Ela está na imaginação dos cineastas, pintores, historiadores e músicos, porém a rainha de Sabá tem sua história pouco contada nas em livros de ensino. Já foi personagem de carnaval (Salgueiro, 2018 e Vai-Vai, 2019), na música Raízes da Negra Li e na obra da cientista social Johanna S. P. Ferreira, Os Rios da Vida.
A rainha era soberana do antigo Reino de Sabá, reino mais poderoso da Arábia Feliz, que ficava entre os territórios da Etiópia e do Iémen. Descrita em uma passagem da Bíblia e da Torá, atualmente foi comprovada a existência da rainha Saba, segundo estudos pela Universidade de Harvard, por meio de pesquisas genéticas. Ainda, arqueólogos alemães encontraram escombros do palácio da rainha, localizado em Axum (Etiópia).
Na obra Os Rios da Vida, Johanna conta do encontro da rainha de Sabá com o rei Salomão. Curiosa, a etíope sabia da fama intelectual do rei e resolveu conhece-lo. Marcada a visita, a rainha pediu que ele não a tomasse a força, como era o costume, e ele impôs a condição que ela não pegasse nada que não lhe fosse oferecido ou não fosse permitido durante a estadia.
Após um banquete com muitas especiarias e pimenta, ela se serve de um copo de água em seu quarto e é surpreendida pelo rei acusando-a da quebra do trato. A rainha se desculpou e eles dormiram juntos.
Essa é uma história que nunca foi comprovada, mas estudos científicos vem cada vez mais provando a sua existência. Mito ou realidade, não sabemos, mas o que é divino de explorar são os magníficos causos que inspira tanta gente com as lições.
Sobre o livro: Da queda de Constantinopla aos indígenas do Xingu uma mãe percorre inúmeros caminhos pela história do Brasil e do mundo ao tentar responder duas perguntas feitas por seus filhos. Suas conexões os levam a mundos muito antigos e ao mesmo tempo atuais. Ela discorre sobre o embate entre muçulmanos e cristãos; sobre personagens importantes como o persa Ciro, o Grande, pioneiro em defender os direitos humanos e sobre uma misteriosa santa, cuja morte pode ter influenciado o inconsciente coletivo da humanidade. Quem não gostaria de entender o presente? Por que o povo armênio foi importante na História? O que os fenícios criaram?
Para se compreender o que valorizamos hoje é preciso olhar o passado, debruçar-se sobre ele, desvendá-lo. Exatamente o que essa mãe decidiu fazer ao instigar seus filhos a explorarem juntos a História.
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