O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter”. Foi assim que Cláudio Abramo, jornalista e um dos maiores nomes da imprensa brasileira de todos os tempos, definiu a profissão que exerceu durante boa parte da vida.
O repórter, que é além de exercer cotidianamente seu caráter, também tem uma obrigação diária com a população em reportar fatos relevantes de maneira ética e imparcial, levando em conta única e exclusivamente o bem público. Deve informar à população fatos políticos, econômicos, culturais, sociais e naturais.
A arte de reportar e de querer mudar o mundo, ou ao menos “mudar pequenos mundos”, é desejo de todos da profissão. Com essa paixão entusiasmante pelo ofício, surgiram diversas grandes reportagens que apresentaram fatos inéditos, fizeram grandes denúncias e mostraram um outro ponto de vista da sociedade.
É indispensável ler a obra Cobras e Lagartos – a verdadeira história do PCC. Escrita pelo jornalista Josmar Jozino, ganhou sua segunda edição pela Edipro. Lançado originalmente em 2005, o livro é um verdadeiro dossiê sobre o funcionamento da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Esgotado há anos nas livrarias, a edição original virou artigo de luxo em sebos.
A segunda edição foi atualizada e com um novo capítulo, no qual conta como o PCC se expandiu para além das fronteiras do Estado de São Paulo, como funcionou a ligação da facção criminosa com a máfia italiana e qual foi o destino dos fundadores e líderes do Primeiro Comando da Capital. Uma obra de peso e uma das principais referências do jornalismo policial brasileiro.
Sobre o autor: Caveirinha é o apelido adotado pelo repórter policial Josmar Jozino, que até hoje é chamado assim pelos colegas de redação – é repórter desde 1984 –, por sua aparência magra e pelo fato de que fumava mais de três maços de cigarro por dia. Nesses mais de 30 anos de jornalismo, Caveirinha acumula passagens pelas principais rádios de São Paulo como redator e editor, pela emissora de TV Record e por jornais como Folha Metropolitana de Guarulhos, Diário Popular, Diário de São Paulo, Jornal da Tarde e Agora SP. Jozino foi um dos primeiros repórteres a denunciar a existência do PCC (Primeiro Comando da Capital, uma das principais facções do crime organizado do país) e recebeu a menção honrosa do prêmio Vladimir Herzog de Anistia e de Direitos Humanos em 2000, por uma reportagem publicada no Diário Popular. Em 2005, recebeu novamente a premiação, dessa vez por esta obra, Cobras e Lagartos, na qual relata os bastidores do nascimento do PCC. Em 2008, recebeu pela terceira vez a menção honrosa do prêmio Vladimir Herzog pelo livro Casadas com o crime, que foi finalista do Prêmio Jabuti de literatura. Em 2012, publicou outro livro: Xeque-Mate – O tribunal do crime e os letais boinas pretas. Guerra sem fim. Caveirinha é graduado em Jornalismo e em História e é um apaixonado pela reportagem e pelo Corinthians.
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