de Herman Koch (Editora Intrínseca)
O Jantar conta a história do encontro de dois casais, que precisam debater o futuro de seus filhos, que juntos perpetraram um crime. Paul Lohmann e sua esposa Claire se preocupam com o futuro de seu filho Michel, e por isso aceitam o convite de Serge, irmão de Paul e sua esposa Babette.
Paul costumava ser um professor de história, mas foi afastado do trabalho. Ele tem uma personalidade bem forte, apesar de se sentir subestimado por todos em relação ao seu irmão que é um político famoso, e pretende se candidatar a primeiro ministro da Holanda. Claire se mostra doce em alguns momentos, mas em outros é totalmente desumana.
A história do livro se divide nas partes do jantar, começa com Paul e Claire chegando ao restaurante, aguardando o outro casal. E depois as divisões são feitas entre entrada, prato principal, sobremesa. Entre as cenas do grupo no restaurante e de sua conversa de protocolo para preencher o tempo, Paul vaga em sua mente, pensando sobre outros fatos e eventos da vida.
É assim que ficamos em contato com sua mente, ele vai descrevendo os ambientes, suas sensações e percepções sobre as outras pessoas. Ele faz julgamentos, e lembra de histórias do passado, quais fatos levaram os seus filhos a fazer o que fizeram? Ele identifica ao longo da narrativa alguns momentos. Esse livro é bem difícil de resenhar sem contar spoilers, mas as coisas mais importantes estão no livro.
Eu adorei a narrativa do Herman Koch, este foi o primeiro livro dele que li e achei maravilhoso. Ele vai adicionando informações, e nenhuma página fica monótona, todos estes fatos estão ligados à história principal. Muitas passagens que no começo podem parecer divagações, vão sendo explicadas com o passar das páginas. Principalmente o que envolve Paul, um personagem que possui muito mais do que imaginamos no começo. Ele é como um iceberg, no início parece um enfadonho pai de família, depois parece um professor frustrado e no fim se transforma em alguém que você não estava esperando.
Fiquei muito feliz com a narrativa, por que os seus elementos psicológicos são muito profundos. Você termina um capítulo e pode pensar sobre ele, e há muito para refletir. Quais são implicações do que fazemos? Por que tomamos as decisões que tomamos? Nossa ligação pessoal muda nossa perspectiva? A punição é sempre válida? E como fica a impunidade?
Muitas dúvidas são levantadas por O Jantar. É um livro com uma edição simples e bonita, gostei particularmente da capa. Os vários níveis de informação e reflexão gerados pela história me tocaram. Mas também a capacidade do autor de mostrar a desumanidade a que todos estamos expostos.
Paul costumava ser um professor de história, mas foi afastado do trabalho. Ele tem uma personalidade bem forte, apesar de se sentir subestimado por todos em relação ao seu irmão que é um político famoso, e pretende se candidatar a primeiro ministro da Holanda. Claire se mostra doce em alguns momentos, mas em outros é totalmente desumana.
A história do livro se divide nas partes do jantar, começa com Paul e Claire chegando ao restaurante, aguardando o outro casal. E depois as divisões são feitas entre entrada, prato principal, sobremesa. Entre as cenas do grupo no restaurante e de sua conversa de protocolo para preencher o tempo, Paul vaga em sua mente, pensando sobre outros fatos e eventos da vida.
É assim que ficamos em contato com sua mente, ele vai descrevendo os ambientes, suas sensações e percepções sobre as outras pessoas. Ele faz julgamentos, e lembra de histórias do passado, quais fatos levaram os seus filhos a fazer o que fizeram? Ele identifica ao longo da narrativa alguns momentos. Esse livro é bem difícil de resenhar sem contar spoilers, mas as coisas mais importantes estão no livro.
Eu adorei a narrativa do Herman Koch, este foi o primeiro livro dele que li e achei maravilhoso. Ele vai adicionando informações, e nenhuma página fica monótona, todos estes fatos estão ligados à história principal. Muitas passagens que no começo podem parecer divagações, vão sendo explicadas com o passar das páginas. Principalmente o que envolve Paul, um personagem que possui muito mais do que imaginamos no começo. Ele é como um iceberg, no início parece um enfadonho pai de família, depois parece um professor frustrado e no fim se transforma em alguém que você não estava esperando.
Fiquei muito feliz com a narrativa, por que os seus elementos psicológicos são muito profundos. Você termina um capítulo e pode pensar sobre ele, e há muito para refletir. Quais são implicações do que fazemos? Por que tomamos as decisões que tomamos? Nossa ligação pessoal muda nossa perspectiva? A punição é sempre válida? E como fica a impunidade?
Muitas dúvidas são levantadas por O Jantar. É um livro com uma edição simples e bonita, gostei particularmente da capa. Os vários níveis de informação e reflexão gerados pela história me tocaram. Mas também a capacidade do autor de mostrar a desumanidade a que todos estamos expostos.
0 comentários:
Postar um comentário