domingo, 28 de agosto de 2016

'A Outra Casa' é lançamento da nova dama do crime

Após o sucesso de A vítima perfeita, a Rocco traz ao Brasil o novo romance da autora aclamada internacionalmente por leitores e críticos como a dama do suspense psicológico contemporâneo. Em A outra casa, a inglesa Sophie Hannah reintroduz o casal de detetives que conquistou o público no livro anterior: o circunspecto Simon Waterhouse – aquele “capaz de acreditar no inacreditável” – e a mordaz Charlie Zailer, que desta vez se veem em meio a um sangrento quebra-cabeça, cujas peças centrais são paranoia, cobiça, traição e loucura.

Hannah insere o leitor no meio da ação: “Eu vou ser morta por causa de uma família chamada Gilpatrick”, diz a narradora logo na primeira frase. “Pelo menos eu entendo o porquê, finalmente.” E então recua uma semana, até uma noite em julho na qual Connie Bowskill não consegue dormir. Ela aguarda uma mudança na respiração de Kit para sair da cama sem ser notada. Sua cabeça está em outro lugar, em um endereço longe dali: rua Bentley Grove, número 11. 

Connie é incapaz de parar de pensar naquela casa. Conhece bem a fachada, pois já esteve diversas vezes na frente dela – hoje, inclusive. Foi quando deparou com a placa de “à venda” no jardim. Por isso, aproveitando o sono pesado de Kit, abre o laptop e entra em um site de imóveis. Lá está ela, a terceira da lista, anunciada por 1,2 milhão de libras. Há fotos internas. Mais do que isso, há a opção de uma visita virtual: começa por uma cozinha espaçosa e vira para uma sala de estar bem montada, com paredes brancas, um sofá em L... e uma mulher morta no chão, deitada de bruços, envolvida em um lago de sangue sobre o carpete bege.

 Acima de tudo, Sophie Hannah é uma leitora ávida, atenta e dedicada das grandes damas do crime. A leitura de A outra casa revela alguém que depurou sua arte junto a Ruth Rendell, P.D. James e Patricia Highsmith – tanto que foi selecionada pelos herdeiros de Agatha Christie (1890-1976) para dar continuidade aos mistérios do célebre investigador Hercule Poirot. Hoje, já pode ser considerada parte desse mesmo panteão que a formou.

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