sexta-feira, 2 de maio de 2014

Respira, Inspira e Não Pira

de Lica Fiori (Editora Pingo)

Laryssa é uma menina normal que está no 8º ano na escola. Normal por que é uma das definições em que se encaixam suas colegas, entre elas as pinks, as perfas, as fashion as leitoras e as inseparáveis, e Lary é normal. Pesar de se dar bem com todas de todos os grupos, ela é mais próxima de Juliana e Carol, e é pra elas que ela corre quando precisa de ajuda. Como agora, na confusão que ela se meteu quando criou um perfil falso no Facebook, sob o nome de Bia para se aproximar de Matheus, seu colega por quem ela é apaixonada há três anos.

A conversa fluiu e os dois decidiram se encontrar na festa de Halloween da turma, ela estava linda vestida de bruxa, beijou ele no lugar e hora combinados. Mas acontece que Matheus não foi na festa, por que estava com o braço quebrado. Quem é esse menino que ela beijou? E quem é essa menina argentina nova na turma que está arrastando uma asa para o Matheus?

Lary precisa lidar com toda a sua inabilidade com os rapazes, além de se equilibrar com as disciplinas da escola, e reatar sua amizade com suas BFFs depois da briga que tiveram, tudo isso lidando com Eddy (o menino que ela beijou) e Matheus que de repente sabe que ela existe.

Gente, eu li esse livro em algumas horas, por que comecei e não consegui largar até chegar ao fim. Mesmo sendo uma leitura leve pelo tema, e não ser um livro muito extenso, fiquei surpreendida. Lary, suas amigas e todas as armações do ensino fundamental me pegaram. Lica Fiori com certeza sabe escrever para este público, por que me senti novamente com 15 anos desajeitada e sem saber como agir.

O livro é escrito em forma de diário, e na primeira pessoa, o que nos dá visões muito boas da Lary, dos adultos, de suas colegas e da estrutura hierárquica da escola, eu todos nós já vivenciamos em algum momento. As dúvidas dela são tão fofas e tão fáceis de se relacionar, por que em algum momento já passamos por algo parecido. A personagem é bem construída e tem uma graça e uma timidez que só fazem gostar mais dela. Claro que ela faz besteira e também é um pouco orgulhosa, mas isso a torna mais humana.

Eu gostei muito da história, dei risadas altas nos momentos em que a Lary descreve a relação das nossas mães com as vergonhas épicas que elas nos fazem passar, e também com todas as diferenças entre meninos e meninas nessa idade, que estão largando toda a comodidade da infância para seguir a uma fase que traz um monte de dúvidas e mudanças. Amei o livro, espero reler ele para me divertir de novo com a Lary e suas colegas, com certeza recomendo!

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