quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fala Sério, Amor!

de Thalita Rebouças (Editora Rocco)


Já li algumas coisa da Thalita Rebouças, acho que ela é muito inteligente e realmente entende muito do mundo dos jovens, e dá pra dar umas boas risadas, mas não é um livro para quem busca uma história genial, ou mega-blaster interessantíssima e crânio, saca? É mais como um livro pra descontrair e se reconhecer, e reconhecer pessoas que se conhece.
Conta a história de Maria de Lourdes, mais conhecida como Malu, as crônicas de seus relacionamentos amorosos desde a infância, até o final da adolescência. Tem namoradinhos de todo tipo, enrolado, chato, que esquece dia dos namorados, ciumento, marrento, tímido... Dá pra rir dos encontros, das dúvidas dela, e principelmente dos encontros dela com os sogros e de seus pais com os pretendentes.
O livro é assim meio infantil, infanto-juvenil, mas eu achei bem divertido, é uma leitura bem leve e divertida, não precisa ficar pensando muito.
Acho que é ridículo alguém falar mal de livros antes de ao menos tentar lê-los, não gosto de carregar este tipo de preconceito. Muitas pessoas falam mal dos livros da Thalita e tem gente que simplesmente ouve, e nem tenta conhecer.
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Moinhos de Sangue

de Ana Cristina Klein (Editora Dublinense)


Voltando da minha pausa venho resenhar este livro que me surpreendeu muito, principalmente porque não sabia nada sobre ele quando comecei a leitura. A autora é Porto alegrense, o que me fez reconhecer que (obrigado senhor!) ultimamente estão vindo vários lançamentos de autores gaúchos, como por exemplo, o Silêncio em Siena, do Flávio Wild.
A autora parece conhecer bem o mundinho das socialites de Porto Alegre onde o livro é ambientado. No enredo somos apresentados à Bia Tognazzi, uma das mais conhecidas patricinhas da capital gaúcha. Sempre nas colunas sociais, vestindo grifes e pertencente a uma família tradicional - e milionária - ela faz o que bem entende, tem todos os homens aos seus pés mas acha que nenhum deles é bom o suficiente.
Apesar de todo o luxo e glamour Bia se parece bem mais com a plebe que abomina do que gostaria de admitir. É preconceituosa, ambiciosa, faz tudo o que pode e o que parece não poder também para chegar aos seus objetivos, mesmo que para isso tenha que partir corações, chantagear, enganar e até mesmo começar a matar. Isso mesmo, descendo do salto, ela se envolve em crimes sem evidências, onde todas as provas estão no fundo do rio Guaíba.
Ana Cristina é inteligentíssima, tem um humor refinado e nem sempre escancarado, mas mesmo assim é possível dar boas risadas com a trama. Moinhos de Sangue é um livro que mostra as futilidades da vida em sociedade, e os preconceitos que todos nós carregamos, de uma forma discreta, mas com humor. O relacionamento de Bia com Ualdisnei, o filho da empregada que se tornou delegado, é um exemplo muito bom disto, ela, uma mulher rica, jamais poderia se envolver com alguém de classe inferior, mas ambos nutrem uma paixão um pelo outro, mesmo que Bia tente esconder. É engraçado ainda ficar abismado com as atitudes que a personagem decide tomar, mas que para ela fazem todo o sentido do mundo.
Este é definitivamente um livro muito bom, para ricos e pobres não importa o nível.

Para conferir a entrevista que fiz com a autora, clique aqui.
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fora do Ar

 Este post é só para avisar que vou ficar sem postar nada nessa semana e na próxima devido à uma lesão no ombro, como a fisioterapia tá puxada não vou arriscar, estou evitando ao máximo ficar no pc, mas assim que estiver melhor vou voltar com muitas novidades! Obrigada pela compreensão!

Pra não perder a viagem vai este videozinho que eu já tinha há algum tempo, Mr. Bean e a Biblioteca.
#Euri
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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado

de Ana Beatriz Barbosa Silva (Editora Fontanar)


Este é um tipo de livro obrigatório para se viver em sociedade. Acho que autora acertou no assunto e em sua abordagem dele, já que a maioria das pessoas se interessa em saber mais sobre os psicopatas e o os riscos que corremos ao nos relacionarmos com eles, mas esta é geralmente uma leitura cansativa e cheia de termos técnicos, que não nos agrada, não é o caso desta.
O tema é fascinante, além de necessário e Ana Beatriz soube conduzir com muita clareza, de forma objetiva, bem elucidativa mesmo. No livro a psiquiatra também analisa alguns casos, conhecidos e desconhecidos do público, em que o criminoso tem as características de um psicopata, mas avisa que somente um exame mais minucioso, claro, poderia confirmar isso. Ela usa esses casos como um exemplo do que um psicopata pode fazer para se tentar satisfazer suas vontades, doa a quem doer.
Todo o livro é de fácil compreensão, e as expressões são simples, para nos explicar o real impacto que um psicopata pode causar. As pessoas que carregam este distúrbio não estão apenas atrás das celas, esta é a verdade principal revelada neste livro, nem todo psicopata é um assassino, um serial killer. A grande maioria deles está aqui, vivendo normalmente, comprando cafezinho, pegando ônibus, na fila do banco. E não temos nem ideia de que existam pessoas tão frias e insensíveis por aí, mentindo, enganando, aplicando golpes, caçando em sociedade.
É assustador descobrir que estas pessoas tão doentes possam estar perto da gente, trabalhando na mesma empresa, por exemplo. A autora, além de exemplificar com casos reais todas as situações em que os psicopatas podem nos afetar, deixa uma lista de defesa explicando como agir ao ser forçado a conviver com um destes seres humanos sem consciência.
No geral achei o livro muito bom, com muita informação verídica e realmente útil (algo raro nestes dias), e de uma simplicidade espantosa. De qualquer modo, um grande livro.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Os Livros que Mais Prejudicaram a Humanidade

Teóricos equivocados podem causar grandes prejuízos. Já tivemos livros que incentivavam a matança de mulheres consideradas bruxas, defendiam a inferioridade de certas nacionalidades, diziam que as mulheres eram menos inteligentes que os homens.

Confiram a lista dos 7 livros que mais prejudicaram a humanidade.
1- “L’uomo delinqüente” (O homem delinquente), Cesare Lombroso, 1876
O médico e cientista italiano Cesare Lombroso defende, nesse livro, a teoria de que certas pessoas nasceram para ser criminosas e que isso é determinado por características físicas, como nariz adunco e testa fina, traços típicos dos judeus. A obra fez muito sucesso e influenciou o direito penal no mundo todo. Mas o problema maior foi que a obra também reforçou várias teorias racistas – principalmente o anti-semitismo nazista. O detalhe é que o próprio autor era judeu e sua intenção era simplesmente ajudar a ciência penal e jurídica. Atualmente, a teoria caiu no descrédito. Mas, mesmo assim, ainda há quem a defenda (sempre tem, né?).

2- “Mein Kampf” (Minha Luta), Adolf Hitler, 1925
O livro de Hitler tem, na verdade, 2 volumes. O primeiro foi escrito quando ele tinha 35 anos e estava preso por causa de uma tentativa de golpe de estado mal-sucedida. O segundo, inédito no Brasil, foi escrito já fora da prisão. O livro se destacou pelo racismo e anti-semitismo do autor, que via o judaísmo e o comunismo como grandes males e ameaças do mundo – o autor pretendia erradicar ambos da face da terra. A obra revela o desejo de transformar a Alemanha num novo tipo de Estado que abrigasse a raça pura ariana e que o tivesse como um líder de grandes poderes. Era um aviso para o mundo, mas na época ninguém de fora da Alemanha deu muita bola. Mein Kampf ainda hoje influencia os neonazistas (FDP's).

3- “A inferioridade intelectual da mulher”, Carl Moebius, século 19.
Psicólogo influente em meados do século 19, Moebius escreveu esse livro seguindo idéias já bastante disseminadas desde a época de Platão e Aristóteles e defendia a inferioridade feminina e a restrição dos seus direitos. Usando pesquisas e tabelas pseudo-científicas, ele comparou o desempenho feminino em determinadas áreas intelectuais quando em disputa com homens (em um teste parecido com o vestibular de hoje). Pensadores antifeministas citavam essa obra para apoiar teses de que as mulheres não deveriam ter uma série de direitos por serem “inferiores intelectualmente”.

4- “O martelo das bruxas” ou “Malleus Maleficarum”, Jacob Sprenger, 1485
Manual de caça às bruxas que levou muita gente à fogueira, o livro foi muito influente entre as igrejas católica e protestante. Jacob Sprenger indicou uma série de procedimentos para a identificação das bruxas: se a mulher tivesse uma convivência maior com gatos, por exemplo, já era suspeita. A obra foi responsável por quase 150 anos de matança indiscriminada de mulheres. A onda só passou depois que o método científico começou a prevalecer sobre a crença religiosa cega, a partir da publicação dos estudos de Isaac Newton. Com o pessoal discutindo assuntos científicos, pegava mal ficar caçando bruxa.

5- “Essai sur l’inégalité des races humaines” (Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas), Joseph Gobineau, 1855
O livro do cientista social Gobineau virou referência obrigatória para aqueles que defendem a superioridade de algumas raças sobre as outras. O autor desempenhou por um bom tempo cargo diplomático na corte de D. Pedro II e achava o Brasil “uó” por ter tanta miscigenação. Segundo ele, a miscigenação degenera as sociedades porque piora as supostas limitações das raças inferiores (as não-brancas, para ele). A obra passou a ser usada para sustentar a legitimidade do tráfico negreiro. Sua tese foi tão aceita que até hoje existem alguns cientistas que mantém a crença na superioridade de algumas raças.

6- ” The Man Versus the State ” (O Indivíduo Contra o Estado), Herbert Spencer, 1884
Embora alguns digam que essa é uma leitura injusta do livro, ele foi utilizado para a defesa do capitalismo selvagem no século 19, principalmente nos EUA. Spencer defende que, assim como ocorre na natureza, nas sociedades humanas também prevalecem os mais aptos. Isso quer dizer que os ricos e poderosos são assim porque estão mais preparados que os pobres. O livro passou a ser usado, então, para justificar a falta de ética nas relações comerciais, com a destruição implacável da concorrência, a busca incessante por riquezas e o pouco caso com os pobres.

7- The Seduction of the Innocent (“A sedução dos inocentes”), Frederic Wertham, 1954
Ok que o livro não gerou nenhuma atrocidade, mas ajudou a disseminar ideias equivocadas a respeito de uma coisa que a gente gosta: quadrinhos. No livro, o psiquiatra alemão-americano Werthan forjou argumentos para atribuir às HQs o papel de culpadas por casos de delinquência, abandono dos estudos e homossexualidade entre crianças e adolescentes. O livro foi lançado numa época em que as HQs eram um dos gêneros de leitura mais consumidos nos EUA e até o governo pensou em proibi-los (naquele tempo, rolava uma preocupação imensa nos EUA de que os jovens estivessem sendo corrompidos por idéias comunistas). Para evitar isso, as editoras lançaram o Comics Code Authority – um código de autocensura que ainda existe e que seria um indicativo de que o material publicado não iria degenerar os jovens.

* Não foram incluídos livros mal interpretados, ok?
Não estão nessa lista os livros que foram simplesmente mal interpretados. A Bíblia é um exemplo disso. O professor de filosofia da UNESP Jézio Gutierre acha que o caso com “O Capital”, de Karl Marx, também tem a ver com interpretações equivocadas. “Esse livro é um grito ético humanista e tem todas as características para ser um livro anti-atrocidade”, explica. Para ele, portanto, não se pode atribuir a essa obra os massacres que governantes socialistas promoveram.
** Fontes: Lincoln Ferreira Secco (USP), Jézio Hernani Bomfim Gutierre (UNESP), Márcio dos Santos Rodrigues ( UFMG), Adriana Romeiro (UFMG)

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ler Devia Ser Proibido - Campanha de Incentivo à Leitura

Fazendo um trabalho da disciplina de Teoria da Comunicação, eu procurava videos sobra a leitura, e encontrei esta campanha maravilhosa, idealizada e produzida por alunos do do curso de Publicidade e Propaganda da UNIFACS - Universidade de Salvador.


Pensando bem, eu acho que ler devia ser proibido!
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

As Crônicas de Spiderwick - O Guia de Campo

de Holly Black e Tony DiTerlizzi (Editora Rocco)


O livro conta a história da família Grace que se muda para uma nova casa, um casarão vitoriano meio abandonado, de uma tia que ficou louca. Os irmãos gêmeos Jared e Simon e a irmã Mallory não estão exatamente felizes coma nova casa e a nova cidade. E Jared tem arranjado alguns problemas, pois não aceitou a separação dos pais.
Na casa nova, coisas estranhas começam a acontecer, os irmãos ouvem barulhos atrás das paredes, a irmã tem os cabelos amarrados à cama, entre outros. Em uma sala com entrada secreta, eles descobrem um livro sobre criaturas fantásticas que afirma que elas vivem junto das pessoas. E eles acham que uma destas criaturas pode estar aprontando com eles.
A história é bem infanto-juvenil, divertida e leve de ler, e mesmo assim não dá vontade de parar. O livro é curtinho, mais como se fosse um capítulo, ou uma introdução. As ilustrações são lindíssimas, e me lembraram bastante do filme, que é bem parecido visualmente com o estilo dos autores. Agora quero ler os outros quatro da série!
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