Jane Eyre é uma menina órfã que tem por guardiã uma perversa tia, a sra. Reed, que a maltrata incessantemente. Estando na base da pirâmide social da rígida sociedade inglesa vitoriana, tudo indica que o destino de Jane está traçado e que ela terá uma vida de agruras; nem mesmo ao ser mandada para um internato consegue se ver livre da maldade alheia. Mas, apesar de sua aparente falta de graça e beleza, e de as circunstâncias conspirarem contra ela, Jane tem um forte instinto de sobrevivência, um espírito indômito e coragem.
Jane Eyre foi publicado pela primeira vez em 1847, sob o pseudônimo de Currer Bell. Com a vívida narrativa em primeira pessoa e a força da personagem-heroína, obteve sucesso instantâneo junto ao público e foi chamado de imoral e subversivo por alguns.
Ainda hoje a obra-prima gótica de Charlotte Brontë (1816-1855) divide a crítica, que vê a história da personagem desfavorecida que toma as rédeas da própria vida ora como um marco feminista, ora como um romance de formação ou ainda como uma história de amor. Jogando luz sobre a condição feminina e o papel social da mulher, este romance irresistível e sua protagonista – talvez a primeira heroína independente do romance moderno – não cessam de nos fascinar e inquietar.
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