonardo da Vinci português".
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