É a história de Simon Axler um ator de 65 anos que de uma hora para outra descobre que não consegue mais atuar. A mulher o abandona e tudo começa a desmoronar, para fugir a isso ele se interna em uma clínica psiquiátrica. Ao sair, não tem mais um propósito na vida, até se apaixonar por Pegeen, uma homossexual, vinte cinco anos mais jovem.
Acho que Philip Roth escreve de um modo muito sarcástico, como se debochasse de tudo. Mesmo assim gostei dele e muito deste livro, ele ainda é curto e de leitura rápida, sugiro ler de uma vez só para não se perder.
Acho que esses bloqueios de ator, como o retratado na estória são parecidos com os de escritor (destes eu entendo - haha), quando se acha que o talento acabou, e que nunca mais isso será possível trabalhar, é uma coisa psicológica bem complicada, e achei isso bem legal no livro. Assim como ainternação, as dúvidas, a insidiosa ideia do suicidio, tomando espaço na mente de Simon, antes de encontrar sua heroína, a mulher que ele tenta transformar para mudar a si próprio.
Philip Roth é indiscutilvelmente um homem muito inteligente, A Humilhação é um livro muito psicológico, mas a leitura é leve apesar dos temas serem complexos. A velhice do personagem, a ideia de fim da vida, fim da carreira e fim dos relacionamentos.
A obra toda me parece bem pessimista, e apesar do humor é permeada por aquele sentimento de depressão do começo, que parece impossível de ser dissipado. Mas não há mentira nenhuma nisso.
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