sábado, 28 de setembro de 2013

Escritores brasileiros que o mundo admira

O Brasil é sempre lembrado pelo mundo afora como a terra do Carnaval, do futebol e da alegria, isso não é novidade. Talvez o que você não saiba é que o nosso país também é conhecido e apreciado pela sua literatura. Muitos escritores brasileiros estão disponíveis em outras línguas e, para incentivar ainda mais o intercâmbio, o Ministério da Cultura vem promovendo um edital para editoras internacionais interessadas em traduzir livros de autores brasileiros (só entre 2011 e 2012 foram iniciados 141 projetos). Conheça um pouco mais sobre os nossos escritores mais prestigiados no mercado internacional.

Rubem Fonseca: Desde o lançamento de seu primeiro livro de contos, “Os prisioneiros”, em 1963, Rubem Fonseca se dedicou quase que exclusivamente à literatura. É um dos autores contemporâneos mais admirados e nome máximo da literatura brutalista, corrente literária que explora o mundo da violência urbana, com crimes, mistérios policiais e exclusão social como pano de fundo. Admirado nacional e internacionalmente, Fonseca tem uma série de prêmios no currículo e seus livros estão traduzidos em vários idiomas.

Paulo Coelho: É o escritor brasileiro que mais vendeu livros em todos os tempos no Brasil e está entre os que mais venderam no mundo. Ultrapassando a marca dos 150 milhões de livros vendidos (publicados em mais de 150 países e traduzido em 69 línguas), tudo o que Paulo Coelho publica se torna best-seller quase que automaticamente. Suas histórias com toques de misticismo e esoterismo encantam um público variado de todas as gerações. Há 25 anos não sai da lista dos autores mais vendidos e está no livro dos recordes com o livro mais traduzido de todos os tempos, “O Alquimista”, disponível em 69 idiomas.

Oswald de Andrade: Idealizador do modernismo brasileiro, com Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e outros grandes nomes das artes, literatura e ciência, Oswald de Andrade escreveu romance, poesia, obras de teatro e crítica literária. Era polêmico, transgressor, crítico e defendia a criação de uma cultura própria brasileira, que respeitasse a diversidade em todas as suas formas e se soltasse das amarras da cultura erudita europeia.

Moacyr Scliar: Médico e escritor gaúcho de origem judaica, Scliar teve uma vasta produção literária escrevendo sobre temas como medicina, judaísmo, socialismo e a vida da classe média urbana. Publicou em distintos gêneros e tem mais de 70 livros lançados no Brasil, muitos dos quais republicados em cerca de 20 países. Colecionou prêmios nacionais e internacionais e segue sendo um dos escritores brasileiros mais prestigiados e vendidos no país. Alguns de seus textos foram inclusive adaptados a outros meios, como o teatro e o cinema.

Milton Hatoum: Um amazonense radicado em São Paulo, tradutor, professor e colunista de jornais, é considerado um dos maiores escritores vivos brasileiros. Sua obra mistura ficção com memórias autobiográficas de sua infância em Manaus e relatos da história oral da região, rodeada pela imensidão da selva amazônica. Recebeu muitos prêmios, e tem obras publicadas em 14 países e traduzidas para 12 idiomas.

Mário de Andrade: Ícone do movimento modernista brasileiro,
Mário liderou a Semana de Arte Moderna de 1922 junto a grandes membros da intelectualidade brasileira. Inovou ao romper com a tradição literária, como em “Pauliceia desvairada”, que narra a história de São Paulo em versos livres, cheios de neologismos. Revolucionou a literatura brasileira com sua crítica ácida. Boa parte de sua produção literária está traduzida nos principais idiomas.

Machado de Assis: Joaquim Maria Machado de Assis é um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e o primeiro ocupante da cadeira 23. De origem humilde, Machado de Assis não teve acesso à educação formal e estudava como podia, mas aos 15 anos já estava publicando seu primeiro soneto. Escreveu em vários jornais e revistas da época, mas publicou seu primeiro livro, somente em 1861. Suas obras mais famosas, "Memórias póstumas de Brás Cubas" e "Dom Casmurro", foram traduzidas para mais de dez línguas.

Jorge Amado: É o grande narrador da Bahia. Boa parte de sua obra se passa em cenários e contextos baianos em suas diferentes formas e cores. Formado em direito, nunca exerceu a profissão, mas se envolveu com a política. Foi deputado pelo partido comunista e em três ocasiões teve que se exilar em outros países. É um dos autores brasileiros mais premiados aqui e no exterior, com obras traduzidas em 55 países e em 49 línguas distintas. Muitos de seus livros foram levados ao teatro, televisão e cinema, como "Tieta" e "Dona Flor e seus dois maridos".

Guimarães Rosa: Guimarães Rosa foi médico e diplomata, mas acima de tudo era um escritor. Com pouco mais de 20 anos escreveu seus primeiros contos. Estudou medicina, se formou, mas abandonou a profissão pois não suportava ver o sofrimento da população carente que atendia e por culpa da falta de infraestrutura das cidades do interior. Como diplomata, viajou por muitos anos e ao regressar ao país passou a estudar a vida sertaneja, seus gostos, hábitos e costumes, o que o inspirou a escrever vários livros, com destaque para "Grande sertão: Veredas", sua obra-prima traduzida em francês, inglês, italiano, alemão, entre outros.

Graciliano Ramos: Tinha vocação para a literatura desde jovem, mas desenvolveu seu talento como cronista em jornais. Envolveu-se com política, foi preso em 1937 – momento que o inspirou a escrever "Memórias do cárcere" –, mas não deixava de escrever, às vezes sob pseudônimos por medo da repressão. Seu romance mais famoso, "Vidas secas", que trata do sofrimento de retirantes vítimas da seca no Nordeste, foi publicado em 21 países e há muitos anos é leitura obrigatória dos principais vestibulares do país por sua importância literária e como retrato de uma triste face da realidade brasileira.

Clarice Lispector: Nascida na Ucrânia, Clarice chegou ao Recife aos dois anos de idade, em 1922, onde ainda muito jovem começou a escrever. Publicou seu primeiro livro, "Perto do coração selvagem", aos 23 anos; o premiado romance não tardou em ser traduzido para o francês. Dividia seu tempo entre a literatura e o jornalismo, tendo trabalhado para importantes jornais e revistas. Clarice sempre esteve muito presente na cena literária internacional participando de congressos, feiras de literatura e afins e, mesmo após sua morte aos 57 anos vítima de câncer, sua obra continuou viajando pelo Brasil e pelo mundo.

Chico Buarque: Francisco Buarque de Holanda é um artista múltiplo. Cantor, compositor, dramaturgo e escritor, Chico primeiro se destacou na música para depois conquistar os teatros e livrarias brasileiras. Dono de uma extensa obra musical, Chico é um amante da palavra. Seja em suas composições ou em seus livros, trabalha como um artesão, com delicadeza e maestria. Seus livros mais recentes, "Budapeste" e "Leite derramado", fizeram sucesso dentro e fora do país: foram publicados em diversos idiomas e colecionam prêmios.

Carlos Drummond de Andrade: Mineiro de Itabira, Drummond de Andrade é quase uma unanimidade quando se fala nos maiores escritores brasileiros. Comprometido com a realidade social, mas também profundo conhecedor da alma humana, escreveu poemas, contos, crônicas e também atuou como tradutor. Dono de uma extensa produção literária, com 50 livros publicados, o poeta conquistou público e crítica com seu estilo único. Drummond teve boa parte de sua obra traduzida a outros idiomas, como alemão, espanhol, francês, italiano e inglês.

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