de Humberto Trezzi (Editora Geração Editorial)
Os tiros zumbindo sobre a cabeça. O som das explosões de bombas e morteiros. Uma arma apontada e engatilhada. Como manter a calma e o profissionalismo em tais situações? Estas são perguntas respondidas pelo jornalista gaúcho Humberto Trezzi em seu livro Em Terreno Minado: aventuras de um repórter brasileiro em áreas de guerra e conflito. No volume de 343 páginas lançado pela Editora Geração Editorial, Trezzi conta um pouco de suas experiências em campo, dividindo o livro em quatro partes: conflitos, catástrofes, rebeliões políticas e crime organizado.
Seu estilo de escrita impecável como jornalista se mostra ainda melhor quando aplicado ao livro, com mais desenvolvimento, mais espaço para contar suas emoções, sensações e pensamentos durante o curso de cada ação. De todas as suas experiências impressionantes, marcam os momentos em que o repórter esteve em maior perigo. Na Líbia ganhou uma retina descolada. Em Angola adentrou um campo minado. Ficou na mira de traficantes em uma favela do Rio de Janeiro.
Apesar de correr grandes riscos em nome das matérias, Humberto Trezzi conta dois diferenciais para sua segurança. O primeiro é o seu treinamento, cursos voltados para jornalistas e ministrados pelo exército em vários locais, que ensina como se portar em situações de conflito. E ainda um valor muito importante, manter o bom senso e tentar controlar sua própria situação, sempre ter um plano. De maneira geral, ele se expõe ao perigo, mas toma medidas para garantir sua integridade. No livro ele até mesmo cita o caso do jornalista Tim Lopes, morto por traficantes no Rio de Janeiro, depois de cometer muitos erros na execução de sua investigação.
Uma das surpresas mais agradáveis da narrativa com certeza diz respeito a relação de Trezzi com suas pautas. Com tantas mortes ocorrendo nos lugares por onde passou, era de se esperar que ele ficasse mais ou menos indiferente aos cadáveres. Mas ele jamais perde sua humanidade. Mesmo quando ala de criminosos, pessoas que morreram segurando uma arma, cometendo um crime, ele descreve estas pessoas como seres humanos.
A edição do livro tem uma capa muito bonita, ilustrada pelas fotos do jornalista nos lugares em que visitou. Muitas delas estão no interior do livro, ilustrando as matérias e dando face às pessoas da narrativa. Um complemento muito bem vindo, já que foram dosadas para ilustrar o acontecido sem ocupar muito espaço.
Visitando diversos países, Humberto Trezzi mostra um pouco da cultura de cada lugar, juntamente com sua experiência nestes locais. Mas fica evidente que as reportagens em solo nacional são as que mais o emocionaram, para produzir, e também no modo como as escreveu. As passagens mais emocionantes contam sobre os deslizamentos em Santa Catarina, com descrições de famílias que perderam tudo. As frases são colocadas de forma a mostrar a real situação destas pessoas, com uma emoção e empatia visíveis a cada sentença.
Sua qualidade humana torna suas reportagens ainda mais interessantes. Sua evidente vontade por ver mais, descobrir e contar o que viu, torna este livro um deleite para qualquer estudante de jornalismo, assim como os já formados, e aqueles que exercem a profissão há muitos anos. O modus operandi de cada caso interessa ainda aqueles que não tem interesse no jornalismo além de como espectadores ou leitores. Um livro para guardar e reler, servir de guia e inspiração, e acima de tudo, páginas para aprender as lições já aprendidas durante a carreira de um jornalista que preza, acima de tudo, pela reportagem.
Os tiros zumbindo sobre a cabeça. O som das explosões de bombas e morteiros. Uma arma apontada e engatilhada. Como manter a calma e o profissionalismo em tais situações? Estas são perguntas respondidas pelo jornalista gaúcho Humberto Trezzi em seu livro Em Terreno Minado: aventuras de um repórter brasileiro em áreas de guerra e conflito. No volume de 343 páginas lançado pela Editora Geração Editorial, Trezzi conta um pouco de suas experiências em campo, dividindo o livro em quatro partes: conflitos, catástrofes, rebeliões políticas e crime organizado.
Seu estilo de escrita impecável como jornalista se mostra ainda melhor quando aplicado ao livro, com mais desenvolvimento, mais espaço para contar suas emoções, sensações e pensamentos durante o curso de cada ação. De todas as suas experiências impressionantes, marcam os momentos em que o repórter esteve em maior perigo. Na Líbia ganhou uma retina descolada. Em Angola adentrou um campo minado. Ficou na mira de traficantes em uma favela do Rio de Janeiro.
Apesar de correr grandes riscos em nome das matérias, Humberto Trezzi conta dois diferenciais para sua segurança. O primeiro é o seu treinamento, cursos voltados para jornalistas e ministrados pelo exército em vários locais, que ensina como se portar em situações de conflito. E ainda um valor muito importante, manter o bom senso e tentar controlar sua própria situação, sempre ter um plano. De maneira geral, ele se expõe ao perigo, mas toma medidas para garantir sua integridade. No livro ele até mesmo cita o caso do jornalista Tim Lopes, morto por traficantes no Rio de Janeiro, depois de cometer muitos erros na execução de sua investigação.
Uma das surpresas mais agradáveis da narrativa com certeza diz respeito a relação de Trezzi com suas pautas. Com tantas mortes ocorrendo nos lugares por onde passou, era de se esperar que ele ficasse mais ou menos indiferente aos cadáveres. Mas ele jamais perde sua humanidade. Mesmo quando ala de criminosos, pessoas que morreram segurando uma arma, cometendo um crime, ele descreve estas pessoas como seres humanos.
A edição do livro tem uma capa muito bonita, ilustrada pelas fotos do jornalista nos lugares em que visitou. Muitas delas estão no interior do livro, ilustrando as matérias e dando face às pessoas da narrativa. Um complemento muito bem vindo, já que foram dosadas para ilustrar o acontecido sem ocupar muito espaço.
Visitando diversos países, Humberto Trezzi mostra um pouco da cultura de cada lugar, juntamente com sua experiência nestes locais. Mas fica evidente que as reportagens em solo nacional são as que mais o emocionaram, para produzir, e também no modo como as escreveu. As passagens mais emocionantes contam sobre os deslizamentos em Santa Catarina, com descrições de famílias que perderam tudo. As frases são colocadas de forma a mostrar a real situação destas pessoas, com uma emoção e empatia visíveis a cada sentença.
Sua qualidade humana torna suas reportagens ainda mais interessantes. Sua evidente vontade por ver mais, descobrir e contar o que viu, torna este livro um deleite para qualquer estudante de jornalismo, assim como os já formados, e aqueles que exercem a profissão há muitos anos. O modus operandi de cada caso interessa ainda aqueles que não tem interesse no jornalismo além de como espectadores ou leitores. Um livro para guardar e reler, servir de guia e inspiração, e acima de tudo, páginas para aprender as lições já aprendidas durante a carreira de um jornalista que preza, acima de tudo, pela reportagem.
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