Batman tem duas identidades: sua persona fantasiada e combatente do crime e sua identidade de todo dia como o bilionário Bruce Wayne, certo? Ou talvez não seja assim tão simples, como mostra o critico literário e fã assumido do super-herói, Glen Weldon, no novo livro da Editora Pixel, A cruzada mascarada – Batman e o nascimento da cultura nerd.
Desde a sua criação, Batman já desempenhou diversos papeis: um detetive, uma sensação pop-art, um espião e um ninja sombrio da noite urbana. Por mais de três quartos de século, o status do personagem circulou entre luz e escuridão, assumindo vários significados e falando sobre quem somos e como queremos ser vistos pelo mundo. É essa qualidade mutável que o tornou tão duradouro.
É a essência nerd fundamental de Batman – com seus gadgets, sua obsessão, seu julgamento e até mesmo sua falta de superpoderes – que ressoa de maneira única com seus fãs que sentem uma admiração pelo espírito obstinado e protetor do personagem. Hoje, alimentada pela internet, essa paixão pelos elementos da cultura popular está em toda parte, fazendo do Batman prisma incontestável para entender a cultura geek, sua popularidade atual e seu significado social.
Em A cruzada mascarada – Batman e o nascimento da cultura nerd, Glenn Weldon retrata de forma bem humorada o surgimento do homem-morcego e os diversos conceitos que o personagem assumiu ao longo de sua existência de 78 anos, desde sua criação como plágio de O Sombra, passando pelos heróis de Adam West, Denny O’Neil e Neal Adams, e Joel Schumacher, chegando ao Batman atual de Christopher Nolan.
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