Johann Wolfgang von Goethe explorou sua grande afeição à natureza e botânica, que não são de conhecimento de todos, chegando inclusive a se dedicar intensamente a ela durante a vida e na própria literatura. Em “Metamorfose das plantas” publicada pela Edipro, publicado em 1790, foi onde o autor e estadista alemão deu vida a seus estudos científicos e minuciosos sobre a natureza como parte de um todo, que não foram aceitos em sua época, e retomados por Rudolf Stein cerca de um século depois da publicação.
Em sua teoria, Johann Wolfgang von Goethe apresenta a ideia de que todas as estruturas botânicas são de um único órgão basal, ou seja, todas os vegetais compartilham de uma mesma estrutura ancestral, mas que em determinadas condições se desenvolvem de maneira diversa. Estudou ainda anteriormente anatomia, física e mineralogia, o que fizeram parte também dos seus estudos.
Além de suas ideias, a sua apresentação é também inovadora ao entender o pensamento científico e a elaboração abstrata como parte de um só, já que todos seus escritos sobre a temática permeiam a ideia dupla entre arquétipos e metamorfose, sendo essa segunda elevada em um sentido espiritual/metafísico.
Goethe, portanto, revolucionou o pensamento científico e principalmente filosófico de sua geração, marca e inspira a todos os vieram após ele. Ao leitor, o estatista traz uma análise fenomenológica que entende a subjetividade de quem observa.
A tradução desta edição da Edipro foi feita direto do alemão, por Fábio Mascarenhas Nolasco, doutor em Filosofia na UNICAMP e estudioso dos autores Descartes, Leibniz, Kant, Hegel e Husserl, estabelecendo sempre em seus estudos, pontos de conflito entre filosofia e ciência do século XVII ao XX.
Sobre o autor: Johann Wolfgang Von Goethe (1749-1832) foi o maior nome do Romantismo europeu, tendo alcançado a fama já aos 21 anos, ao publicar Os sofrimentos do jovem Wether. Em uma época em que poucos autores conseguiam sobreviver apenas de seus textos, profissionalizou-se na produção de romances, peças de teatro, poemas e ensaios. Formado em direito, em Estrasburgo, foi ministro de Weimar durante o grão-ducado de Carlos Augusto, além de desenvolver pesquisas científicas em ciências naturais, principalmente nas áreas de geologia, botânica e osteologia. Morreu em Weimar, aos 82 anos, dois anos após concluir sua obra prima: Fausto – trabalho que lhe tomou 16 anos de produção.
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