de Amanda Grange (Sourcebooks, Inc)
Um dos heróis mais amados de Jane Austen, Mr. George Knightley tem características superiores até mesmo ao famoso Mr. Darcy de Orgulho e Preconceito. Mas em Emma os sentimentos são diferentes, e como ela demora tanto tempo para perceber que se apaixonou pelo seu melhor amigo, você se pergunta desde quando Knightley sabia que estava apaixonado pela Senhorita Woodhouse.
Amanda Grande nos presenteia então com a visão que toda leitora de Jane Austen sempre quis, a do mocinho da história. Em seu diário, separado por meses, George descreve seus dias e suas relações com o povo na vizinhança em Surrey. A história começa no mesmo ponto de Emma, quando o Senhor Weston se casa com Miss Taylor, governanta de Hartfield, propriedade dos Woodhouse. Emma se acha responsável pela união e decide que vai ser a casamenteira da vila.
George visita o irmão em Londres, e a cunhada Isabela, irmã de Emma e conta as novidades da região ao casal. A rotina de Knightley é bem organizada para que ele possa gerir toda a sua propriedade e ainda ter tempo de visitar o irmão e ir jantar quase todos os dias com o Senhor Woodhouse e fazer-lhe companhia.
O estilo de Amanda Grange lembra muito o estilo da própria Austen, o que dá um tom verídico a narrativa. Os fatos do diário são muito fiéis a tudo que acontece no romance em si, exceto que podemos ver outros lados da história, como a família em Londres, dominada pela personalidade de John Knightley, que diverte o leitor, mas acaba tendo pouco espaço em Emma. Outra família que aparece mais é a do fazendeiro Mr. Martin, pretendente de Harriet, e que acaba sendo dispensado pela influência de Emma.
Durante a narrativa é bem fácil perceber a influência de Emma na vida de Knightley e o quanto ele anseia por encontra-la todos os dias, e quanto ele fica frustrado quando os dois não podem conversar. Ele ainda não percebeu o que é este sentimento, mas quando o descreve é impossível não entender o que já se passa. A raiva que ele sente dos más decisões de sua amiga divertem e dão a dimensão exata das ações de Emma.
O livro que na minha opinião já devia ter uma edição em português é de um inglês intermediário, algumas palavras são mais complicadas e o estilo lembra um pouco o de Jane Austen, por seu um livro de época, então não é recomendável para leitores de inglês de nível iniciante.
Acho que a autora tem muita coragem de desenvolver uma história desta pretensão, e principalmente por mirar tão alto e acertar o alvo. Porque é impossível não se deleitar com todas as cenas clássicas de Emma, dos jantares, as visitas, a viagem até BoxHill e a colheita de morangos em Downwell, sabendo o que Knightley estava pensando e sentindo em cada uma destas ocasiões. E mais, o final tem mais cenas do que o romance original, mas isso fica para quem ler o diário.
Um dos heróis mais amados de Jane Austen, Mr. George Knightley tem características superiores até mesmo ao famoso Mr. Darcy de Orgulho e Preconceito. Mas em Emma os sentimentos são diferentes, e como ela demora tanto tempo para perceber que se apaixonou pelo seu melhor amigo, você se pergunta desde quando Knightley sabia que estava apaixonado pela Senhorita Woodhouse.
Amanda Grande nos presenteia então com a visão que toda leitora de Jane Austen sempre quis, a do mocinho da história. Em seu diário, separado por meses, George descreve seus dias e suas relações com o povo na vizinhança em Surrey. A história começa no mesmo ponto de Emma, quando o Senhor Weston se casa com Miss Taylor, governanta de Hartfield, propriedade dos Woodhouse. Emma se acha responsável pela união e decide que vai ser a casamenteira da vila.
George visita o irmão em Londres, e a cunhada Isabela, irmã de Emma e conta as novidades da região ao casal. A rotina de Knightley é bem organizada para que ele possa gerir toda a sua propriedade e ainda ter tempo de visitar o irmão e ir jantar quase todos os dias com o Senhor Woodhouse e fazer-lhe companhia.
O estilo de Amanda Grange lembra muito o estilo da própria Austen, o que dá um tom verídico a narrativa. Os fatos do diário são muito fiéis a tudo que acontece no romance em si, exceto que podemos ver outros lados da história, como a família em Londres, dominada pela personalidade de John Knightley, que diverte o leitor, mas acaba tendo pouco espaço em Emma. Outra família que aparece mais é a do fazendeiro Mr. Martin, pretendente de Harriet, e que acaba sendo dispensado pela influência de Emma.
Durante a narrativa é bem fácil perceber a influência de Emma na vida de Knightley e o quanto ele anseia por encontra-la todos os dias, e quanto ele fica frustrado quando os dois não podem conversar. Ele ainda não percebeu o que é este sentimento, mas quando o descreve é impossível não entender o que já se passa. A raiva que ele sente dos más decisões de sua amiga divertem e dão a dimensão exata das ações de Emma.
O livro que na minha opinião já devia ter uma edição em português é de um inglês intermediário, algumas palavras são mais complicadas e o estilo lembra um pouco o de Jane Austen, por seu um livro de época, então não é recomendável para leitores de inglês de nível iniciante.
Acho que a autora tem muita coragem de desenvolver uma história desta pretensão, e principalmente por mirar tão alto e acertar o alvo. Porque é impossível não se deleitar com todas as cenas clássicas de Emma, dos jantares, as visitas, a viagem até BoxHill e a colheita de morangos em Downwell, sabendo o que Knightley estava pensando e sentindo em cada uma destas ocasiões. E mais, o final tem mais cenas do que o romance original, mas isso fica para quem ler o diário.
Nunca leu Emma? Assista o trailer da série adaptação da BBC com Romola Garai e Jonny Lee Miller:
0 comentários:
Postar um comentário