quarta-feira, 26 de junho de 2019

Escritor gaúcho faz 80 anos e lança quarto livro da carreira


No quarto livro da jornada existencial de Inocêncio, o personagem principal do escritor Valdi Ercolani, de 80 anos, continua seu longo processo de autodescoberta, questionando o absurdo das realidades e examinando o paradoxo das relações entre os homens. Chamado à aventura de viver, 'Inocêncio em busca do grande Homem', obra a ser lançada pela Selene Editora no dia 24 de maio, das 18 às 19 horas, no Memorial Casa João Goulart (Rua Felix da Cunha, Centro, São Borja), segue uma rota para surpreender o leitor com uma trajetória de crescimento espiritual.


O ponto de partida da história com 265 páginas ocorre em um momento muito significativo da história do Brasil, com as dificuldades que o presidente João Goulart enfrentava nas relações Brasil-Estados Unidos em 1963, a sua deposição pelas Forças Armadas em 1964 e a perseguição implacável dos órgãos de repressão contra os opositores do governo militar.

Inocêncio entra num estado de perturbação quando percebe que esta nova visão de mundo se mostra contrária à verdade que lhe foi ensinada. Passa a enfrentar situações que trazem problemas éticos, que dizem respeito às suas escolhas, as quais exigem um juízo de valor entre o que é considerado o bem e o mal, o certo e o errado.

Mas as informações registradas na infância não se apagam da memória. Aquilo que o avô ensinara, transformou-se numa semente que germinou oculta durante anos, até vir à luz na maturidade. “Inocêncio, já tens provisões o bastante para ir em busca do grande Homem, a fim de que um dia tu possas ser livre e governar a ti mesmo”, disse o avô, na véspera de sua morte.

Quem é o grande Homem?, questiona Inocêncio, permitindo que seus pensamentos vagueiem em busca de uma resposta. É aquele que age seguindo as normas da justiça e da moral? Um tirano cruel? Quem comeu muito e cresceu de tamanho? Quais são seus atributos? Onde encontrá-lo? Como entender sua grandeza?

Inocêncio reflete sobre sua vivência no Brasil e depois nos Estados Unidos da América, países jovens, com pouco mais de 500 anos, onde não conseguiu distinguir com clareza quais são as qualidades de um grande Homem. Pensa, então, no Velho Continente, berço de grandes pensadores, uma civilização superior, que ocultaria um saber milenar, uma cultura mais avançada do que o nosso ainda imaturo continente.

Disposto a sacrificar suas ilusões para poder crescer e aprender, Inocêncio decide partir para a Europa em busca do grande Homem, esperando que um dia ele possa ser livre e governar a si mesmo.

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