quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lolita

de Vladimir Nabokov (Editora Publicações RBS)

Para mim, um livro muito difícil de resenhar. Ganhei um exemplar (com essa capa ali do lado) e não tinha lido, quando surgiu um trabalho da faculdade, e da lista de livros possíveis escolhi Lolita. Acho que os clássicos merecem ser lidos independente de gostarmos ou não da narrativa, no meu caso não gostei. 
Humbert Humbert é um professor europeu que se muda para os EUA depois de muitas decepções (inclusive amorosas), e aluga um quarto na casa da Sra. Haze, mãe de Dolores, Lola ou Lolita. A menina, uma pré-adolescente logo desperta o interesse de Humbert. Sobre o personagem principal e narrador não cabe dizer mais nada exceto que ele é DOENTE. Suas fantasias, mentiras e maquinações são perversas e perturbadoras, uma das melhores construções de um caráter de personagem que já li na vida, este é um grande mérito de Nabokov. Humbert foi muito bem desenvolvido e apresentado no texto, e é impossível não sentir nojo e raiva dele na maior parte do tempo. Não acho que os livros devam causar apenas sensações boas: como toda arte eles devem mudar alguma coisa em nosso ser, nos atingir de alguma maneira.
Lolita não é um livro ruim, pelo contrário, não é um clássico a toa e todas as polêmicas que causou até hoje são muito bem fundamentadas, só que eu não gostei, e não recomendo. Vale a pena ler talvez para entender um sentimento, vemos tantas notícias sobre pedofilia que não conseguimos entender, e o livro ajuda a compreender algumas coisas. Clássico é clássico, até para entender as referências a ele, mas mesmo sendo poderoso na maneira de chocar e extremamente psicológico, acredito que para poucos seja uma leitura prazerosa.

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