segunda-feira, 28 de maio de 2018

Edipro publica um dos primeiros manifestos feministas


A história do feminismo é recente, começa no século XIX e ganha força no século XX. Os movimentos que o cercam custam a ter voz, e cada vez mais lutam por seus direitos e para mostrar o papel feminino na sociedade. Um clássico da literatura, Herland – A Terra das Mulheres deixa uma importante marca nesta mobilização. Um século depois da primeira publicação, o selo Via Leitura, da Edipro, traz uma nova edição de um dos primeiros manifestos feministas. 

Incentivada pela proposta, a Edipro apostou em uma equipe inteiramente feminina para a produção desta obra. Desde a edição do texto, passando pela produção, revisão, diagramação, capa e divulgação, apenas mulheres foram envolvidas no projeto. O prefácio é de Juliana Gomes, coordenadora do Leia Mulheres (projeto de promoção da literatura feita por mulheres, inspirado pela escritora inglesa Joanna Walsh). Com isso, a Edipro busca emular a inspiração inicial da autora Charlotte Perkins Gilman. 

Publicada pela primeira vez em 1915, Herland descreve uma sociedade formada unicamente por mulheres que vivem livres de conflitos e de dominação. A história é narrada por um estudante de sociologia que, com o auxílio de dois companheiros, chega ao lendário país dominado por mulheres. As diferentes visões dos três exploradores logo entrarão em conflito com a organização social utópica que terão de confrontar. 

Herland subverte questões como a definição de gênero, a maternidade e o senso de individualidade. Gilman, nesta obra, cria uma narrativa revolucionária e dá uma importante contribuição às discussões sociológicas sobre os papéis masculino e feminino em sociedades de qualquer época.

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