de Keri Smith (Editora Intrínseca)
Um livro que pede para ser destruído, e vai contra o instinto de todos os leitores, pessoas civilizadas e que tem zelo pela propriedade. No entanto, um dos maiores sucessos editoriais de 2014 (e que ainda vendeu horrores em 2015), Destrua Este Diário é quase uma experiência social impressa, que divide as pessoas entre as que conseguem e as que não conseguem destruir a porcaria do livro.
Não me entenda mal, comprei um com meu próprio dinheiro, fiz postagens na internet, alardeei e destruí (não totalmente). Mas conheço mais pessoas que compraram, ou ganharam o volume e não conseguiram fazer as tarefas pedidas do que pessoas que realmente detonaram as páginas.
Acho que isso diz muito sobre a nossa sociedade, que é capaz que destruir o mundo inteiro, mas não consegue pegar um pedaço de papel e molhar/rasgar/cortar. Acho que a ideia de Keri Smith é válida porque sempre para cada um se libertar desta mania de perfeição que assola a humanidade.
Gostei de Destruir meu Diário porque pude pensar em novas maneiras de fazê-lo. Exercitei a criatividade a acho que a experiência foi realmente válida. Mas espero que ninguém se engane: isto não é um livro, não é literatura, é um caderninho de atividades. Não deve de maneira alguma substituir um volume que você, efetivamente, lê.
Mas enfim, essa resenha está meses atrasada e só queria compartilhar que achei a experiência válida, e mostrar algumas fotos das coisas que fiz, vem ver:
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